segunda-feira, 23 de julho de 2012

6º Imagens da Semana - 19-21 de Julho


        No último sábado foi eleita mais uma Imagem da Semana, na eleição semanal que o Clube Caronte promove em sua page no Facebook.

        
E por unanimidade foi escolhida a imgem 4 como campeã!

Imagem de um quasar captada por telescópios em diferentes pontos da Terra levou a "coroa" de imagem da semana desta vez
                     Veja como foi a eleição da 6ª imagem da semana, clicando aqui.

        Até a próxima semana! 
Edição anterior 

Cientistas calculam data para o fim do universo


Como tudo vai acabar? A descoberta de que a expansão do universo está em aceleração (o que garantiu o Nobel de Física de 2011 aos cientistas que descobriram) indica que existe uma energia escura que está impulsionando as galáxias para se afastarem cada vez mais umas das outras. E, ao analisarmos as propriedades dessa energia, vários cenários surgem para como o fim será. Físicos chineses lançaram neste domingo uma análise própria das possibilidades e afirmam que existe até data para isso acontecer: daqui a 16,7 bilhões de anos em um evento já teorizado e chamado de "Big Rip" (que em português geralmente recebe o nome de "Grande Ruptura").


A pesquisa, das universidades de Ciência e Tecnologia da China, do Noroeste e de Pequim e do Instituto de Física Teórica da Academia Chinesa de Ciências, foi divulgada neste domingo para explicar como e quando o universo pode acabar. Os cientistas focaram principalmente no pior cenário possível, que é o Big Rip.
A matéria escura as poucos
vai sendo desvendada pelos
cientistas 
Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo. 

Síntese de como seria o Big Rip

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Astrônomos obtém imagem espacial mais precisa da história!


Uma equipe internacional de astrônomos observou o coração de um quasar distante com uma precisão sem precedentes, dois milhões de vezes melhor que a da visão humana. De acordo com o Observatório Europeu do Sul (ESO), as observações, obtidas ao se ligar pela primeira vez o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (Apex) com dois outros situados em continentes diferentes, são "um passo crucial em direção ao objetivo científico do projetoTelescópio de Horizonte de Eventos", que é obter imagens de buracos negros de grande massa situados no centro das galáxias.
Concepção artística do quasar 3C 279
Os astrônomos ligaram o Apex, no Chile, com os americanos Submillimeter Array (SMA), no Hawaii, e o Submillimeter Telescope (SMT), no Arizona. Deste modo, conseguiram fazer a observação direta mais precisa até hoje do centro de uma galáxia distante, o quasar brilhante 3C 279, que contém um buraco negro de elevada massa - cerca de um bilhão de vezes a do Sol - e encontra-se tão distante da Terra que a sua radiação demorou mais de 5 bilhões de anos para chegar até nós.
Posição geográfica dos três telescópios
utilizados na observação
 
Os telescópios foram ligados usando a técnica conhecida como Interferometria de Linha de Base Muito Longa (VLBI, sigla do inglês Very Long Baseline Interferometry). Telescópios maiores obtêm observações mais precisas e a interferometria permite que vários telescópios trabalhem como um só, tão grande quanto à distância entre eles. Para as observações do quasar, os três telescópios criaram um interferômetro com as distâncias intercontinentais de 9.447 km do Chile ao Hawaii, 7.174 km do Chile ao Arizona e 4.627 km do Arizona ao Hawaii. 
As observações foram feitas em ondas de rádio, em um comprimento de onda de 1,3 milímetros. Esta é a primeira vez que observações em um comprimento de onda tão curto foram feitas utilizando distâncias tão grandes. As observações atingiram uma precisão, ou resolução angular, de 28 microssegundos de arco - valor 8 bilhões de vezes menor que um grau angular. Com este valor é possível distinguir detalhes dois milhões de vezes mais precisos do que o conseguido pelo olho humano. As observações foram tão precisas que se observaram escalas menores que um ano-luz ao longo do quasar - o que é um feito extraordinário tendo em conta um objeto que se encontra a vários bilhões de anos-luz de distância.
Telescópios Apex (esquerda), SMA(abaixo), e o SMT (direita).
Estas observações representam um passo importante no sentido de obter imagens de buracos negros de elevada massa e das regiões que os rodeiam. No futuro, pensa-se ligar entre si ainda mais telescópios, de modo a criar o chamado Telescópio de Horizonte de Eventos, capaz de obter imagens da sombra do buraco negro de elevada massa que se situa no centro da nossa Via Láctea, assim como de outros situados em galáxias próximas. A sombra - uma região escura vista em contraste com um fundo mais brilhante - é causada pela curvatura da luz devido ao buraco negro e seria a primeira evidência observacional direta da existência do horizonte de eventos de um buraco negro, a fronteira a partir da qual nem mesmo a luz consegue escapar. 


