terça-feira, 28 de junho de 2011

Lixo espacial, uma ameaça constante

O lixo espacial que obrigou os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a refugiarem-se nas naves Soyuz passou a 250 m da plataforma, segundo fontes do setor aeroespacial russo.


"À tripulação disse que o lixo passou ao lado da estação e que puderam deixar as naves Soyuz", disseram as fontes, citadas pela agência Interfax. Pelos dados preliminares, a emergência ocorreu por volta das 9h (de Brasília).
Ao detectarem o lixo, os tripulantes da ISS refugiaram-se nas duas naves Soyuz que estão conectadas à plataforma orbital. "O lixo espacial foi detectado muito tarde e não deu tempo para que a estação fizesse uma manobra para sair da rota".
Os cosmonautas russos Aleksandr Samokutiayev e Sergei Volkov, e o astronauta da Nasa Ronald Garan subiram a bordo da Soyuz TMA-21, enquanto o russo Andrei Borisenko, o americano Michael Fossum e o japonês Satosi Furukawa refugiaram-se na Soyuz TMA-02M.
Os seis tripulantes da ISS integram a 28ª missão permanente na plataforma orbital.

O que é Lixo Espacial?

Lixo espacial é o nome dado aos objetos criados na Terra e lançados à órbita que após desempenharem suas funções permanecem em volta do planeta inutilmente. O lixo espacial possui desde luvas e ferramentas até pedaços de satélites, naves, foguetes e outros.


Os objetos que estão inutilmente em órbita são bastante perigosos tanto onde estão, por colocarem em risco a vida de astronautas, quanto para os satélites de comunicações que estão em órbita e para a vida no planeta, pois podem a qualquer momento entrar na atmosfera e atingir algo ou alguém. Esses objetos são projetados para serem destruídos ao tentar adentrar na atmosfera, alguns objetos conseguem passar pela atmosfera e atingir áreas habitadas comprometendo a área e a saúde das pessoas. 
Por incrível que pareça, existem aproximadamente nove mil fragmentos inoperantes sobre o planeta, quantidade essa que tende a aumentar com o passar do tempo, já que os lançamentos são constantes. Apesar de existir a preocupação com o lixo espacial, não existem métodos eficientes e econômicos para resolver ou amenizar o problema. 
Infelizmente não há nada que obrigue o país ou a instituição privada que lança algo no espaço e deixa o lixo por lá, a assumir as responsabilidades por qualquer problema proveniente de lixos espaciais que provocam danos no espaço ou dentro do planeta. A legislação nesse ponto é falha, pois nada relata a respeito desse grave problema. Também não é interesse para nenhum país desenvolvido que sejam criadas regras que limitem seus lançamentos ou suas ações espaciais.


Fontes: Brasil EscolaTerra

Supernova fará com que Hemisfério Sul fique às claras por um mês

Entre todos os fenômenos descritos na Ciência, a explosão de uma supernova está entre os mais potentes no que diz respeito à liberação de energia. Ao explodirem, essas estrelas produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Se muito próxima da Terra, uma supernova poderia liberar radiação gama e X suficiente para aquecer a superfície do nosso planeta e fazer a atmosfera e os oceanos evaporarem.
Contudo, conforme explica o astrônomo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Kepler Oliveira, essa possibilidade não representa uma ameaça, já que as explosões realmente perigosas teriam que ocorrer a menos de 30 anos-luz de distância e não existe nenhuma candidata a supernova tão perto do nosso planeta. Por outro lado, explosões a uma distância bem maior podem acontecer e, mesmo longe, o brilho seria tão intenso que praticamente faria a noite virar dia por um mês inteiro.

