Bom, a origem da vida é um dos enigmas mais profundos e fascinantes da história do pensamento humano. Essa busca pela compreensão de como surgiu a vida na Terra e se também pode surgir fora dela é algo fascinante que transcende as fronteiras da ciência e adentra o domínio da filosofia.
O conceito filosófico da origem da vida e suas implicações têm uma ligação intrínseca com a Astrobiologia (Tyson; Goldsmith, 2015)
E essa pergunta sobre como a vida emergiu do não-vivo tem sido motivo de reflexão nas mitologias, religiões e cosmologias de diversas culturas ao redor do mundo... como estamos discutindo aqui!
Embora não possamos observar diretamente os eventos que levaram ao surgimento da vida na Terra, existem várias evidências que sustentam a teoria da evolução química, como por exemplo os Experimentos de Miller-Urey.
Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey realizaram um experimento pioneiro que simulava as condições primitivas da Terra. Eles submeteram uma mistura de gases à energia elétrica para simular relâmpagos e descobriram a formação de aminoácidos, blocos fundamentais da vida (Souza et al., 2011).
Outra pesquisa interessante foi realizada pelos cientistas da Scripps Research atribui a gênese da vida a um novo conjunto de reações químicas realizadas a partir dos elementos mais abundantes na Terra primitiva.
As suspeitas da origem da vida na Terra recaem no conceito da existência de uma “sopa primordial”, uma mistura rica em nutrientes. Dentro dessa sopa, as moléculas passaram a reagir entre si, graças a alguma energia adicional, como raios ou aberturas hidrotermais, até que formarem compostos orgânicos básicos.
Os pesquisadores ainda não descobriram todas as potencialidades da mistura. O autor do estudo, Krishnamurthy, ainda está em busca de algumas respostas para determinar a origem da vida: “Os aminoácidos podem começar a formar pequenas proteínas? Poderia uma dessas proteínas voltar e começar a agir como uma enzima para fazer mais desses aminoácidos?”.
Com as tecnologias avançadas de detecção e exploração espacial nos aproximam cada vez mais de respostas concretas. Contudo, é fundamental abordar a questão com responsabilidade ética e cultural.
Texto: Bolsista Pilar Hygino
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