terça-feira, 31 de maio de 2011

O que é cinturão de asteróides?

            É um planeta que nunca nasceu. O cinturão é um conjunto de milhões de pedregulhos espaciais que giram em torno do Sol, entre as órbitas de Marte e Júpiter. O curioso é que todos os planetas se formaram a partir de cinturões assim. Há 4,6 bilhões de anos, tudo o que existe aqui na Terra estava em pedrinhas que vagavam numa faixa do sistema solar, do mesmo jeito que o cinturão de hoje. A diferença é que essas pedras foram se aglutinando, atraídas uma pela gravidade da outra. E se juntaram até formar uma bela “pedrona” que hoje chamamos de Terra. Mas, se isso aconteceu com todos os planetas, por que sobrou um cinturão de asteróides? Por causa de um cabo-de-guerra entre a enorme gravidade de Júpiter, maior planeta do sistema, e a do Sol.


Tudo o que hoje forma o sistema solar veio de uma nuvem de poeira. A gravidade fez com que ela se condensasse na forma de um disco há 4,6 bilhões de anos. No meio estava a bola de matéria que viria a se tornar o Sol. Cerca de 98% da massa desse disco era formada por hidrogênio e hélio, os átomos mais leves e comuns do Universo.
No centro do disco, a matéria ficou tão apertada que os átomos começaram a se fundir. Essa fusão nuclear "ligou" o Sol, criando uma fonte de energia que empurrou a maior parte dos leves átomos de hidrogênio e hélio para longe. Estes então se aglutinaram para formar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Como esses elementos eram abundantes, tais planetas ficaram enormes.
            Boa parte dos átomos pesados, como o ferro e o oxigênio, ficaram perto do Sol, atraídos pela gravidade da estrela. Eles se aglutinaram, formando pedrinhas. A gravidade das pedras maiores atraía as menores. Então as rochas cresceram até virar asteróides. E eles também se juntaram, tornando-se Mercúrio, Vênus, Terra e Marte - os planetas rochosos, menores e mais densos que Júpiter & Cia.
            Cada uma das "faixas" do disco que originou o sistema solar acabou ocupada por um planeta, menos uma: entre Marte e Júpiter. Ela ficou cheia de asteróides que não puderam se juntar para formar um astro grande. É que eles são puxados tanto pela gravidade descomunal de Júpiter quanto pela do Sol. Em meio a essa disputa de titãs, a gravidade dos asteróides não bastou para uni-los.


A chave é a seguinte: quanto mais massa tem um astro, maior sua gravidade, seu poder de atração sobre as coisas que estão próximas dele. "Como os asteróides ficam no meio do caminho entre Júpiter e o Sol, o planeta os atrai para um lado e a estrela para outro a gravidade das rochas não é suficiente para vencer essas forças, e elas não conseguem se aglutinar", diz o astrônomo Roberto Dias da Costa, da Universidade de São Paulo (USP). Na origem do sistema solar, o vapor d’água que estava onde hoje fica Júpiter encontrou uma temperatura baixa o suficiente para virar gelo. Como a quantidade de gelo era, e ainda é, bem maior que a de outros elementos sólidos no espaço, aquilo que viria a ser o maior planeta do sistema solar logo ganhou um núcleo. Este, por sua vez, forneceu gravidade para o astro crescer rápido demais, até ficar com uma massa 318 vezes maior que a da Terra. Com um gigante desses por perto, ficou impossível o cinturão de asteróides se transformar em um planeta. Júpiter chegou a engolir boa parte dos pedregulhos que orbitavam essa região. Tanto que, se as rochas espaciais restantes no cinturão se juntassem, formariam um planeta com metade do tamanho da Lua.

Curiosidade:

A maior parte dos asteróides que formam o cinturão é do tamanho de pedregulhos, com poucos metros de diâmetro. Mas alguns são respeitáveis: 16 têm mais de 240 quilômetros de diâmetro. O maior é Ceres, com 700 quilômetros. Se fosse trazido para a Terra, ele cobriria a distância entre São Paulo e Florianópolis!