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Objetos Bizarros

Buracos Negros, matéria escura, quasares, pulsares e blazares: o universo tem muito mais elementos do que imaginamos e vários só foram descobertos recentemente.


Imagine que fosse inventado um aspirador de pó capaz de engolir tudo ao seu redor – tudo mesmo, da poeira do carpete até o próprio carpete, dos pelos do gato, em seguida, a sala inteira, depois a casa, e assim por diante indefinidamente. Esse eletrodoméstico, claro, não passa de uma ideia absurda. O fato, porém, é que algo tão bizarro quanto o superaspirador pode existir em determinadas regiões do universo. É o que os cientistas chamam de buraco negro. Esse objeto previsto pela astronomia seria uma espécie de ralo cósmico, do qual nem mesmo a luz é capaz de escapar. O buraco negro é, na verdade, um corpo estelar extremamente denso, cujo campo gravitacional é tão poderoso que nada próximo a ele pode fugir à sua força de atração.

Teoria dos buracos negros

         A teoria que supõe a existência de buracos negros surgiu no início do século XX, mas o termo já havia sido empregado em 1783 pelo astrônomo inglês John Michell (1724 – 1793). Indícios mais fortes de sua existência surgiram a partir da década de 1970, com o aperfeiçoamento dos instrumentos de pesquisa e observação. Em 1994, com o auxílio do telescópio espacial Hubble, os astrônomos detectaram um composto de material gasoso na galáxia M87. A velocidade de rotação dos gases indicava a presença de um objeto cuja massa era 2,5 bilhões a 3,5 bilhões de vezes maior do que a do Sol -  o que sugeria a existência de um buraco negro.
Atualmente, acredita-se que as grandes galáxias - até mesmo a Via Láctea - possam ter buracos negros. Alguns deles teriam se formado durante o curso da evolução estelar, provavelmente a partir de gigantescas nuvens de gás. Outros teriam nascido depois da formação das galáxias, como resultado do colapso de estrelas.

Atração fatal

Buraco Negro absorvendo uma estrela
com sua gigantesca gravidade
Não é possível enxergar um buraco negro. Como esse objeto atrai tudo o que passa próximo dele, nem a luz consegue escapar de sua impressionante força de atração. Assim, a única forma de detectar sua presença é pela observação do movimento de estrelas vizinhas. Como a gravidade do buraco negro é muito poderosa, os gases de estrelas próximas são sugados. Esses gases, então, formam uma longa espiral, que ganha velocidade a medida que se aproxima do centro do buraco  - é o chamada disco de acreção.
Em zonas muito próximas ao buraco negro ocorre emissão de raios X. A fricção gerada aquece o gás até o ponto de brilhar com intensidade. Como o disco de acreção alimenta-se de gases girando a velocidades muito altas, brilha intensamente na região mais próxima do núcleo. As régios mais quentes podem atingir 100 milhões de graus centígrados. Em sua borda, o disco é frio e escuro. Nessas zonas há emissão de raios X. Um buraco negro pode ter a mesma massa de milhões ou milhares de milhões de sóis.
O horizonte de eventos marca o limite do buraco negro. Um objeto que atravesse o horizonte de eventos seguirá uma trajetória espiral em direção ao poço gravitacional. Alguns cientistas acreditam na existência dos buracos de minhoca (wormholes, em inglês), que seriam ‘’túneis’’ pelos quais se poderia viajar pelo universo. Aproveitando a curvatura do espaço, seria possível, em tese, viajar a outros pontos do cosmos.