A estrela Eta Carinae pode se tornar uma supernova e sua explosão transformaria a noite em dia. Contudo, os cientistas não sabem quando isso pode ocorrer

Eta Carinae

A próxima explosão de uma supernova a ser observada na nossa vizinhança pode ser a de Eta Carinae, uma estrela a 7,5 mil anos-luz do nosso planeta. Visível apenas no Hemisfério Sul, ela chegou a rivalizar com Sirius no ano de 1843 como uma das estrelas mais brilhantes do céu.
           Décadas depois, foi observado que Eta Carinae estava perdendo sua luz até que, surpreendentemente, ela dobrou de brilho. Graças às pesquisas realizadas pelo professor do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Augusto Damineli foi possível provar que a estrela é na realidade um sistema duplo e passa por eventos de baixa excitação, algo como "apagões", a cada 5 anos e meio. E o próximo já tem data: será no inverno de 2014.
Felizmente, quando Eta Carinae explodir, a maior parte da energia liberada será espalhada ou absorvida pela imensidão do espaço. Por estarmos a uma distância suficientemente grande da estrela, a explosão de raios gama também não atingirá a Terra. Não é possível prever com exatidão quando isso vai acontecer, mas quando o astro se for, a luminosidade será como a de 10 luas no Hemisfério Sul. "Seria praticamente um mês sem noite", diz Damineli.

Supernovas no passado

Enquanto supernovas foram observadas em galáxias vizinhas, elas são eventos raros na Via Láctea, e as que observamos nem fizeram um "espetáculo" como o que pode ser causado por Eta Carinae. "Nos anos 1054, 1572 e 1612 explodiram como supernovas estrelas dentro de um raio de cerca de 7500 anos-luz, que foram visíveis durante o dia, mas como o planeta Venus, que é a estrela D'alva", diz Oliveira.


Tipos

Há dois tipos básicos de Supernova, o tipo I e o II. O tipo II é uma estrela de massa maior que o Sol, que exaure seu combustível nuclear. Quando isso acontece, a região central da estrela colapsa devido à sua alta gravidade. Forma-se um núcleo muito compacto, que será o seu remanescente, como uma estrela de nêutrons ou até um buraco negro. Quando o resto da estrela cai em direção a esse núcleo, ele ricocheteia com alta energia. Daí acontece a explosão.
Acredita-se que a Supernova tipo I seja um remanescente estelar de massa mais baixa, como uma anã branca que ganha matéria de uma estrela companheira, num sistema duplo. Ao atingir certo limite de massa, iniciam-se reações nucleares de forma explosiva, que antes a estrela não tinha condições de iniciar.

Exemplo de Supernova de tipo I

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Fonte: Terra 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Io, Europa, Ganimedes, Calisto e outros 59...

       Tudo começou com o astrônomo chinês Gan De, em 364 a.C. Porem a primeira observação sem incertezas dos satélites de Júpiter só aconteceu em 1609, com Galileu Galilei e seu lendário telescópio.
       Galilei descobriu as quatro maiores luas - Io, Europa, Ganimedes e Calisto - deixando o restante, de 59 outros satélites, para serem descobertos entre o final do século XIX e início do século XXI.
       Devido ao grande número de satélites que Júpiter possui, estes foram divididos em grupos:



Satélites regulares
Estes estão divididos em dois grupos:
grupo Amalteia ou satélites interiores é composto por satélites que orbitam muito próximos a Júpiter: MétisAdrasteia,Amalteia e Tebe, organizados em ordem crescente de distância do planeta. Os dois primeiros orbitam em torno do planeta em menos de um dia jupiteriano, enquanto que os dois últimos são respectivamente o quinto e o sétimo maiores satélites do sistema jupiteriano.
Satélites de Galileu ou grupo principal é composto pelos quatro maiores satélites de Júpiter: IoEuropaGanímedes e Calisto, organizados em ordem crescente de distância do planeta. Os quatro possuem diâmetros maiores do que qualquer planeta anão descoberto, e Ganímedes é o objeto mais massivo do Sistema Solar, quando o Sol e os oito planetas não são incluídos, além de possuir um diâmetro maior do que Mercúrio.



