quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O mistério do objeto mais esférico já encontrado no Universo

Esse é o objeto mais esférico do Universo que já foi estudado

Esse é o objeto mais esférico do Universo que já foi estudado.

Se tem algo raro de se encontrar no Universo, é uma esfera perfeita.

Os planetas e as estrelas não são. As forças centrífugas a que são submetidos fazem com que sejam "esmagados" nos pólos.

Mas, a 5.000 anos-luz da Terra, está Kepler 11.145.123 (ou KIC 11145123), cuja esfera parece desafiar as leis da física. Trata-se do objeto mais esférico encontrado no espaço até agora.

A sua esfera está tão perfeitamente intacta que pesquisadores do Instituto Max Planck para o Sistema Solar e da Universidade de Gottingen, na Alemanha, estão intrigados em descobrir o que leva o objeto a ser alheio às turbulências do espaço.

"Kepler 11145123 é o objeto natural mais esférico que já medimos, é muito mais redondo do que o Sol", disse o astrônomo Laurent Gizon, chefe do estudo.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como sismologia, ou asterosismologia estelar, que estuda a estrutura interna das estrelas e determina a esfericidade do objeto.

Passo de tartaruga

Ao girar em seus eixos, as luas, planetas e estrelas são submetidos a forças centrífugas que achatam seus pólos.

O nosso Sol tem um ciclo de rotação de 27 dias e o raio da sua circunferência é 10 quilômetros maior na sua linha do equador do que nos pólos. No caso da Terra, essa diferença é de 21 quilômetros.

Já a KIC 11145123 apresenta uma diferença de apenas 3 quilômetros, incrivelmente pequena se considerarmos que esta estrela tem um raio de 1,5 milhões de quilômetros, duas vezes maior do que o Sol.

Embora os especialistas não tenham uma resposta conclusiva sobre a razão deste fenômeno, eles dão alguns palpites:

"A rotação desta estrela é surpreendentemente mais lenta, três vezes mais devagar do que o Sol, e não sabemos exatamente o motivo", disse Gizon à BBC.

"Mas, ao girar mais devagar, deforma menos", acrescentou.
Além disso, seu centro gira mais lentamente do que suas camadas externas.

 

 Campo magnético


O especialista afirma que a rotação não é, no entanto, o único fator que determina a forma de uma estrela.

Também existe o campo magnético.

"Nós percebemos que esta estrela parecia um pouco mais arredondada do que previa sua rotação", diz o especialista.

"É por isso que também atribuimos sua forma à presença do campo magnético".

"Nós sugerimos que seu fraco campo magnético (muito mais fraco do que o do Sol) seja uma possível explicação para a sua esfericidade", relataram os autores do estudo, publicado na revista Science Advances.

Para os cientistas, a forma da estrela KIC 11145123 traz à tona dúvidas sobre a origem dos campos magnéticos.

"Este trabalho é um primeiro passo no estudo de formas estelares com a asterosismologia", conclui.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2016/11/18/o-misterio-do-objeto-mais-esferico-ja-encontrado-no-universo.htm

Por: Rodrigo de O. França

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cerimonia de Premiação dos vencedores da OBA e da 1° Competição de Foguetes CARONTE (CFC)


Por que a Lua fica laranja de vez em quando? E ela pode ficar azul?

Nesta segunda, a maior superlua em 68 anos chamou a atenção dos brasileiros e do mundo. Tudo isso porque o fenômeno —que acontece quando o astro está mais próximo da Terra— deixa a Lua maior, mais brilhante e, consequentemente, ainda mais bonita, do que estamos acostumados.

E com tanta atenção (e câmeras fotográficas) voltada para ela, talvez você tenha percebido que, em alguns momentos, a Lua ficou com um tom mais avermelhado (ou alaranjado). Sabe por que isso acontece?

Antes da explicação, é bom lembrar que a Lua reflete a luz branca que vem do Sol —que é formada por ondas de vários comprimentos, portanto, formada por várias cores.  Embora nosso satélite pareça muito brilhante, reflete apenas 6,7% da luz que recebe do Sol.

As partes mais brilhantes de sua superfície são as regiões mais altas e com crateras, compostas de rochas ricas em cálcio e alumínio. As regiões mais escuras são zonas mais baixas, chamadas 'mares', compostas de rochas basálticas que refletem muito pouco a luz, daí sua cor acinzentada.

E quando fica alaranjada?



Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Lua é vista da ponte Rio Negro, em Manaus

A coloração alaranjada acontece ao anoitecer e ao amanhecer, da mesma maneira que vemos o Sol ou céu nesse horário. Quando nasce, a Lua está tão próxima do horizonte que a luz por ela refletida precisa passar por uma espessa camada de atmosfera terrestre antes de chegar aos nossos olhos, diferentemente do que acontece quando o satélite aparece alto no céu, onde o ar é mais rarefeito.  Quando atravessa a atmosfera da Terra, a luz refletida pela Lua se dissipa pelo ar. Em contato com as moléculas de gases que compõem o ar, algumas cores se dispersam e ficam imperceptíveis. No caso da Lua (e até o Sol) próxima do horizonte, a atmosfera mais densa "absorve" a cor verde, azul e violeta e deixa passar somente os tons vermelhos.