Marte - O planeta vermelho

A cor vermelha de Marte sempre foi associada a forças destruidoras, por isso o planeta foi batizado com o nome do deus romano da guerra – para os gregos, Ares. Seus dois satélites naturais receberam o nome dos filhos de Ares com Afrodite: Fobos e Deimos. O planeta sempre despertou a curiosidade humana. Por algum tempo, imaginou-se que o misterioso mundo era habitado por seres inteligentes, até que imagens mostraram a desoladora paisagem marciana. A busca atual é por indícios de vida microscópica.
Marte e Fobos, seu menor satélite

Dados básicos:
·         Distância média do Sol: 228 milhões de km;
·         Diâmetro: 6.794 km;
·         Variação da temperatura na superfície: -140ºC a 22ºC;
·         Rotação: 24h e 37min;
·         Translação: 687 dias;
·         Satélites: 2 (Fobos e Deimos).

Vizinho que desperta curiosidade:
           
Marte é o planeta que mais desperta a curiosidade do ser humano, sendo até hoje o mais visitado por sondas espaciais. Desde a década de 1960, diversas missões não tripuladas enviaram imagens, pousaram em sua superfície e coletaram dados da atmosfera e do solo em busca de vida extraterrestre. Atualmente, no entanto, a procura não é exatamente por organismos complexos, e muito menos por civilizações avançadas, mas por seres vivos microscópicos.
            Marcianos, aliás, sempre povoaram o imaginário humano. Em 1877, o astrônomo italiano Giovani Schiaparelli, utilizando modestos instrumentos de observação, descobriu na superfície marciana formas semelhantes a canais. Em 1906, o norte-americano Percival Lowell alimentou a lenda da existência de seres inteligentes ao imaginar que aquelas formações seriam dutos de irrigação artificial. Mais do que isso, as manchas escuras na superfície, que mudavam de coloração de acordo com a época do ano, foram descritas como vegetações que se desenvolviam no calor e se recolhiam com o frio.
             
Existem marcianos? Talvez só em um passado remoto. Hoje... só estes aí, na foto.

            Apenas nas décadas seguintes, com o aprimoramento da técnicas de observação e o envio de missões espaciais, é que se chegou à conclusão de que os canais não eram resultados de obras de engenharia alienígena e as manchas escuras não estavam relacionadas à vegetação. Para decepção de muitos, a explicação cientifica é menos fantasiosa e bem mais simples: a paisagem é decorrente das características do relevo e dos fenômenos atmosféricos.

O planeta:

            Quarto planeta mais próximo do Sol, Marte tem diâmetro de 6.794 km, correspondente à metade do da Terra. O dia marciano possui praticamente a mesma duração do daqui: 24h e 37min. Já o ano é bem mais longo: 687 dias para completar o movimento de translação, a uma velocidade de 24,1 km/s.
            Marte localiza-se, em média, a 228 milhões de quilômetros do Sol, com variação entre 206,6 milhões e 249,2 milhões de quilômetros. Em relação a Terra, o planeta vermelho chega, quando mais perto, a menos de 56 milhões de quilômetros e, no ápice de seu afastamento, a 400 milhões de quilômetros.
            Há uma acentuada diferença de temperatura entre o verão e o inverno marciano. No verão, a temperatura máxima fica em torno de 22ºC no local mais quente. Como sua atmosfera é muito fina, à noite essa mesma região pode registra -70ºC. Nas regiões mais frias, a temperatura cai para -140ºC.


            Missões não tripuladas:

            As primeiras sondas a se aproximarem do planeta vermelho, no final da década de 1960, foram as norte-americanas Mariner 4,6 e 7. Em 1971, uma cápsula da sonda soviética Marte 3 pousou no planeta. De lá pra cá, outras missões espaciais capturaram preciosas informações sobre o relevo, atmosfera, composição e estrutura de Marte.

Marte é o planeta mais explorado pelo homem

Atmosfera:

            A pressão atmosférica na superfície é de cerca 750 Pascal (Pa), cerca de 0,75 por cento da média da Terra. Contudo, a pressão atmosférica varia ao longo do ano devido à dissipação durante o Verão do dióxido de carbono congelado nos pólos, tornando a atmosfera mais densa. Além disso, a atmosfera tem 11 km de altura, maior que os 6 km da Terra. A atmosfera marciana é composta por 95% dióxido de carbono, 3% Nitrogênio, 1,6% Argônio, e possui vestígios de oxigênio e vapor de água. Em 2003, descobriu-se metano na atmosfera, com uma concentração de cerca 11±4 ppb (partes por bilhão) por volume. A presença do metano em Marte é muito intrigante, já que é um gás instável e indica que existe (ou existiu nos últimos cem anos) uma fonte do gás no planeta. A atividade vulcânica, o impacto de cometas e a existência de vida sob a forma de microrganismos estão entre as possíveis causas ainda não comprovadas. O metano aparece em certos pontos da atmosfera, o que sugere que é rapidamente quebrado, logo poderá estar a ser constantemente libertado para a atmosfera, antes que se distribua uniformemente pela atmosfera. Foram feitos planos recentemente para procurar gases "companheiros" que podem sugerir as fontes mais prováveis; a produção biológica de metano na Terra tende a ser acompanhada por etano, enquanto a produção vulcânica tende a ser acompanhada por dióxido de enxofre.            

Pôr-do-Sol em Marte

            Geografia:

            O relevo do planeta é bastante diversificado, com imensos vulcões, cânions gigantes, planícies, dunas, crateras, calotas polares e vales. Pode ter sido esculpido por água corrente que teria existido em um passado muito distante. Há, no entanto, pesquisadores que acreditam que o provável agente modificador do relevo teria sido a lava vulcânica.
            Em sua superfície são vistas manchas claras e escuras, que mudam constantemente de aparência – a provável explicação para a diferença de coloração são as violentas tempestades de areia que assolam o planeta. As áreas claras constituem cerca de 2/3 da superfície e são compostas de rochas avermelhadas e porosas. As zonas escuras são cinza-azuladas, que ganham aspecto esverdeado no verão e na primavera. O hemisfério norte tem apenas duas dessas manchas, originadas pelo vento, que transporta poeira e areia escura.
            Nos pólos norte e sul existem calotas de gelo seco. O tamanho delas varia de acordo com as estações, atingindo o ápice no inverno e praticamente desaparecendo no verão. Supõem-se que em Marte exista água congelada na região próxima dos pólos e sob sua superfície.

Marte apresenta um relevo bastante diversificado

            Montes e Vales:

            Marte divide-se em duas regiões principais: as planícies do norte, caracterizadas por terrenos baixos e planos, e os planaltos do sul, onde há um grade número de crateras resultantes de impactos. Entre essa regiões, estão os principais territórios vulcânicos de Marte: Tharsis e Elysium.
            A região de Tharsis é um planalto, com cerca de 8.000 km de diâmetro, contendo três enormes vulcões. As montanhas variam entre 350 e 450 km de extensão e possuem até 20 km de altura. Perto dali localiza-se o Monte Olimpo, o maior vulcão do Sistema Solar, com 24 km de altura e uma base de 500 km de diâmetro.
            O Vale Marianers é um sistema de cânions próximo a Tharsis, com mais de 4.000 km de extensão e 400 km de largura. A região de Elysium, por sua vez, pode abrigar um lago congelado, como sugere, as informações obtidas em 2005 pela sonda Mars Express.

Monte Olimpo - maior vulcão do Sistema Solar

            Os filhos de Áres:

            Marte possui dois pequenos satélites naturais: Fobos e Deimos. Eles têm, respectivamente, diâmetros aproximados de 22 km e 13 km. Descobertos em 1877, possuem formas irregulares e percorrem órbitas quase circulares. Os dois satélites têm sempre a mesma face virada para o planeta. Localizado a 23,5 mil Km de Marte, Deimos percorre sua órbita em 30h e 17min. Fobos, por sua vez, tem um período de translação de 7h e 39min e situa-se a 9,4 mil km de altitude.

Fobos e Deimos, satélites naturais de Marte.


Série: Sistema Solar - Nosso refúgio no Universo
Fontes: Atlas do Universo; e Wikipedia.

Missão Marte


Tanto na literatura como o cinema já projetaram e construíram colônias humanas em Marte. Pelo que parece, no que depender do empenho dos cientistas, a ficção tem tudo para se tornar realidade ainda neste século.