Satélites irregulares
Os satélites irregulares de Júpiter são substancialmente menores do que os satélites regulares, possuindo órbitas mais distantes e excêntricas. Estes satélites formam famílias que possuem parâmetros orbitais similares (tais como eixo semi-maior, inclinação e excentricidade) e composição. Acredita-se que estes grupos sejam, ao menos parcialmente, famílias dinâmicas que foram criados quando os corpos maiores (embora ainda relativamente pequenos) originais foram despedaçados em pedaços menores via impactos de asteroides capturados pelo campo gravitacional do planeta. Estas famílias possuem os nomes de seus maiores membros. 

Famílias de satélites e alguns satélites irregulares de Júpiter com suas órbitas

Embora não exista um consenso rígido distinguindo uma família das outras, estas são tipicamente identificadas como:
            Satélites prógrados:
Temisto é o satélite irregular mais próximo do planeta, e não faz parte de qualquer família conhecida;  Os membros do grupo Himalia; Carpo é o satélite prógrado mais distante do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida.
            Satélites retrógrados:
S/2003 J 12 é o satélite retrógrado mais próximo do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida; As órbitas dos satélites do grupo Carme;  Os satélites do grupo Ananke; Os satélites do grupo Pasife; e S/2003 J 2 é o satélite mais longíquo do planeta, não fazendo parte de qualquer família conhecida.

Principais satélites:



Io
O mais internos deles, faz uma revolução completa ao redor de Júpiter em 42 horas e tem dimensões próximas a da nossa Lua.
As imagens transmitidas pelas sondas exibem um grande número de centros vulcânicos em atividade (os primeiros encontrados fora da Terra), fazendo de Io um dos objetos mais ativos do sistema solar. Isto deve-se a sua grande proximidade com Júpiter, caso contrário seria tão inativo quanto a Lua.
Não se detectou crateras de impacto em sua superfície, apesar da grande atividade de meteoritos em sua região. Isso revela que Io tem uma superfície recente e bastante dinâmica, capaz de modificar-se com rapidez.
As estruturas dominantes de sua superfície são as vulcânicas que geralmente são rodeadas por manchas escuras com algumas dezenas de quilômetros. 
Nas regiões polares os sistemas vulcânicos estão em menor número, mas são numerosas as montanhas com vários quilômetros de altura. Por estar muito próximo do planeta, Io está sujeito a muitas tensões, principalmente as de marés, que é intensificado por Europa. Essas tensões são fontes de energia que fundem grandes quantidades de matéria no núcleo do satélite e provocam fraturas em sua superfície.
Os principais componentes expelidos pelos vulcões são o enxofre e o anidrido sulfuroso, a uma temperatura máxima de 17ºC.




Europa
Pouco menor que a Lua, tem uma translação de cerca de 3,5 dias. Parece ser recoberto de gelo e outros materiais claros.
Esse satélite foi o menos estudado devido a posição de sua órbita, quando as Voyagers passaram por Júpiter.
Sabe-se que sua densidade é cerca de 3 g/cm3, sua composição é rochosa com pontos onde há uma mistura de silicatos com metais formando áreas com densidade pouco mais elevada, sendo detectada grande quantidade de água e gelo.
As fotos da Voyager apesar da baixa resolução, indicaram que grande parte de sua superfície é de gelo, que reflete mais de 60% da luz incidente. Nessas imagens pode-se observar que o satélite é atravessado por grandes linhas de até 3.000 km, que se entrecruzam. Elas podem ser resultados de movimentos tectônicos em todo o satélite.
A ausência de crateras de impacto pode indicar algumas semelhanças com Io.
Acredita-se que logo após sua formação o núcleo ainda quente provocou uma desgasificação das rochas, que deu origem a uma fina camada de água sob a crosta. Devido aos movimentos tectônicos, essa água subiu para a superfície e em contato com o ambiente frio externo congelou-se, fazendo de Europa o objeto celeste mais liso do sistema solar.



