quinta-feira, 23 de junho de 2011

Júpiter – O Maior do Olimpo

             O primeiro planeta dos chamados gigantes gasosos teve seus nome inspirado no deus grego Zeus, o rei do Olimpo. A composição de Júpiter – Hélio e Hidrogênio – é muito similar à de estrelas como nosso Sol. O maior planeta do Sistema Solar possui um campo magnético muito intenso e sua pressão é 3 milhões de vezes mais forte que a da Terra. Chama a atenção pela Grande Mancha Vermelha – uma região de tempestades – e por ter o dia mais curto, com rotação de 9h50min.
Dados básicos:
·         Distância média do Sol: 778 milhões de km;
·         Diâmetro: 143.000 km;
·         Variação da temperatura na superfície: -140ºC a 22ºC;
·         Rotação: 9h e 50min;
·         Translação: 11,9 anos;
·         Satélites: 63 (Io, Europa, Ganimedes e Calisto, são os mais conhecidos).

            O maior dos planetas do Sistema Solar é chamado de gigante gasoso. A denominação tem sua razão de ser. Júpiter é formado principalmente de gases e não tem uma superfície definida como a da Terra. Em outras palavras, não é possível determinar o ponto em que termina a atmosfera e começa a terra firme. Como decorrência o planeta possui um volume colossal – mais de mil vezes superior ao da Terra. Sua massa, porém, é “apenas” 318 vezes maior.

            Em média, Júpiter localiza-se a 778 milhões de quilômetros do Sol, mas sua órbita faz com que ele chegue a ficar até 960 milhões de quilômetros afastado da estrela. Essa longa distância da fonte de calor faz com que sua temperatura média seja bastante baixa, cerca de -147ºC.
            Júpiter é um globo multicolorido de gás, 85% hidrogênio, o elemento químico mais abundante e mais simples do Universo, com apenas um elétron e um próton. O hidrogênio é também principal constituinte de uma estrela. E “por pouco” Júpiter não se transformou numa delas.



Porque não uma estrela!?


            Júpiter tem um núcleo muito quente e libera para o espaço o triplo da energia que recebe do Sol. Esse planeta só não é uma estrela como o Sol, porque sua massa não consegue elevar-se a pressão e temperatura suficiente para os gases produzirem reações nucleares. Caso isso acontecesse ele poderia ser considerado um sistema solar em miniatura, com sua coleção de mais de 60 satélites naturais.
Mais detalhes, clik aqui

Composição e atmosfera

            O modelo da estrutura de Júpiter baseia-se em medidas de densidade e propõe três camadas. Um núcleo compacto de rocha e gelo, com espessura de 40 mil quilômetros, que corresponde a 4% da massa total, recoberto por uma camada de hidrogênio metálico, até uma distância de 0,7 do raio.
            Nessas condições, a alta condutividade elétrica do Hidrogênio aliada à velocidade de rotação explicam o grande campo magnético de Júpiter, 12 vezes maior do que o da Terra. 
            Uma transição entre essa camada e outra, formada por uma mistura líquida de hélio e hidrogênio molecular, é sobreposta pela atmosfera de Júpiter, composta por hidrogênio e hélio gasosos e supõe-se que tenha 200 km de espessura.
            Também já foi detectado metano, amoníaco e um pouco de vapor d'água, além de etileno, acetileno e metano deuterado.




Gigante, mas também veloz

            A rotação de Júpiter é a mais rápida entre os planetas do Sistema Solar, leva apenas 9h50min para dar uma volta em si mesmo, a uma velocidade de 12 km/s. Sua alta velocidade de rotação faz com que o planeta tenha seus pólos bastante achatados. 
Já sua translação, em virtude da longa órbita que descreve, corresponde a quase 12 anos terrestres.

Faixas multi-coloridas e tempestades que perduram por séculos

            Com instrumentos de observação, pode-se ver que o planeta apresenta, a partir dos pólos, grandes faixas amarelas horizontais, além de outra estreita na zona equatorial. As quatro faixas principais possuem cores que vão do violeta ao rosa, que seriam traços de sua espessa atmosfera gasosa. A grande Mancha Vermelha é uma enorme tempestade que, supõe-se, dura vários séculos. Ela tem aproximadamente 25 mil quilômetros de diâmetro – equivalente a três diâmetros terrestres – e os ventos atingem cerca de 400 km/h.



Exploração de Júpiter

             Em 1610 o astrónomo italiano Galileo Galilei com seu telescópio rudimentar descobre as quatro grandes luas de Júpiter. As luas de Júpiter; Io, Calisto, Ganymedes e Europa são tambem conhecidas como luas galileanas.
             Assim começava a exploração e admiração humana sobre Júpiter. Após Galileu veio as sondas espacias Pioneer e Voyager, que tinham como objetivo alcançar os confins do Sistema Solar. Já no final da década de 1980 foi lançada a sonda espacial Galileu que tem como objetivo estudar a atmosfera do planeta os satélites e a magnetosfera.



Satélites e anéis
          
            Em 1610, o astrônomo Galileu Galilei foi a observar, com seu famoso telescópio, quatro satélites naturais de Júpiter. Eram os que mais brilhavam e por consequência mais visíveis: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Outras luas – Amaltéia, Himalaia, Elara, Pasifae, Sínope, Lisitéia, Carme, Ananque, Leda, Tebe, Métis e Adrastéia – foram descobertos mais tarde, principalmente entre 1892 e 1979.
            As sondas norte-americanas enviadas ao planeta a partir da década de 1970, colheram mais informações sobre Júpiter. Descobriram, por exemplo, um sistema de anéis – bem mais discreto que os de Saturno – que circunda o planeta. Os anéis são finos e compostos por partículas de poeira, sendo que os dois mais externos têm menos de mil metros de espessura.



Mais sobre luas de Júpiter, clik aqui


Série: Sistema Solar - Nosso refúgio no Universo
Fontes: Atlas do universo; Ciência e cultura; Astronomia no Zênite

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