Ao longo dos tempos, Marte inspirou incontáveis histórias e fantasias, o que levou muitas pessoas a acreditarem que marcianos viveriam no mundo visinho. O exercício de imaginação, no entanto, foi olimpicamente desfeito quando as primeiras fotografias tiradas in loco mostraram a desoladora paisagem do planeta vermelho.
Em meados da década de 1970, as imagens enviadas pelas sondas espaciais comprovaram não existir qualquer traço de civilização inteligente naquele planeta, embora não tenham sido conclusivas sobre a existência de formas simples de vida, como organismos microscópicos.
Curiosamente, é possível que a primeira forma avançada de vida presente em Marte possa ser justamente a humana. A idéia de construir uma colônia em solo marciano nas próximas décadas, já explorada pela ficção científica em livros e filmes, é levada a sério pelos cientistas.
Como o ambiente em Marte não é adequado à presença humana – a atmosfera é rarefeita, as temperaturas atingem dezenas de graus abaixo de zero e a superfície é varrida por constantes tempestades de areia -, pensou-se em projetos ousados para a superação desses obstáculos. Um deles seria interferir diretamente no clima global marciano, ajustando -  para criar condições de vida semelhantes às da Terra. Um outro inclui a construção de uma gigantesca estufa, que permitiria viver em seu interior.
Ainda que as idéias possam parecer mirabolantes, os cientistas apostam que Marte será a próxima fronteira do homem. Por isso, o planeta tem sido alvo constante de pesquisas e destino de diversas missões não tripuladas.

Pesquisa a distância

O ser humano não pisou em Marte e possivelmente só irá fazê-lo a partir de 2025, quando está programada a primeira viagem tripulada ao planeta. Os cientistas, porém, já realizaram um mapeamento tão completo do relevo que algumas regiões do planeta vermelho são mais conhecidas do que outras da Terra.
As informações a respeito de Marte têm sido recolhidas durante os últimos 40 anos, desde a chegada das primeiras sondas espaciais Mariner, que revelaram um relevo similar ao da lua. Em seguida, foi a vez das sondas Viking 1 e 2, enviadas na década de 1970.



Algumas das sondas espaciais Mariner

A primeira lançada em agosto de 1975, alcançou a órbita do planeta um ano depois e tornou-se pioneira em solo marciano. Um robô explorou a Planície de Ouro e pesquisou eventual presença de vida. A busca foi em vão, por outro lado, foram feitas imagens da superfície e monitoramento do clima. As fotografias revelaram que o céu de Marte apresentava tom rosado, e não azul-escuro como imaginavam os cientistas. Em setembro de 1975 foi enviada a Viking 2, que entrou em órbita do planeta em agosto do ano seguinte. Um robô pousou na planície de Utopia, enquanto outra sonda fotografou o satélite natural Deimos. No total, as duas missões Viking registraram mais de 56mil imagens e mapearam 97% da superfície marciana.


Sondas Viking

Fonte:coleção explorando o universo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Telescópio James Webb será a maior máquina do tempo já construída

A agência espacial americana (NASA) está agora construindo o maior telescópio espacial de todos. O James Webb Space Telescope, em homenagem ao segundo diretor da NASA, terá um espelho sete vezes maior que o do Telescópio Espacial Hubble. Sua prioridade será o estudo do universo em luz infravermelha.



O Telescópio Espacial James Webb é uma obra de engenharia muito complexa. Vai ser enorme - do tamanho de um jato de passageiros. E isso tudo terá de ser super-resfriado. Como o estudo principal do telescópio é o calor infravermelho, o seu espelho deve ser mantido muito perto do zero absoluto. Isso é menos que 273 graus Celsius.



O telescópio tem três câmeras de infravermelhos altamente sensíveis. Mas talvez a parte mais interessante seja o espelho de 6,5 metros de largura. Feita de berílio leve, o espelho está coberto de ouro, e dividido em dezoito partes encadeadas.

O James Webb Space Telescope irá ajudar os cientistas a aprender como as galáxias se formaram e como elas se pareciam. Pode até mostrar aos cientistas coisas eles nunca previram.

Magma da Lua pode conter tanta água como o magma da Terra

A Lua não é seca. Na verdade, partes do interior do satélite contêm mais água que regiões inteiras do manto da Terra. São 3,5 bilhões de bilhões de litros, água suficiente para encher o mar do Caribe, uma quantidade 100 vezes maior que o imaginado



A descoberta põe em questão a teoria mais aceita para a formação da Lua, onde um corpo celeste com aproximadamente o tamanho de Marte teria colidido com a Terra e os detritos como conseqüência do impacto teriam formado a Lua. Mas o que gera discussão é que com o impacto haveriam de existir altas temperaturas, gerando um conflito com a descoberta de água no interior lunar.