Ganimedes
Ganimedes é o maior satélite do sistema solar com 78% do diâmetro de Marte. Sua translação é cerca de sete dias.
O estudo do seu espectro indica uma absorção característica do gelo, que deve recobrir grande parte de sua superfície. Supõem-se que sua constituição seja gelo e silicato em quantidades mais ou menos iguais. Isso pode ser evidenciado pela sua baixa densidade.
Dois tipos de solo podem ser distiguidos no satélite: Os solos escuros - que são basicamente planos, apresentando um elevado número de crateras e os solos claros, que apresentam vales paralelos de aspecto ondulado.
A aparência de crateras deformadas nessas regiões é sinal de mudanças ocorridas na crosta gelada. O maior número de crateras mostra que as regiões escuras são bem mais antigas em relação ãs regiões claras.



Calisto
O mais externo, é quase do tamanho de Mercúrio. Porém, é o que reflete menos luz devido a presença de mateiras escuros misturados ao gelo na sua superfície.
Seu período de translação é de pouco mais de duas semanas.
Com densidade de 1,8 g/cm3 , acredita-se que tenha a mesma constituição de Ganimedes, porém seu processo de evolução permitiu maior estabilidade na crosta. Isso é evidenciado pelo grande número de crateras, em relação aos demais satélites.
As grandes depressões do satélite podem ter tido a mesma origem das depressões lunares (impactos de grandes meteoritos).
Para sua estrutura interna é previsto um núcleo de silicatos com raio de 1.200 km e sobre esse núcleo um manto de 1.000 km de espessura, constituido de gelo e água. E por último a crosta com espessura de 100 a 200 km formada de gelo e compostos escuros de sílicio.



Curiosidades mitológicas: o nome dos quatro maiores satélites de Júpiter é uma analogia às quatro amantes de Zeus (Júpiter, na mitologia romana) na Terra.

Tabela com dados detalhados de todos os 63 satélites de Júpiter, clik aqui.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Júpiter – O Maior do Olimpo

             O primeiro planeta dos chamados gigantes gasosos teve seus nome inspirado no deus grego Zeus, o rei do Olimpo. A composição de Júpiter – Hélio e Hidrogênio – é muito similar à de estrelas como nosso Sol. O maior planeta do Sistema Solar possui um campo magnético muito intenso e sua pressão é 3 milhões de vezes mais forte que a da Terra. Chama a atenção pela Grande Mancha Vermelha – uma região de tempestades – e por ter o dia mais curto, com rotação de 9h50min.
Dados básicos:
·         Distância média do Sol: 778 milhões de km;
·         Diâmetro: 143.000 km;
·         Variação da temperatura na superfície: -140ºC a 22ºC;
·         Rotação: 9h e 50min;
·         Translação: 11,9 anos;
·         Satélites: 63 (Io, Europa, Ganimedes e Calisto, são os mais conhecidos).

            O maior dos planetas do Sistema Solar é chamado de gigante gasoso. A denominação tem sua razão de ser. Júpiter é formado principalmente de gases e não tem uma superfície definida como a da Terra. Em outras palavras, não é possível determinar o ponto em que termina a atmosfera e começa a terra firme. Como decorrência o planeta possui um volume colossal – mais de mil vezes superior ao da Terra. Sua massa, porém, é “apenas” 318 vezes maior.

            Em média, Júpiter localiza-se a 778 milhões de quilômetros do Sol, mas sua órbita faz com que ele chegue a ficar até 960 milhões de quilômetros afastado da estrela. Essa longa distância da fonte de calor faz com que sua temperatura média seja bastante baixa, cerca de -147ºC.
            Júpiter é um globo multicolorido de gás, 85% hidrogênio, o elemento químico mais abundante e mais simples do Universo, com apenas um elétron e um próton. O hidrogênio é também principal constituinte de uma estrela. E “por pouco” Júpiter não se transformou numa delas.