Quasares

Todo quasar apresenta um  buraco  
negro
 super massivo em seu centro
         Os quasares estão entre os mais brilhantes objetos do universo. Descobertos em 1961, eles parecem, à primeira vista, estrelas azuladas, tão intensa é a sua luz – alguns podem brilhar até 1 trilhão de vezes mais do que o Sol. A sua incrível luminosidade decorre do fato de serem grandes fontes de rádio. Por isso, a descoberta foi batizada de ‘’quase Stellar Radio Sources’’, que, depois, deu origem à palavra quasar. Ainda não há consenso sobre o que seria um quasar. Uma suposição é de que ele seria composto de galáxias com buracos negros muito ativos em seu centro. Este atrairia as estrelas e os gases próximos, emitindo intensa radiação como resultado desse processo.

Pulsares e Blazares
Reprodução de um Pulsar

Há outros objetos no espaço que emitem ondas de rádio. Um deles, o pulsar, emite pulsos regulares dessas ondas, além de radiação e raios X. A descoberta foi feita por Jocelyn Bell, uma estudante de doutorado inglesa que, em 1967, observou uma estrela que pulsava exatamente a cada 1,3 segundo. A regularidade dos pulsos fez com que a astrônoma pensasse que podiam ser sinais de vida extraterrestre. Na verdade, o pulsar seria uma pequena estrela -  com menos de 20 quilômetros de diâmetro – formada por nêutrons e que gira de forma regular, e com gigantesca velocidade, em torno de seu próprio eixo.
Os blazares, conhecidos como objetos BL Lancertae -  nome do cientista que o identificou, em 1929, o primeiro deles - , também são fontes de rádio. Além disso eles apresentam outras características: variam em curtos períodos de tempo, têm luz polarizada e espectro sem linhas de emissão ou absorção. Acredita-se que, como os quasares, os blazares obtenham sua energia de gás sugado de um buraco negro central, que libera grandes cargas de radiação.

Matéria escura

            A partir da década de 1930, com a observação mais apurada das galáxias, um outro mistério começou a instigar o universo da astronomia: depois de contabilizar todas as estrelas e galáxias conhecidas, os astrônomos perceberam que a somatória delas não chegava a 5% da massa total que deviria existir no cosmos. Isso porque há fenômenos, como a rotação das galáxias, que existem muito mais gravidade do que realmente existe. Essa matéria que faltaria para cobrir os ‘’vazios’’ do universo -  e que ainda não foi identificada – seria a chamada matéria escura.
Atualmente, parte dos cientistas acredita que a matéria escura seria composta por partículas infinitamente pequenas denominadas neutralinos, que teriam altos índices de concentração de massa. Os neutralinos seriam a resposta para preencher a massa total do universo. Outro grupo de cientistas, porém, sustenta que a matéria escura não existe e que fenômenos ainda não compreendidos poderiam ser explicados pela própria ação da força gravitacional. 


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Fonte: Atlas do Universo

terça-feira, 17 de julho de 2012

Teorias desconcertantes - Entendendo a Física Moderna


Para entender os fenômenos do céu, físicos e astrônomos trabalham com teorias cada vez complexas que levam a descobertas inimagináveis e novas perguntas por vezes incompreensíveis para o censo comum.
A física e astronomia moderna deram enormes saltos entre o final do século XIX e o início do século XX. Jamais descobertas tão importantes haviam sido feitas nesses campos da ciência em tão curto intervalo de tempo. Teorias revolucionárias derrubaram dogmas que imperavam há séculos.
Até hoje, no entanto, muitas dessas descobertas não estão totalmente esclarecidas para os cientistas e configuram-se ainda mais complexas para os leigos. Diferentemente da física elaborada na época de Isaac Newton, cujas teorias podem ser facilmente traduzidas por exemplos práticos – como uma maçã desprendendo-se de uma árvore ou bolas de bilhar chocando-se umas contra as outras -, a física moderna desenvolve teorias e hipóteses que não são facilmente reproduzíveis nem visualizadas no dia-a-dia.
Trata-se de um mundo praticamente conceitual, cuja compreensão está ao alcance quase exclusivo de cientistas, por englobar desde análise de partículas muito pequenas, imperceptíveis a olho nu, a estudos de objetos que viajam a velocidades próximas à da luz. A nomenclatura adotada inclui termos e conceitos ainda difíceis de ser compreendidos, como espaço-curvo, quanta, massa, energia, partículas e ondas.

