Para
entender os fenômenos do céu, físicos e astrônomos trabalham com teorias cada
vez complexas que levam a descobertas inimagináveis e novas perguntas por vezes
incompreensíveis para o censo comum.
A
física e astronomia moderna deram enormes saltos entre o final do século XIX e
o início do século XX. Jamais descobertas tão importantes haviam sido feitas
nesses campos da ciência em tão curto intervalo de tempo. Teorias
revolucionárias derrubaram dogmas que imperavam há séculos.
Até
hoje, no entanto, muitas dessas descobertas não estão totalmente esclarecidas
para os cientistas e configuram-se ainda mais complexas para os leigos.
Diferentemente da física elaborada na época de Isaac Newton, cujas teorias
podem ser facilmente traduzidas por exemplos práticos – como uma maçã
desprendendo-se de uma árvore ou bolas de bilhar chocando-se umas contra as
outras -, a física moderna desenvolve teorias e hipóteses que não são
facilmente reproduzíveis nem visualizadas no dia-a-dia.
Trata-se
de um mundo praticamente conceitual, cuja compreensão está ao alcance quase
exclusivo de cientistas, por englobar desde análise de partículas muito
pequenas, imperceptíveis a olho nu, a estudos de objetos que viajam a
velocidades próximas à da luz. A nomenclatura adotada inclui termos e conceitos
ainda difíceis de ser compreendidos, como espaço-curvo, quanta, massa, energia,
partículas e ondas.
O LHC atualmente é o principal laboratório para desvendar os mistérios da Física Moderna |
As
pesquisas astronômicas atuais baseiam-se nas teorias desenvolvidas pela física
moderna. Elas ajudam a entender, Por exemplo, como um buraco negro se forma ou
atrai tudo o que está ao seu redor. Imaginar como o ser humano poderia, em um
futuro distante, realizar viagens interestelares implica investigar o
comportamento do tempo e do espaço em velocidades muito altas. Do mesmo modo,
estudar a origem do universo requer a utilização de conceitos formulados pelos
físicos a partir do século XX.
Ideias traduzidas
O
mais interessante para o ‘’nosso mundo’’ talvez seja tentar traduzir os
resultados dessas descobertas mais recentes. Alguns exemplos podem ser
extraídos a partir dos estudos de Albert Einstein. O primeiro é a famosa
equação E = mc2, que explica não apenas o processo de geração de
energia da bomba atômica, como ajuda a entender como a energia pode ser
transformar em matéria ou vice-versa ou, ainda, por que, teoricamente, nenhum
objeto com massa pode atingir a velocidade da luz, que é de 300 mil Km/s no
vácuo.
Outro
exemplo: o efeito da curvatura do espaço-tempo previsto por Einstein. Imagine
que o universo tenham forma de um cubo gelatinoso. Agora, coloque sobre o cubo
uma bolinha de gude. O efeito observado seria uma deformação no cubo pelo
afundamento da bolinha. É exatamente o que acontece com os planetas, as
estrelas e todos os demais objetos com massa do universo.
Já
a chamada dilatação temporal prevê que um relógio a bordo de um carro em
movimento bate mais devagar do que outro que esteja imóvel sobre uma mesa. Mais
uma vez, o fenômeno não é perceptível no cotidiano, mas apenas a velocidades
altíssimas, próximas à da luz. Assim é a física moderna, às vezes difícil de
entender, mas instigante por natureza.
Fonte: Atlas do universo
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