O que é surpreendente no estudo é que há mais semelhança entre a Lua e a Terra do que o esperado. Os resultados mostram que a Lua é o único objeto em nosso Sistema Solar com teor de substâncias voláteis em seu interior tão semelhante ao manto superior da Terra.

Pólo sul lunar

Existência de água congelada em uma cratera lunar

O novo estudo dá ainda uma nova guinada sobre a origem do gelo detectado em crateras nos pólos lunares. No ano passado, a missão LCROSS encontrou gelo em crateras no pólo sul lunar. O estudo afirmava que a água teria vindo de fora da Lua, a partir de um cometa. No entanto, com a descoberta de que há muita água no interior da Lua, o gelo poderia vir do magma.
 Fonte: Astrofísicos

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vênus - A Estrela D'alva

            Segundo corpo celeste que mais brilha no crepúsculo depois da Lua. Vênus é similar à Terra em muitos aspectos. Ambos têm dimensão, massa e densidade aproximadas. As sondas espaciais que lá chegaram, porém, mostraram que Vênus apresenta condições bem diferentes em relação às da Terra. Em Vênus não existe água, sua atmosfera é muito mais densa e carregada de gás carbônico e ali ocorre um efeito estufa permanente, fazendo de sua temperatura superficial a mais alta dentre os 8 planetas do Sistema Solar.

            
Dados básicos:
  • Distância média do Sol: 108,2 milhões de Km;
  • Diâmetro: 12.104 Km;
  • Variação da temperatura na superfície: de 75ºC a 425ºC;
  • Rotação: 243 dias;
  • Translação: 224,7 dias;
  • Satélites: não possui.

Na antiguidade, diversos povos já conheciam Vênus. Vários registros que atestam sua existência foram encontrados em antigos documentos babilônicos, chineses, egípcios, gregos e civilizações da Meso-américa.

Vênus visto da Terra
            
           O planeta:

O diâmetro de Vênus é muito similar ao da Terra: 12.104 Km e 12.756 Km, respectivamente. A distância do Sol é de 108,2 milhões de Km, em média. Vênus é o planeta mais próximo da Terra – em sua aproximação máxima, fica a 42 milhões de Km de distância. Sua massa corresponde a 0,81 à da Terra (~4,87 ×1024 kg).
           
           Órbita:


A rotação de Vênus é atípica. Primeiro porque o planeta gira em torno de seu próprio eixo no sentido retrógrado e, segundo, porque a rotação é extremamente lenta: o dia venusiano equivale a 243 dias terrestres. Em Vênus, o dia é mais extenso que o ano, que tem 224,7 dias. Seu eixo de rotação apresenta inclinação de apenas 3,4 graus, por isso praticamente não há diferenciação de clima nos hemisférios.

Atmosfera:
           
Ilustração de como seria a atmosfera venusiana
           
           Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar. Sua densa atmosfera composta por 96% de dióxido de carbono e 3% de nitrogênio, provoca um intenso efeito estufa, o que dificulta a dissipação de calor, que chega atingir temperaturas superiores a 400ºC. A pressão de sua superfície é aproximadamente 90 vezes maior que a da Terra (9,2 MPa), o equivalente a mergulhar em um oceano a quase 1 Km de profundidade.
Ele é inteiramente coberto por uma densa camada de nuvens composta principalmente de gotículas de ácido sulfúrico. As nuvens concentram-se a uma distância de 45 a 70 Km de altitude e são responsáveis pelo brilho do planeta. O grosso invólucro gasoso foi, por muito tempo, um obstáculo para cientistas observarem a superfície venusiana.

Exploração:

Mariner e Venera foram as principais sondas que orbitaram o planeta

O uso de radiotelescópios e o envio de sondas espaciais forneceram informações que os observatórios terrestres não conseguiam obter. Na década de 1970, as missões norte-americanas Mariner 10 e Pioneer-Venus, juntamente com as sondas soviéticas Venera, captaram imagens da atmosfera e da superfície do planeta. Mais recentemente, em 1990, a sonda Magellan mapeou a maior parte de sua superfície.

