Atualmente
o nível de detritos espaciais vem aumentando constantemente, com isso a Agência
Espacial Europeia (ESA) desenvolveu o Clean Space (Espaço Limpo, em tradução
livre), uma iniciativa para preservar o espaço perto da Terra - e o próprio
ambiente terrestre - com o objetivo de reduzir o impacto das atividades
espaciais da Europa.
O
diretor geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, destaca que a implementação do
Clean Space é um dos principais objetivos da Agenda 2015, plano de ação da
agência. "Se estamos convencidos que a infraestrutura espacial se tornará
cada vez mais essencial, então nós devemos transmitir o ambiente espacial às
novas gerações como o encontramos: intocado", declarou. "Podemos
dizer, portanto, que o Clean Space não é um programa novo, mas uma nova forma
de conceber todos os programas da ESA", disse, assinalando a necessidade
de que o setor espacial se reúna em torno deste objetivo comum.
Lixo espacial em torno da Terra |
No
espaço, limpeza significa segurança. Dos seis mil satélites lançados na Era
Espacial, menos de mil seguem operacionais. O resto está abandonado e propenso
a se fragmentar, como restos de combustível ou baterias. A ESA pensa em algum
tipo de amarra para ajudar a "arrastar" satélites fora de órbita em
25 anos. A reentrada de satélites na Terra também precisa ser um processo mais
seguro - às vezes, pedaços inteiros dos aparelhos atingem o solo intactos. No
entanto, mesmo que todos os lançamentos espaciais parassem amanhã, as
simulações mostram que os níveis de resíduos seguirão crescendo. Segundo a ESA,
a remoção ativa também é necessária, incluindo missões robóticas para reparar
ou tirar satélites de órbita.
Na
Terra, o Clean Space envolve avaliar o impacto ambiental de futuros projetos
espaciais, bem como monitorar os efeitos possíveis da legislação por vir sobre
a indústria desse setor.
A
avaliação de ciclos de vida será importante para mensurar os efeitos das
tecnologias espaciais desde sua concepção inicial até o fim de sua utilidade.
Em um workshop realizado pela Esa, uma consultoria em meio ambiente falou sobre
o tema, descrevendo o ciclo de vida utilizado em outras áreas da indústria.
Novos processos de fabricação, como fabricação aditiva, no qual as estruturas
são construídas em camadas onde temperaturas mais baixas, fazem com que se use
menos materiais e energias para ter um resultado melhor. Para reduzir a
necessidade de eliminação de resíduos, a fabricante de foguetes Safran está
trabalhando em um método biológico para a decomposição de resíduos sólidos
tóxicos.
Fonte: Notícias Terra
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