segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mercúrio - como um inseto atraído pela luz

Uma das particularidades de Mercúrio, o menor planeta do sistema solar e o mais próximo do Sol, é sua difícil visualização.
Os antigos pesavam tratar-se de dois planetas, porque Mercúrio era observado ora em uma posição no céu, ora em outra. De sua superfície, o Sol seria quase três vezes maior do que quando visto da Terra. Por ser o planeta de translação mais veloz, seu ano dura 88 dias – os gregos chamaram-no de Hermes, o mensageiro do Olimpo. Mercúrio, para os romanos é o correspondente do deus Hermes.

  
Dados básicos:

  • Distância média do Sol: 57,9 milhões de quilômetros;
  • Diâmetro 4.878km;
  • Variação de temperatura na superfície: de -150°C a 350°C;
  • Rotação: 59 dias;
  • Translação: 87,9 dias;
  • Satélites: não possui.

O mais perto do Sol


 Mercúrio descreve uma órbita tão elíptica ao redor do Sol que, em seu ponto mais próximo – chamado periélio – chega a ficar apenas 45,9 milhões de quilômetros da estrela. Já a distância em seu ponto mais afastado – afélio – corresponde a aproximadamente 70 milhões de quilômetros. Em média, situa-se a 57,9 milhões de quilômetros do Sol.

Mercúrio completa uma volta ao redor do Sol em 88 dias. A curta duração do ano contrasta com o longo tempo que o planeta leva para dar um giro em torno de si mesmo. Um dia em Mercúrio equivale a quase 59 dias terrestres. Devido ao seu lento movimento de rotação, acreditou-se que por muito tempo que o planeta mantivesse uma mesma face voltada para o Sol, em quanto a outra permanecia sempre escura.

Como possui atmosfera muito tênue, o planeta é incapaz de reter calor. Em conseqüência, Mercúrio apresenta enorme variação de temperatura. Na face iluminada, a superfície chega a registrar 350°C. No lado escuro, a temperatura despenca para -150°C. A fina camada gasosa contém traços de hidrogênio hélio e sódio, entre outros. Há dúvidas sobre a origem desses elementos. Especula-se se eles afloraram do interior do planeta ou foram capturados do vento solar.


Geografia de Mercúrio

Missão Mariner

Em seus primórdios, estimava-se que Mercúrio apresentava um núcleo metálico. O planeta teria se formado em torno desse núcleo, após agregar poeira cósmica e entre outros corpos menores. As altíssimas temperaturas geraram correntes de lava que cobriam a crosta mais antiga, enquanto choques de corpos celestes contribuíram na modelagem do relevo.



A maior parte dos dados conhecidos de Mercúrio foi obtida pela sonda espacial Mariner 10, lançada pelos Estados Unidos em 1973 e que visitou o planeta entre 1974 e 1975. As imagens mostram um relevo parecido com o da Lua, com depressões, vales e crateras, provavelmente resultantes de choques de meteoritos que atravessavam sua incipiente atmosfera e colidiram contra a superfície.
         O tamanho das crateras varia de cem metros a 1300 km. A maior delas é chamada de Bacia Caloris, e acredita-se que seja proveniente do choque com um corpo celeste de mais de cem quilômetros de extensão. No planeta existem, ainda, grandes cadeias de montanhas, com altitudes de até três mil metros.  

Série: Sistema Solar - Nosso Refúgio no Universo
Fonte: Atlas do Universo

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Marcadores

10 anos 10th IMAA ABC da Astronomia Adonai Lopes Água Alinhamento anã fria andrômeda Antimatéria Asteroid day Asteroides Astrobiologia Astrofísica Astronauta Astronáutica Astronomia Astronomia na Praça Atmosfera Bibliografias Big Bang bolha Brasil Buraco Negro C.E.C Calendários calourada Caravana da Ciência e Cidadania Carl Sagan Caronte CARONTE 2016 Caronte no 10th IMAA Cassini Cataclismos Centro Educacional Caminhar CERN céu cfc China chuva Ciência Cinturão de Kuiper Clube Caronte Cometa Cometas competição Constelações Corpos Extrasolares Cosmologia Curiosidades Curiosity descoberta Divulgação Eclipse Eclipse Lunar efeitos Efeméredes Einstein Elias Cloy Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica Eratóstenes ESA ESO espaço estrela Estrelas Eventos Exoplanetas Exploração Espacial Extensão Fenômenos Naturais Fim do Universo Física Moderna Foguete Foguetes foto Fundação São José Gagarin Gagarin O Primeiro no Espaço | Filme Completo galaxia Galáxias garrafa pet Gigantes Vermelhas Grandes astrônomos Gravidade Grécia Greenglow História Astronômica https://portal1.iff.edu.br/nossos-campi/itaperuna/noticias/alunos-do-iff-itaperuna-podem-se-inscrever-na-olimpiada-de-astronomia-e-mostra-de-foguetes-ate-29-04 IAU IFF IFFluminense Campus Itaperuna IMAA Imagens da Semana Índia Início dos trabalhos ISS Itaperuna IV Semana da Fundação Júpiter Kepler laranjada Lixo Espacial Louis Cruls Lua Maikon Vieira Mark Zuckerberg Marte Matéria e Energia Escura Matheus Vieira membros do clube Mercúrio Meteorologia Meteoros Missão Marte mistériio Mitologia Mitologia Indígena MOBFOG MOFOG mundo Nasa NASA publica a maior foto mundo!! Nely Bastos Nicolau Copérnico Nobel Notícias Notícias de Astronomia O projeto misterioso OBA objerto Observação celeste oficina Ondas Gravitacionais ONU Origem da Vida Pesquisas Públicas Planeta anão Planetas planetas habitáveis Plutão Poluição Luminosa Popularização da Ciência Premiação I Competição de Foguetes Caronte Premiação OBA 2016 Prof. Adriano Ferrarez Pulsar Quasar Radiotelescópios Relatividade robô Rodrigo de O. França Ron Evans Rússia Salvar a Humanidade Samanta Meireles Satélites Satélites Artificiais Saturno Sávio Andrade SERÁ QUE O SER HUMANO PODERÁ MESMO VIVER NO ESPAÇO? Sistema Solar Sol Sonda Sondas SpaceX Stephen Hawking superlua Telescópio Hubble Telescópios Tempestade Solar Terça dia 22/03/2016 Terra Universo Vênus Very Large Telescope (VLT) Via Láctea Viagem Interestelar Vida Extraterrestre Vídeos