Geografia:

Monte Maxwell com seus 10 Km de altura

Vênus apresenta um núcleo semelhante ao da Terra. Seu relevo é formado por amplas planícies onduladas e por extensos planaltos. Um deles é chamado Terra Aphrodite – um gigantesco maciço que se extende por quase 10 mil quilômetros na região equatorial. Já os Monte Maxwell chegam a ter mais de 10 Km de altura. Há ainda crateras resultantes de impactos espaciais, fossas e fraturas. Pelo menos 85% da superfície é coberta de rocha de origem vulcânica com idade entre 300 e 600 milhões de anos.
Várias evidências apontam para a existência de atividade vulcânica corrente em Vênus. Durante o programa soviético Venera, as sondas Venera 11 e Venera 12 detectaram um fluxo constante de raios, e a Venera 12 registrou um ruído poderoso de trovão assim que pousou. A sonda nus Express da Agência Espacial Europeia registrou raios abundantes na alta atmosfera. Enquanto a chuva causa tempestades na Terra, não há chuva na superfície de Vénus (embora haja efetivamente chuva de ácido sulfúrico na atmosfera superior, que evapora cerca de 25 km acima da superfície). Uma possibilidade é que as cinzas de uma erupção vulcânica estivessem gerando os raios. Outra evidência vem de medições da concentração de dióxido de enxofre na atmosfera, que indicaram queda por um fator de 10 entre 1978 e 1986. Isto pode indicar que os níveis medidos inicialmente estavam elevados devido a uma grande erupção vulcânica.

Há atividade vulcânica em Vênus?

Sucessores dos ônibus espaciais

A Nasa anunciou o novo sistema de transporte que levará humanos para o espaço. Segundo o administrador da agência americana, Charles Bolden, o projeto se baseará em um design originalmente planejado para a nave Orion, que substituiria os ônibus espaciais, e agora será usado para desenvolver uma espaçonave conhecida como veículo de tripulação para diversas finalidades (MPCV, na sigla em inglês).


A empresa Lockheed Martin Corp. Está trabalhando para concluir o MPCV. A nave deve conduzir quatro astronautas em missões de 21 dias e aterrissar no Oceano Pacífico, próximo à costa da Califórnia. A sonda terá um volume pressurizado de 690 metros cúbicos, com 316 metros cúbicos de espaço habitável. Ela é projetada para ser dez vezes mais segura que seus antecessores durante o lançamento e o retorno a Terra.


“Estamos comprometidos com a exploração humana para além da órbita terrestre e com o desenvolvimento da próxima geração de sistemas para nos levar até lá”, disse Bolden. O transporte à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) deve ser feito apenas por parceiros do setor privado, para que a NASA fique focada em veículos de lançamento e na exploração espacial.
"A equipe governamental e industrial do Orion tem mostrado excepcional criatividade em encontrar formas de manter os custos baixos por meio de técnicas de gestão, soluções e inovações", afirmou o administrador Douglas Cooke, da diretoria de sistemas de exploração da NASA, em Washington.

Fontes: Nasa; e Astrofísicos         

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mercúrio - como um inseto atraído pela luz

Uma das particularidades de Mercúrio, o menor planeta do sistema solar e o mais próximo do Sol, é sua difícil visualização.
Os antigos pesavam tratar-se de dois planetas, porque Mercúrio era observado ora em uma posição no céu, ora em outra. De sua superfície, o Sol seria quase três vezes maior do que quando visto da Terra. Por ser o planeta de translação mais veloz, seu ano dura 88 dias – os gregos chamaram-no de Hermes, o mensageiro do Olimpo. Mercúrio, para os romanos é o correspondente do deus Hermes.

  
Dados básicos:

  • Distância média do Sol: 57,9 milhões de quilômetros;
  • Diâmetro 4.878km;
  • Variação de temperatura na superfície: de -150°C a 350°C;
  • Rotação: 59 dias;
  • Translação: 87,9 dias;
  • Satélites: não possui.

O mais perto do Sol


 Mercúrio descreve uma órbita tão elíptica ao redor do Sol que, em seu ponto mais próximo – chamado periélio – chega a ficar apenas 45,9 milhões de quilômetros da estrela. Já a distância em seu ponto mais afastado – afélio – corresponde a aproximadamente 70 milhões de quilômetros. Em média, situa-se a 57,9 milhões de quilômetros do Sol.

Mercúrio completa uma volta ao redor do Sol em 88 dias. A curta duração do ano contrasta com o longo tempo que o planeta leva para dar um giro em torno de si mesmo. Um dia em Mercúrio equivale a quase 59 dias terrestres. Devido ao seu lento movimento de rotação, acreditou-se que por muito tempo que o planeta mantivesse uma mesma face voltada para o Sol, em quanto a outra permanecia sempre escura.

