Como um fóssil de cavalo de 56 milhões de anos foi parar no espaço?
Em agosto de 2024, a Blue Origin realizou o seu 8º voo comercial com destino à "Linha de Kármán" – o limite da atmosfera terrestre a 100 km de altitude. Além de transportar seis humanos, a missão também levou a bordo três fósseis extraordinários: um caracol, um ancestral dos cavalos e um primata ancestral, todos com cerca de 56 milhões de anos de idade.
A seleção dos fósseis, escolhidos pelo geneticista Rob Ferl, não teve um objetivo científico direto, mas sim simbólico. Ferl queria compartilhar a experiência única do voo com seus colegas pesquisadores, levando consigo um "pedaço" deles para o espaço.
O evento de aquecimento global do Máximo Térmico Paleoceno-Eoceno, que transformou a Terra há 56 milhões de anos, teve um impacto profundo na fauna e flora, com temperaturas globais elevando-se entre 5°C a 8°C. Esse período de aquecimento foi comparado ao que estamos vivenciando atualmente com as mudanças climáticas, tornando os fósseis uma representação simbólica dos desafios ambientais.
Entre os fósseis escolhidos estavam:
- O Teilhardina sp., o primata mais antigo, que cabe na palma de uma mão.
- O Sifrhippus sandra, ancestral do cavalo, que pesava apenas 4 kg.
- O caracol lunar, com uma fascinante história natural.
Esses fósseis, representando marcos evolutivos e mudanças climáticas do passado, agora se tornaram testemunhas silenciosas do impacto ambiental e da jornada da Terra desde suas origens até o presente.
🌍🔭 Os fósseis não apenas nos conectam com o passado, mas também nos alertam sobre o futuro do nosso planeta e os desafios das mudanças climáticas.
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