O LHC atualmente é o principal laboratório para desvendar os mistérios da Física Moderna
 As pesquisas astronômicas atuais baseiam-se nas teorias desenvolvidas pela física moderna. Elas ajudam a entender, Por exemplo, como um buraco negro se forma ou atrai tudo o que está ao seu redor. Imaginar como o ser humano poderia, em um futuro distante, realizar viagens interestelares implica investigar o comportamento do tempo e do espaço em velocidades muito altas. Do mesmo modo, estudar a origem do universo requer a utilização de conceitos formulados pelos físicos a partir do século XX.

Ideias traduzidas

O mais interessante para o ‘’nosso mundo’’ talvez seja tentar traduzir os resultados dessas descobertas mais recentes. Alguns exemplos podem ser extraídos a partir dos estudos de Albert Einstein. O primeiro é a famosa equação E = mc2, que explica não apenas o processo de geração de energia da bomba atômica, como ajuda a entender como a energia pode ser transformar em matéria ou vice-versa ou, ainda, por que, teoricamente, nenhum objeto com massa pode atingir a velocidade da luz, que é de 300 mil Km/s no vácuo.
Outro exemplo: o efeito da curvatura do espaço-tempo previsto por Einstein. Imagine que o universo tenham forma de um cubo gelatinoso. Agora, coloque sobre o cubo uma bolinha de gude. O efeito observado seria uma deformação no cubo pelo afundamento da bolinha. É exatamente o que acontece com os planetas, as estrelas e todos os demais objetos com massa do universo.
Já a chamada dilatação temporal prevê que um relógio a bordo de um carro em movimento bate mais devagar do que outro que esteja imóvel sobre uma mesa. Mais uma vez, o fenômeno não é perceptível no cotidiano, mas apenas a velocidades altíssimas, próximas à da luz. Assim é a física moderna, às vezes difícil de entender, mas instigante por natureza.


Fonte: Atlas do universo

Planetas extra-solares - Mundos distantes de nós


Não é apenas o Sol que possui mundos ao seu redor. A descoberta de planetas na órbita de outras estrelas próximas, alguns que podem ser semelhantes à Terra, estimula a busca por vida extraterrestre.


Uma das maiores dúvidas dos astrônomos foi desfeita na primeira metade da década de 1990: a existência de planetas orbitando outras estrelas. O primeiro planeta extra-solar foi detectado em outubro de 1995 na órbita da estrela 51, na constelação de Pégaso. O planeta situa-se a 40 anos-luz da Terra. Considerando as distâncias interestelares, equivale a dizer que ele está na vizinhança do sistema solar.
Com o aperfeiçoamento das técnicas de detecção, já foram identificados mais de 200 planetas em órbitas de estrelas próximas. As descobertas foram fundamentais para comprovar que o sistema solar não é o único do universo e que o processo de formação de planetas ao redor de outras estrelas é relativamente comum.

Até 2004, nenhum desses planetas havia sido visto de fato, mas apenas por meio de observação indireta. Os cientistas monitoravam as estrelas e verificavam pequenas oscilações em sua órbita, causadas pela influência de planetas. O método de detecção permitia localizar apenas planetas gigantes, de porte similar ao de Júpiter.
Em março de 2005, um passo inédito e fundamental foi dado. Utilizando o telescópio Spitzer, a NASA conseguiu, pela primeira vez, captar a luz refletida por dois planetas extra-solares. Para isso, os astrônomos mediram a luz de duas estrelas não muito distantes. Assim, o Spitzer pôde analisar diretamente o brilho infravermelho dos dois planetas, que são semelhantes a Júpiter e foram batizados de HD 209458b e Tr-Es
Os planetas detectados são gigantes, localizados próximos aos seus sóis, a mais de 150 anos-luz de distância de Terra. Eles emitem grandes quantidades de radiação infravermelha. De acordo com os cálculos iniciais, a temperatura nesses planetas seria de 787°C e 857°C , respectivamente. A descoberta marcou o início de uma nova era da ciência espacial.