Porque não uma estrela!?


            Júpiter tem um núcleo muito quente e libera para o espaço o triplo da energia que recebe do Sol. Esse planeta só não é uma estrela como o Sol, porque sua massa não consegue elevar-se a pressão e temperatura suficiente para os gases produzirem reações nucleares. Caso isso acontecesse ele poderia ser considerado um sistema solar em miniatura, com sua coleção de mais de 60 satélites naturais.
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Composição e atmosfera

            O modelo da estrutura de Júpiter baseia-se em medidas de densidade e propõe três camadas. Um núcleo compacto de rocha e gelo, com espessura de 40 mil quilômetros, que corresponde a 4% da massa total, recoberto por uma camada de hidrogênio metálico, até uma distância de 0,7 do raio.
            Nessas condições, a alta condutividade elétrica do Hidrogênio aliada à velocidade de rotação explicam o grande campo magnético de Júpiter, 12 vezes maior do que o da Terra. 
            Uma transição entre essa camada e outra, formada por uma mistura líquida de hélio e hidrogênio molecular, é sobreposta pela atmosfera de Júpiter, composta por hidrogênio e hélio gasosos e supõe-se que tenha 200 km de espessura.
            Também já foi detectado metano, amoníaco e um pouco de vapor d'água, além de etileno, acetileno e metano deuterado.




Gigante, mas também veloz

            A rotação de Júpiter é a mais rápida entre os planetas do Sistema Solar, leva apenas 9h50min para dar uma volta em si mesmo, a uma velocidade de 12 km/s. Sua alta velocidade de rotação faz com que o planeta tenha seus pólos bastante achatados. 
Já sua translação, em virtude da longa órbita que descreve, corresponde a quase 12 anos terrestres.

Faixas multi-coloridas e tempestades que perduram por séculos

            Com instrumentos de observação, pode-se ver que o planeta apresenta, a partir dos pólos, grandes faixas amarelas horizontais, além de outra estreita na zona equatorial. As quatro faixas principais possuem cores que vão do violeta ao rosa, que seriam traços de sua espessa atmosfera gasosa. A grande Mancha Vermelha é uma enorme tempestade que, supõe-se, dura vários séculos. Ela tem aproximadamente 25 mil quilômetros de diâmetro – equivalente a três diâmetros terrestres – e os ventos atingem cerca de 400 km/h.



Exploração de Júpiter

             Em 1610 o astrónomo italiano Galileo Galilei com seu telescópio rudimentar descobre as quatro grandes luas de Júpiter. As luas de Júpiter; Io, Calisto, Ganymedes e Europa são tambem conhecidas como luas galileanas.
             Assim começava a exploração e admiração humana sobre Júpiter. Após Galileu veio as sondas espacias Pioneer e Voyager, que tinham como objetivo alcançar os confins do Sistema Solar. Já no final da década de 1980 foi lançada a sonda espacial Galileu que tem como objetivo estudar a atmosfera do planeta os satélites e a magnetosfera.



Satélites e anéis
          
            Em 1610, o astrônomo Galileu Galilei foi a observar, com seu famoso telescópio, quatro satélites naturais de Júpiter. Eram os que mais brilhavam e por consequência mais visíveis: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Outras luas – Amaltéia, Himalaia, Elara, Pasifae, Sínope, Lisitéia, Carme, Ananque, Leda, Tebe, Métis e Adrastéia – foram descobertos mais tarde, principalmente entre 1892 e 1979.
            As sondas norte-americanas enviadas ao planeta a partir da década de 1970, colheram mais informações sobre Júpiter. Descobriram, por exemplo, um sistema de anéis – bem mais discreto que os de Saturno – que circunda o planeta. Os anéis são finos e compostos por partículas de poeira, sendo que os dois mais externos têm menos de mil metros de espessura.



