A região equatorial de Marte abriga os vulcões mais altos do Sistema Solar, que – além de serem tão altos quanto três Montes Everests em alguns casos – provavelmente escondem um fenômeno gelado inesperado, segundo um novo estudo.
O maior deles – Olympus Mons – tem 26 quilômetros de altura e impressionantes 602 quilômetros de diâmetro, sendo cerca de 100 vezes maior que o maior vulcão da Terra, Mauna Loa, no Havaí. Na verdade, toda a cadeia de ilhas havaianas caberia dentro do vulcão marciano, de acordo com a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos).
Esses gigantes são encimados por grandes caldeiras – depressões em forma de tigela causadas pelo colapso do topo do vulcão após uma intensa erupção.
O tamanho colossal das caldeiras – de até 121 quilômetros de diâmetro – cria um microclima especial dentro delas. Utilizando câmeras instaladas em sondas que orbitam Marte, os pesquisadores observaram a formação de geada matinal dentro das caldeiras pela primeira vez.
“Os depósitos estão se formando no chão da caldeira, mas também vemos um pouco de geada em sua borda. Também confirmamos que é gelo e provavelmente água,” disse Adomas Valantinas, pesquisador de pós-doutorado na Universidade Brown (Estados Unidos) que fez a descoberta como doutorando na Universidade de Berna, na Suíça, e principal autor do estudo.
“É significativo porque nos mostra que Marte é um planeta dinâmico, mas também que a água pode ser encontrada quase em toda a superfície marciana.”
A equipe de mais de duas dúzias de pesquisadores detectou geada em quatro vulcões: Arsia Mons, Ascraeus Mons e Ceraunius Tholus, bem como Olympus Mons, de acordo com o estudo publicado na segunda-feira (10) na revista Nature Geoscience.
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