Busca por vida

Telescópio espacial Kepler
Outras missões em busca de planetas fora do sistema solar estão sendo organizadas. Um conglomerado de países, do qual fazem parte França, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil, enviou em 2005 ao espaço o satélite Corot com o objetivo de vasculhar as estelas vizinhas em busca de planetas extra-solares. A expectativa é de estudar 60 mil estrelas para tentar detectar planetas e, entre eles, aqueles que apresentam condições favoráveis à vida. A contribuição brasileira consiste no recebimento – na Estação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de Natal, no Rio Grande do Norte  - dos dados enviados pelo satélite. Os primeiros sinais já estão sendo analisados pela equipe responsável pela missão.
Em março de 2007, astrônomos europeus revelaram a descoberta de um planeta que pode ser similar à Terra. O novo planeta orbita a anã vermelha Gliese 581, localizada na constelação de Libra, a cerca de 20 anos-luz do Sol. Estima-se que sua temperatura superficial varie entre 0°C e 40°C, compatível, portanto, com a existência de água líquida, elemento até onde se sabe primordial para o desenvolvimento da vida.
Atualmente a principal ferramenta para buscar novos planetas extra-solares e uma possível presença de vida neles é o telescópio Kepler, que desde o final de 2007 esta em órbita e suas imagens nos dá cada vez mais certeza de que é improvável estarmos sozinhos no universo.

Veja mais postagens sobre exoplanetas:

Fonte: Atlas do Universo

Cometas ou Asteroides - De onde veio a água da Terra?


Muitos cientistas acreditam que a água que veio parar na Terra foi formada nos confins do Sistema Solar, além de Netuno. Contudo, um estudo divulgado na quinta-feira (12/07) já publicado na Science indica que a substância veio de um região muito mais próxima - o Cinturão de Asteroides (entre Marte e Júpiter) - através de meteoritos e asteroides, o que contradiz algumas das principais teorias sobre a evolução do Sistema Solar.

Cinturão de asteroides, situado entre Marte e Júpiter
Pesquisadores afirmam que nosso planeta era quente demais nos seus primórdios para ter água (temperatura seria tão alta que as moléculas teriam sido "expulsas para o espaço") e, portanto, a substância deve ter vindo de fora. Uma das hipóteses afirma que ela se formou na região transneptuniana (que fica além de Netuno, o último planeta conhecido do sistema) e depois se moveu para mais perto do Sol, junto com cometas, meteoritos e asteroides. Contudo, é possível saber a distância em que as moléculas de água se formaram em relação ao Sol ao analisar os isótopos de hidrogênio presentes. Quanto mais longe da estrela, haverá menos radiação e, portanto, mais deutério (o átomo de hidrogênio "pesado", que tem um próton, um nêutron e um elétron, ao contrário do mais comum, que tem apenas um próton e um elétron).
O novo estudo comparou a presença de deutério no gelo trazido por condritos (um tipo de meteorito) e indicou que ela foi formada muito mais próxima de nós, no Cinturão de Asteroides (esses meteoritos não contêm mais água, mas a substância fica registrada através de um tipo de mineral chamado de silicato hidratado, e é o hidrogênio presente nele que é investigado). Além disso, comparando com os isótopos de cometas, a pesquisa indica que esses corpos se formaram em regiões diferentes dos asteroides e meteoritos e, portanto, não atuaram na origem da água no nosso planeta.
"Dois modelos dinâmicos têm os cometas e os meteoritos condritos se formando na mesma região, e alguns destes objetos devem ter sido injetados na região em que a Terra se formava. Contudo, a composição da água de cometa é inconsistente com nossos dados de meteoritos condritos. O que realmente deixa apenas os asteroides como fonte da água na Terra", diz ao Terra Conel Alexander, do Instituto Carnegie, líder do estudo.