Como possui atmosfera muito tênue, o planeta é incapaz de reter calor. Em conseqüência, Mercúrio apresenta enorme variação de temperatura. Na face iluminada, a superfície chega a registrar 350°C. No lado escuro, a temperatura despenca para -150°C. A fina camada gasosa contém traços de hidrogênio hélio e sódio, entre outros. Há dúvidas sobre a origem desses elementos. Especula-se se eles afloraram do interior do planeta ou foram capturados do vento solar.


Geografia de Mercúrio

Missão Mariner

Em seus primórdios, estimava-se que Mercúrio apresentava um núcleo metálico. O planeta teria se formado em torno desse núcleo, após agregar poeira cósmica e entre outros corpos menores. As altíssimas temperaturas geraram correntes de lava que cobriam a crosta mais antiga, enquanto choques de corpos celestes contribuíram na modelagem do relevo.



A maior parte dos dados conhecidos de Mercúrio foi obtida pela sonda espacial Mariner 10, lançada pelos Estados Unidos em 1973 e que visitou o planeta entre 1974 e 1975. As imagens mostram um relevo parecido com o da Lua, com depressões, vales e crateras, provavelmente resultantes de choques de meteoritos que atravessavam sua incipiente atmosfera e colidiram contra a superfície.
         O tamanho das crateras varia de cem metros a 1300 km. A maior delas é chamada de Bacia Caloris, e acredita-se que seja proveniente do choque com um corpo celeste de mais de cem quilômetros de extensão. No planeta existem, ainda, grandes cadeias de montanhas, com altitudes de até três mil metros.  

Série: Sistema Solar - Nosso Refúgio no Universo
Fonte: Atlas do Universo

De que é feito 96 por cento do universo?

Todas as estrelas, planetas e galáxias que podem ser vistos hoje representam apenas Quatro por cento do universo. Os outros 96 por cento é feito de um material que os astrônomos não podem ver detectar ou mesmo compreender.


Estas misteriosas substâncias são chamadas de energia escura e matéria escura. Astrônomos confirmam sua existência com base em sua influência gravitacional sobre o que pode ser visto em pequenos pedaços do universo, mas a matéria escura e a energia continuam a iludir todos quanto a sua detecção.

matéria escura

Alguns dos primeiros astrônomos tiveram pressentimentos de que poderia haver mais massa no Universo do que aquelas que podemos ver isto ocorreu entre 1960 e 1970. Vera Rubin, uma jovem astrônoma do Departamento de Magnetismo Terrestre da Instituição Carnegie de Washington, observou as velocidades das estrelas em várias posições nas galáxias, e o resultado foi surpreendente.
A física newtoniana de forma simples previu que as estrelas na periferia de uma galáxia deveriam orbitar suas galáxias mais lentamente do que as estrelas no centro. No entanto, as observações de Rubin não encontraram nenhuma diminuição nas velocidades das estrelas em nenhuma galáxia. Em vez disso, ela descobriu que todas as estrelas em uma galáxia parecem fazer um círculo com o centro em aproximadamente a mesma velocidade.
"Isso significa que as galáxias deveriam estar explodindo, e serem completamente instáveis", disse Panek. "Alguma coisa está faltando aqui."
Mas as pesquisas por outros astrônomos confirmaram a descoberta ímpar. Em última instância, com base em observações e modelos de computador, os cientistas concluíram que deve haver muito mais matéria do que as galáxias que podemos ver contêm o que agora é óbvio para nós. Se as estrelas e gás que podemos ver dentro de galáxias são apenas uma pequena parte da sua massa total, então as velocidades que elas mantém realmente começa a fazer sentido. Pelo fato de não poder ser vista os astrônomos apelidaram essa massa invisível de matéria escura.

Onde ela está?