Mais sobre luas de Júpiter, clik aqui


Série: Sistema Solar - Nosso refúgio no Universo
Fontes: Atlas do universo; Ciência e cultura; Astronomia no Zênite

Porque não uma estrela!?

            As estrelas produzem energia através de uma reação chamada fusão nuclear. Dois núcleos de hidrogênio colidem, em altíssima velocidade, e se fundem num núcleo de hélio, liberando enormes quantidades de energia.



              Para isso acontecer é preciso haver uma colossal massa desse gás, confinada de modo a atingir pressões e temperaturas extremas, que desencadeiam a reação nuclear.
              Júpiter apenas não acumulou massa suficiente para se tornar uma estrela (na verdade, estima-se que seria necessário no mínimo dez vezes mais massa!). Mesmo assim, 25.000 km abaixo do seu topo gasoso a pressão atinge a respeitável marca de 3 milhões de vezes a pressão na Terra ao nível do mar.            



              A hipótese de Júpiter ser “uma estrela que não deu certo” não é de todo um exagero. Na parte infravermelha do espectro, isto é, considerando freqüências abaixo da luz vermelha, Júpiter de fato se comporta como um sol.
            É claro que a temperatura no topo das nuvens do planeta está abaixo de zero, mas é nas profundezas de sua atmosfera, onde a pressão é altíssima, que as coisas ficam realmente quentes.


               Caso tivesse se tornado uma estrela de verdade viveríamos num sistema solar binário e as noites poderiam ser raras. Deve haver muitos mundos assim no Universo, pois estrelas duplas não são incomuns.


Relação
hidrogênio/hélio
Relação
hidrogênio/carbono
Relação
hidrogênio/nitrogênio
Júpiter
7
3.000
13.000
Sol
9
2.880
12.000


Caso Júpter tivesse se tornado uma estrela teriamos um curto período noturno e o Por-do-Sol (sois) seria magnífico.

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Fonte: Astronomia no Zênite

Ceres - um planeta anão graças a Júpiter


Ceres é um planeta anão que se encontra no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço dessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço do total da massa do cinturão. E só não tornou-se um planeta graças a gravidade de Júpiter, que atua sobre a região de Ceres. Assim, por consequência, há o Cinturão de Asteroides no local.


Dados básicos:
  • Temperatura: média: entre -106°C e -34°C
  • Rotação: 9,975 h
  • Translação: 4,6 anos
  • Distância média para o Sol: 4,14 x 10¹¹ Km
  • Diâmetro: cerda de 950 Km
  • Área da superfície: 1.800.000 Km2
  • Massa: 9,5x10 20 Kg
  • Gravidade equatorial: 0,028g
Histórico:

Em 01 de Janeiro de 1801, o monge siciliano,fundador e diretor do Observatório Astronômico de Palermo, Giuseppe Piazzi (16/07/1746 - 22/07/1826), descobriu Ceres, o qual fora consisderado incialmente um planeta. Com a descobrta de mais objetos naquela região, ele passou a ser considerado um asteróide e a partir de agosto de 2006 ele passou a ser considerado um planeta do Sistema Solar, o quinto em distância do Sol.
Piazzi estava certo da descoberta de um novo planeta, mas no entanto ele  o anunciou como sendo um cometa. Mais observações não foram possíveis devido a uma conjunção solar. Mais tarde, com a ajuda do matemático Carl Friedrich Gauss, os cálculos levaram onde estaria o objeto Ceres  com a ajuda da lei de Titius-Bode.  Novamente localizado e com mais observações, ele foi classificado como um planeta. Nos anos que se seguinram, foram descobertos objetos semelhantes e com características similares. Esses objetos são: Palla em 1802, Juno em 1804 e Vesta em 1807. Até o final do Século XVII, centenas de objetos foram localizados nessa região e então resolveu-se classificá-lo como  asteróide. Com as novas descobertas no Século XXI, uma definição do conceito  "planeta" foi elaborada e,  acabou por considerar Ceres um planeta anão do Sistema Solar.