O tom avermelhado fica mais intenso quando há partículas de queimadas, erupções vulcânicas ou poluição na atmosfera.

Agora, quando ela está bem no alto do céu, a luz refletida conserva a cor original, que é o branco (reunião de todas as cores). Isso porque o ar rarefeito das altitudes elevadas faz com que a perda das tonalidades azul, verde e violeta sejam pequenas.

Lua azul existe?



Bill Ingalls/NASA
 Lua cheia vista do centro legislativo dos Estados Unidos.Esta foi a segunda vez que a lua apareceu cheia no mês de julho de 2015, e, por isso, é chamada de "Lua Azul"

É claro que quando dizemos "lua azul", o primeiro pensamento é que, se olharmos para o céu, o astro estará azulado. Mas não se trata disso. O termo não está relacionado com uma possível mudança na cor da Lua, mas sim às suas fases. Cada um dos quatro ciclos da Lua (nova, cheia, minguante e crescente) dura, em média, sete dias. Como os meses possuem quatro semanas, dificilmente uma fase se repete no mesmo mês.

No entanto, os movimentos da Lua ao redor da Terra não têm esse ciclo mensal perfeito. Por isso, a cada dois anos e meio ou três, a Lua cheia ocorre duas vezes em um mesmo mês. E é essa segunda Lua cheia que recebe o nome de "lua azul". O termo foi usado pela primeira vez na década de 1940.

Fora a repetição no calendário, a "lua azul" não tem nada de especial. O astro aparece com o mesmo tamanho e brilho que as outras luas cheias.

Como o acontecimento é raro, no inglês, a expressão "once in a blue moon" (uma vez a cada lua azul) é usada quando queremos dizer que determinado acontecimento dificilmente ocorre.

Mas não precisa eliminar todas as esperanças de ver uma Lua com a cor azul de verdade. Acontecimentos raros, como a erupção de um vulcão, podem deixar a "cor" do astro momentaneamente azulada. Isso por conta das partículas expelidas pela erupção que ficam no ar.

Fontes: Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Leandro Guedes, astrônomo do Planetário do Rio de Janeiro

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/11/15/por-que-a-lua-fica-laranja-de-vez-em-quando-e-ela-pode-ficar-azul.htm

  Por: Rodrigo de O. França

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

SERÁ QUE O SER HUMANO PODERÁ MESMO VIVER NO ESPAÇO?

 O ser humano foi talhado para viver na Terra - viver fora dela exigirá vencer muitos desafios.
Quais e quantas lembranças os astronautas conseguiriam ter após retornar de uma viagem a Marte?


Parece uma pergunta irrelevante, mas esta é uma das maiores preocupações dos especialistas devido a um fenômeno conhecido como "cérebro espacial" (space brain), que descreve os sintomas após uma exposição prolongada aos raios cósmicos.

Esses raios carregam tanta energia que podem penetrar o casco de uma nave espacial. De acordo com cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA), a exposição a partículas carregadas de alta energia - os raios cósmicos não são exatamente raios, mas partículas - pode causar danos de longo prazo ao cérebro.

Inflamação no cérebro
Entre os efeitos do cérebro espacial estão alterações cognitivas e demência. Possíveis danos causados pelos raios cósmicos ao corpo já eram conhecidos, mas acreditava-se que eram de curto prazo.
Em experimentos em camundongos, porém, Charles Limoli e sua equipe descobriram que os níveis de inflamação no cérebro continuavam significativamente elevados e danosos aos neurônios mesmo após seis meses, afetando comportamento, memória e aprendizagem.
"São más notícias para astronautas que embarcarem em uma viagem de ida e volta a Marte de dois ou três anos", comentou Limoli.

Extinção do medo
Para o Limoli, entre outros possíveis problemas decorrentes do fenômeno do cérebro espacial estão a diminuição do rendimento, ansiedade, depressão e alterações na hora de tomar decisões.
Os testes realizados na Terra não conseguem estudar os efeitos da radiação espacial sobre os astronautas porque o escudo magnético da Terra nos protege deles. [Imagem: NASA]

"Muitas dessas consequências adversas podem continuar e progredir ao longo da vida. O ambiente espacial traz perigos únicos para os astronautas", afirmou Limoli.

Os pesquisadores também descobriram que a radiação afeta a "extinção do medo", processo pelo qual o cérebro reprime experiências desagradáveis e estressantes do passado - por exemplo, quando alguém sofre uma queda de cavalo e volta a montar.

"O déficit na extinção do medo pode torná-los (astronautas) propensos à ansiedade," assinalou Limoli. "Isso poderia ser problemático em uma viagem de três anos de ida e volta a Marte."

Proteção ou prevenção
Os raios cósmicos descarregam muita energia ao se chocar com o corpo humano. Na Estação Espacial Internacional, onde os astronautas vivem de seis meses a um ano, eles estão protegidos porque se encontram ainda dentro da magnetosfera da Terra, que atua como escudo contra radiação. O mesmo não aconteceria em uma aventura rumo à Marte.
Construir naves espaciais com uma capa protetora dupla pode não ser útil, pois nada parece resistir a essas partículas de alta energia. Por isso, os especialistas sugerem o desenvolvimento de tratamentos preventivos para proteção do cérebro.


BBC de 28.10.2016

Por: Rodrigo de O. França
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