Segundo corpo celeste que mais brilha no crepúsculo depois da Lua. Vênus é similar à Terra em muitos aspectos. Ambos têm dimensão, massa e densidade aproximadas. As sondas espaciais que lá chegaram, porém, mostraram que Vênus apresenta condições bem diferentes em relação às da Terra. Em Vênus não existe água, sua atmosfera é muito mais densa e carregada de gás carbônico e ali ocorre um efeito estufa permanente, fazendo de sua temperatura superficial a mais alta dentre os 8 planetas do Sistema Solar.
Dados básicos:
- Distância média do Sol: 108,2 milhões de Km;
- Diâmetro: 12.104 Km;
- Variação da temperatura na superfície: de 75ºC a 425ºC;
- Rotação: 243 dias;
- Translação: 224,7 dias;
- Satélites: não possui.
Na antiguidade, diversos povos já conheciam Vênus. Vários registros que atestam sua existência foram encontrados em antigos documentos babilônicos, chineses, egípcios, gregos e civilizações da Meso-américa.
Vênus visto da Terra |
O planeta:
O diâmetro de Vênus é muito similar ao da Terra: 12.104 Km e 12.756 Km, respectivamente. A distância do Sol é de 108,2 milhões de Km, em média. Vênus é o planeta mais próximo da Terra – em sua aproximação máxima, fica a 42 milhões de Km de distância. Sua massa corresponde a 0,81 à da Terra (~4,87 ×1024 kg).
Órbita:
A rotação de Vênus é atípica. Primeiro porque o planeta gira em torno de seu próprio eixo no sentido retrógrado e, segundo, porque a rotação é extremamente lenta: o dia venusiano equivale a 243 dias terrestres. Em Vênus, o dia é mais extenso que o ano, que tem 224,7 dias. Seu eixo de rotação apresenta inclinação de apenas 3,4 graus, por isso praticamente não há diferenciação de clima nos hemisférios.
Atmosfera:
Ilustração de como seria a atmosfera venusiana |
Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar. Sua densa atmosfera composta por 96% de dióxido de carbono e 3% de nitrogênio, provoca um intenso efeito estufa, o que dificulta a dissipação de calor, que chega atingir temperaturas superiores a 400ºC. A pressão de sua superfície é aproximadamente 90 vezes maior que a da Terra (9,2 MPa), o equivalente a mergulhar em um oceano a quase 1 Km de profundidade.
Ele é inteiramente coberto por uma densa camada de nuvens composta principalmente de gotículas de ácido sulfúrico. As nuvens concentram-se a uma distância de 45 a 70 Km de altitude e são responsáveis pelo brilho do planeta. O grosso invólucro gasoso foi, por muito tempo, um obstáculo para cientistas observarem a superfície venusiana.
Exploração:
Mariner e Venera foram as principais sondas que orbitaram o planeta |
O uso de radiotelescópios e o envio de sondas espaciais forneceram informações que os observatórios terrestres não conseguiam obter. Na década de 1970, as missões norte-americanas Mariner 10 e Pioneer-Venus, juntamente com as sondas soviéticas Venera, captaram imagens da atmosfera e da superfície do planeta. Mais recentemente, em 1990, a sonda Magellan mapeou a maior parte de sua superfície.
Geografia:
Monte Maxwell com seus 10 Km de altura |
Vênus apresenta um núcleo semelhante ao da Terra. Seu relevo é formado por amplas planícies onduladas e por extensos planaltos. Um deles é chamado Terra Aphrodite – um gigantesco maciço que se extende por quase 10 mil quilômetros na região equatorial. Já os Monte Maxwell chegam a ter mais de 10 Km de altura. Há ainda crateras resultantes de impactos espaciais, fossas e fraturas. Pelo menos 85% da superfície é coberta de rocha de origem vulcânica com idade entre 300 e 600 milhões de anos.
Várias evidências apontam para a existência de atividade vulcânica corrente em Vênus. Durante o programa soviético Venera, as sondas Venera 11 e Venera 12 detectaram um fluxo constante de raios, e a Venera 12 registrou um ruído poderoso de trovão assim que pousou. A sonda Vênus Express da Agência Espacial Europeia registrou raios abundantes na alta atmosfera. Enquanto a chuva causa tempestades na Terra, não há chuva na superfície de Vénus (embora haja efetivamente chuva de ácido sulfúrico na atmosfera superior, que evapora cerca de 25 km acima da superfície). Uma possibilidade é que as cinzas de uma erupção vulcânica estivessem gerando os raios. Outra evidência vem de medições da concentração de dióxido de enxofre na atmosfera, que indicaram queda por um fator de 10 entre 1978 e 1986. Isto pode indicar que os níveis medidos inicialmente estavam elevados devido a uma grande erupção vulcânica.
Há atividade vulcânica em Vênus? |
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