Órbita de Ceres
Geologia:

            Os cientistas há muito que teorizaram que Ceres seria uma massa indiferenciada e homogênea, semelhante a muitos corpos carbonáceos que povoam a Cintura de Asteroides, tendo 0,113 de albedo, muito semelhante ao da Lua, levando a se supor que a sua superfície deverá ser análoga à do nosso satélite natural. No entanto, Peter Thomas e os seus colaboradores mostraram que isto não era verdade. O grupo observou e gravou rotações inteiras de Ceres usando o Telescópio espacial Hubble entre Dezembro de 2003 e Janeiro de 2004. Ao examinarem as imagens, verificaram que Ceres era quase perfeitamente esferóide, com uma pequena protuberância de 30 km no equador, ao contrário da grande maioria dos asteroides, tornando-o único entre os asteroides. Anteriormente, pensava-se que a protuberância fosse de 40 km, através das melhores medições da massa de Ceres anteriormente realizadas. A diferença, segundo Thomas e seus colegas, deve-se a que Ceres não é homogêneo, mas estruturado em camadas, com um núcleo denso de rocha coberto por um manto de gelo de água, por sua vez coberto por uma crosta leve.

  
O manto de Ceres deverá ser de gelo de água, porque a densidade de Ceres é menor que a da crosta da Terra e porque marcas espectrais da superfície evidenciam minerais moldados pela água. Assim, estimou-se que Ceres deverá ser composto por 25 por cento de água, mais que toda a água doce na Terra. Esta água encontra-se enterrada sobre uma fina camada de poeira.
Caso não fossem as perturbações gravitacionais de Júpiter há milhares de milhões de anos, Ceres seria, indiscutivelmente, um verdadeiro planeta. Com uma massa de 9,45±0,04×1020 kg, Ceres tem mais do que um terço do total de 2,3×1021 kg de massa de todos os asteroides do sistema solar (que ainda é apenas cerca de 4% da massa da Lua).

Tamanho de Ceres em relação à Terra e Lua
  Mitologia:

Originalmente, o novo planeta foi chamado de Ceres Ferdinandea em honra à figura mitológica Ceres e ao Rei Fernando IV de Nápoles e da Sicília. A parte Ferdinandea não foi bem recebida pelas outras nações e foi removida.
Na mitologia romana, Ceres é equivalente à deusa grega, Deméter, filha de Saturno, amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno, Vesta,Neptuno e Plutão. Ceres era a deusa das colheitas e do amor maternal. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Imagens feitas pelo Telescópio Spitzer revelam detalhes do espaço

A Nasa, divulgou novas imagens registradas pelo Telescópio Espacial Spitzer. Entre as imagens captadas estão a de uma nebulosa 'anel esmeralda' e um berçário de estrelas.
O telescópio de US$ 800 milhões é capaz de captar imagens que não são vistas a olho nu.O telescópio lançado em 2003 foi inicialmente denominado de SIRTF, que significa Space Infrared Telescope Facility. Desde então, tem captado imagens surpreendentes, como o 'anel esmeralda', que propaga um brilho verde.



A estrela chamada de 'RCW 120' faz parte da constelação de Escorpião, composta de gás quente e uma poeira brilhante esverdeada. Esse brilho, impossível de ser visto pelo olho humano, foi registrado em cores infravermelhas. Em outra imagem feita pelo Spitzer, pode se ver um berçário de estrelas da constelação Órion.


Spitzer obtém essas imagens pela detecção de radiação infravermelha ou de calor que os objetos do espaço irradiam no comprimento de ondas entre 3 a 180 micrômetros (um micrômetro corresponde a um milionésimo de metro).
Inicialmente, os cientistas acreditavam que o telescópio iria operar apenas por 30 meses, já que é necessário hélio líquido para resfriar instrumentos internos.  No entanto, o hélio durou três anos a mais do que o esperado, quando finalmente o Spitzer foi desligado. A maioria dos seus instrumentos parou de operar, exceto a câmera que continua captando imagens do universo em cores que não podemos ver.


