O estudo se baseia na lista real de remédios enviados pela Nasa para compor o estoque da ISS. Dentre eles, estavam analgésicos, antibióticos, antialérgicos e soníferos.
Com a ajuda de um banco de dados internacional, a equipe verificou que 54 dos 91 medicamentos tinham prazo de validade de 36 meses ou menos. Assim, em estimativas mais otimistas, cerca de 60% dos remédios perdem validade antes que uma missão a Marte, por exemplo, fosse concluída.
Em cenários mais conservadoras, o número de produtos estragados ao longo de 3 anos de missões espaciais sem uma nova remessa da Terra poderia ser ainda maior. Os pesquisadores estimam uma perda de 98%.
“Isso não significa necessariamente que os medicamentos não vão funcionar”, explica Daniel Buckland, especialista em medicina aeroespacial, em comunicado. “Mas as agências de exploração espacial precisarão se preparar para lidar com cenários em que esses remédios vencidos possivelmente terão uma menor eficácia”.
Medicamentos vencidos podem perder um pouco sua eficácia — ou muito, dependendo do princípio ativo e formulação. A sua estabilidade e potência em comparação com a Terra também ainda são desconhecidas. O ambiente espacial hostil, de alta radiação, também pode colaborar com a diminuição de seus efeitos.
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