A partir da combinação de imagens orbitais com dados sismológicos, uma equipe de pesquisadores identificou uma nova classe de abalos sísmicos em Marte -- e também estimou o número de meteoritos que atingem o planeta. As conclusões são de um grupo internacional de pesquisadores, e foram publicadas nesta sexta-feira (28) na revista Nature Astronomy.
Estima-se que aproximadamente 17 mil meteoritos caiam na Terra a cada ano. Mas, por conta das condições particulares da atmosfera do nosso planeta, raramente esses astros são notados. Afinal, muitos se desintegram ao adentrar na atmosfera ou cruzam os céus em condições desfavoráveis para a visualização (durante o dia, em regiões com muita poluição, etc.).
Isso é diferente em Marte. A atmosfera marciana é 100 vezes mais fina do que a terrestre. Além disso, o planeta apresenta forte atração gravitacional e uma localização próxima a um cinturão de asteroides, o que significa que mais meteoritos – e exemplares maiores deles – atingiram o planeta vermelho.
Estima-se que são algo entre 280 e 360 meteoritos que despencam por lá todos os anos.Os abalos sísmicos que eles geram são chamados de "martemotos". Não estamos na Terra, onde temos o nome "terremoto", afinal.
“Nós estimamos os diâmetros das crateras a partir da magnitude de todos os martemotos e suas distâncias. Então, usamos isso para calcular quantas crateras se formaram ao redor do módulo de pouso InSight ao longo de um ano”, explica Natália Wójcicka, uma das responsáveis pelo projeto, em nota à imprensa. “Daí, extrapolamos esses dados para estimar o número de impactos que acontecem anualmente em toda a superfície de Marte”.
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