Para ver mais imagens obtidas com o Telescópio Spitzer, clik aqui.
Para ver outras fotos, clik aqui.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Colisão entre estrela do tamanho do Sol e um enorme buraco negro provocou uma das maiores explosões espaciais já registradas

         Astrônomos acreditam ter resolvido o mistério de uma das maiores explosões espaciais jamais registradas. Eles afirmam que a explosão em uma galáxia distante aconteceu depois que um buraco negro massivo devorou uma estrela. A energia liberada foi detectada primeiramente pelo satélite Swift no dia 28 de março e foi confirmada depois por telescópios.



Alguns cientistas acreditaram que o clarão era uma explosão de raios gama de uma estrela em colapso, porém a queima de um evento como este dura normalmente apenas poucas horas. Ao invés de desaparecer, a explosão cósmica continuou a queimar e a emitir radiações de alta energia por dois meses e meio.

Duas equipes concluíram que uma estrela do tamanho do Sol foi sugada por um buraco negro gigante do mesmo jeito que uma mosca não consegue escapar de um sapo.

Assim que o buraco negro abocanhou a estrela, um feixe de energia foi jorrado em direção a Terra e isto pode ter sido registrado pelos telescópios. O banquete estelar ocorreu em uma galáxia a 3,8 bilhões de anos luz. Um ano luz corresponde a cerca de 9,66 trilhões de quilômetros.

“Isto foi totalmente diferente de qualquer coisa vista”, disse Joshua Bloom, astrônomo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que liderou uma das equipes do estudo publicado no periódico científico Science. Bloom classificou o evento como algo extremamente raro.

"Isso acontece porque o buraco negro rasga a estrela, sua massa gira em espiral e este processo libera muitíssima energia", explicou o cientista.
Cerca de 10% da massa dessa estrela se transformou em energia irradiada, como raios X e gama, que podiam ser vistos na Terra, uma vez que o feixe de luz apontava para a Via Láctea, segundo o estudo.

Ao repassar o histórico de explosões na Constelação de Draco, onde foi observado o fenômeno, os cientistas determinaram que o acontecimento foi "excepcional", já que não encontraram indícios de outras emissões de raios X ou gama.

Buracos negros são como roda moinhos, núcleos super densos das galáxias que consomem tudo por perto em pouco tempo. Como eles crescem permanece um mistério. Cientistas acreditam que a observação do clarão pode ajudar na melhor compreensão de como as galáxias se formam.


Em repouso

O mais fascinante, segundo Bloom, é que o fenômeno começou em um buraco negro em repouso, que não estava atraindo matéria. "Isto poderia acontecer em nossa própria galáxia, onde há um buraco negro que vive em quietude e que fervilha ocasionalmente, quando absorve um pouco de gás", garantiu. No entanto, Bloom ressaltou que seria uma surpresa ver outro fenômeno similar no céu na próxima década.

“Não é o tipo de coisa pela qual se deva perder o sono”, disse o pesquisador Andrew Levan da Universidade de Warwinck, na Inglaterra, e que liderou a outra equipe de estudo.
A explosão é algo "nunca visto" até agora na longitude de onda dos raios gama, por isso o mais provável é que só aconteça "uma vez a cada 100 milhões de anos, em qualquer galáxia", calculou o cientista.

O estudo estima que as emissões de raios gama, que começaram entre os dias 24 e 25 de março em uma galáxia não identificada a cerca de 3,8 milhões de anos luz, vão se dissipar ao longo do ano.


"Acreditamos que o fenômeno foi detectado em seu momento de maior brilho, e se realmente for uma estrela destruída por um buraco negro, podemos dizer que nunca voltará a ocorrer nessa galáxia", concluiu Bloom.

 Fonte: Astrofisicos
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