No entanto, nos quase 40 anos que se seguiram, os investigadores ainda não conseguiram descobrir do que a matéria escura é feita.
Uma hipótese popular é que a matéria escura é formada por partículas exóticas que não interagem com a matéria normal, ou mesmo a luz, e por isso são invisíveis. No entanto, sua massa exerce uma força gravitacional, assim como a matéria normal,razão do porque eles afetam as velocidades das estrelas e provocam outros fenômenos no universo.
No entanto, mesmo trabalhando arduamente, os cientistas ainda não conseguiram detectar qualquer uma dessas partículas, mesmo com os testes concebidos especificamente para atingir suas propriedades previstas.
"Eu acho que no lado da matéria escura existe algum desânimo entre as pessoas que são uma espécie de meio de carreira", disse Panek. "Eles entraram neste campo e pensaram: 'OK, nós vamos resolver esse problema e então vamos desvendar mais mistérios a partir daí." Mas 15 ou 20 anos depois, eles estão dizendo, 'eu tenho investido minha carreira nisso e não sei se vou encontrar alguma coisa real até que ela termine", algo realmente frustrante para cientistas tão capacitados.
Ainda assim, muitos sustentam a esperança de que estamos chegando perto e que experimentos como o recém-construído acelerador de partículas Large Hadron Collider (LHC), em Genebra, pode finalmente resolver o enigma.


A energia escura

A energia escura é possivelmente algo ainda mais desconcertante do que a matéria escura. É uma descoberta relativamente mais recente, e é um que os cientistas têm ainda menos chance de ter um entendimento breve.
Tudo começou em meados dos anos 90, quando duas equipes de pesquisadores estavam tentando descobrir o quão rápido o Universo estava se expandindo, a fim de prever se as galáxias continuariam a espalhar-se para sempre, ou se elas acabariam por deformação ao voltar sobre si mesmas em um "Big Crunch".
Para fazer isso, os cientistas usaram truques especiais para determinar as distâncias de muitas estrelas que explodiram em supernovas em todo o universo. Eles mediram cerca de seis velocidades para determinar quão rápido elas foram se afastando de nós.
Quando vemos estrelas muito distantes, estamos vendo "uma hora mais cedo" na história do universo, porque a luz dessas estrelas percorreu milhões talvez bilhões de anos-luz para chegar até nós. Assim, olhando para as velocidades das estrelas em várias distâncias nos diz o quão rápido o universo estava em expansão em vários pontos em sua vida.
Os astrônomos previram duas possibilidades: ou o universo foi se expandindo em torno da mesma velocidade ao longo do tempo, ou que o universo pode ter diminuído a sua expansão à medida que envelhece.
Surpreendentemente, os pesquisadores não observaram nenhuma destas possibilidades. Em vez disso, o universo parece estar acelerando a sua expansão.
Esse fato não pode ser explicado com base no que nós sabíamos do universo naquele momento. Toda a gravidade de toda a massa do cosmos deveria ter puxando o universo de volta para dentro, assim como a gravidade puxa a bola de volta a Terra depois de ter sido atirado para o ar.
"Há alguma outra força lá fora, ou algo em uma escala cósmica que neutraliza a força da gravidade", explicou Panek. "As pessoas não acreditam nisto logo de cara porque resultado é estranho."


A competição feroz

Os cientistas chamam essa força misteriosa de energia escura. Embora ninguém tenha uma boa idéia do que é a energia escura, ou por que ela existe, é a força que parece contrariar a gravidade e faz o universo acelerar a sua expansão.
A falta de uma boa explicação para a energia escura não parece ter arrefecido o entusiasmo dos cientistas por ela.
"O que eu ouço varias vezes é a forma como as pessoas estão animadas para trabalhar nesta área agora, enquanto esta revolução está acontecendo", disse Panek. "Os problemas são tão grandes e profundos, eles estão realmente bastante emocionados com isso."
Em geral, acredita-se que a energia escura contribuir com 73% de toda a massa e energia no universo. Outros 23 por cento é a matéria escura, o que deixa apenas 4 por cento do universo composto de matéria normal, como estrelas, planetas e pessoas.
Esta bizarra, mas aparentemente verdadeira conclusão, foi alcançada aproximadamente ao mesmo tempo pelos dois grupos que trabalham medindo a expansão do universo. A competição entre os grupos tornou-se muito controversa, disse Panek, e eles cresceram e se odeiam bastante.
No final, porém, os membros de ambas as equipes devem colher as recompensas de encontrar uma das maiores surpresas da história da ciência.
"Eu acho que é uma espécie de energia que quando descoberta vai dar aos descobridores o Nobel", disse Panek. “Há certamente esse pressuposto que é apenas uma questão de anos’’”.
 Fonte: Astrofísicos
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