Debate reaquecido

Nuvem de Oort, local de grande
concentração de cometas no Sistema Solar
Em 2011, a hipótese de que os cometas tiveram pouca importância na origem da água na Terra já estava com pouca força. Mas um estudo divulgado na revista Nature usou o telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), para descobrir que a composição do cometa Hartley 2 tem uma quantidade de deutérios similar à encontrada no oceano. Foi o primeiro cometa com essa composição, já que outros seis analisados anteriormente tinham uma quantidade de deutério muito diferente dos mares da Terra.
Contudo, o novo estudo também refuta essa possibilidade. Segundo os pesquisadores, o cometa não traz apenas água, mas também outras substâncias (inclusive orgânicas) que contêm hidrogênio. E a quantidade de deutério presente nos cometas ainda fica acima daquela observada no nosso planeta, o que impede que esses corpos sejam considerados como uma importante fonte de água.
"A recente medição do cometa Hartley 2 tem uma composição isotópica de hidrogênio parecida com a da Terra, mas nós argumentamos que todo o cometa, incluindo a matéria orgânica, é provavelmente rica demais em deutério para ser uma fonte da água da Terra", diz Alexander.
Sobram duas possíveis fontes, que devem ter atuado juntas: rochas do Cinturão de Asteroides e gases (hidrogênio e o oxigênio) que existiam na nebulosa na qual o Sistema Solar se formou. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto Carnegie (EUA), Universidade da Cidade de Nova York, Museu de História Natural de Londres e da Universidade de Alberta, no Canadá.


Nossa água provavelmente se formou nos primórdios do Sistema Solar


5º Imagens da Semana - 12 - 14 Julho


         Presenciamos a edição mais acirrada do Imagens da Semana até então neste final de semana! kkkkkk’
         Diferente das demais vezes, nesta edição foram escolhidas 4 imagens para concorrer ao troféu de imagem da semana:


         A campeã, por três votos de diferença, foi a imagem que expressou nossa pequenez diante do cosmo:


Foram um total de 23 votos, que elegeram a imagem 3 como vencedora  
Nebulosa Pata de Gato, situada na constelação de Escorpião
Veja como foi a eleição da 5ª imagem da semana, clicando aqui.


Edição posterior



Edição anterior 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Telescópio Hubble descobre 5º satélite natural de Plutão!

As agências espaciais europeia (ESA) e americana (NASA) divulgaram nesta quarta-feira, 11 de julho, a descoberta de uma nova lua em Plutão feita com o uso do telescópio Hubble. Segundo as agências, estima-se que ela tenha entre 10 e 25 km, formato irregular e uma órbita de aproximadamente 95 mil km ao redor do planeta anão.
A maior lua de Plutão, Caronte, foi descoberta em 1978. Somente em 2006, o Hubble foi achar mais dois corpos ao redor do planeta anão - Nix e Hidra. Em 2011, foi encontrado o quarto satélite natural, chamado por enquanto de P4. A nova lua é designada temporariamente como "S/2012 (134340) 1", ou apenas P5.
Imagem feita pelo Hubble mostra a recém-descoberta lua P5, ao lado das já conhecidas Nix, Hidra, Caronte e P4, que orbitam o planeta anão Plutão.
Mas por que Plutão, um corpo tão pequeno que nem é considerado planeta, tem tantos satélites naturais? Uma teoria afirma que isso seria resultado de um choque com outro objeto transneptuniano (aqueles que ficam além de Netuno, o último planeta do Sistema Solar). Os escombros dessa colisão teriam dado origem a P5 e suas "irmãs".
O time de astrônomos, liderados pelo Instituto SETI (sigla em inglês para "busca por inteligência extraterrestre"), utilizou nove conjuntos de imagens registrados pelo telescópio entre 26 de junho e 9 de julho deste ano.
A sonda New Horizons está a caminho de Plutão e deve fazer o primeiro sobrevoo em 2015 - o resultado, espera a NASA, serão as primeiras imagens detalhadas já feitas do planeta anão e suas luas, que estão tão distantes que até mesmo o Hubble tem dificuldade em registrá-los.


Sustentabilidade também na exploração espacial

Atualmente o nível de detritos espaciais vem aumentando constantemente, com isso a Agência Espacial Europeia (ESA) desenvolveu o Clean Space (Espaço Limpo, em tradução livre), uma iniciativa para preservar o espaço perto da Terra - e o próprio ambiente terrestre - com o objetivo de reduzir o impacto das atividades espaciais da Europa.
O diretor geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, destaca que a implementação do Clean Space é um dos principais objetivos da Agenda 2015, plano de ação da agência. "Se estamos convencidos que a infraestrutura espacial se tornará cada vez mais essencial, então nós devemos transmitir o ambiente espacial às novas gerações como o encontramos: intocado", declarou. "Podemos dizer, portanto, que o Clean Space não é um programa novo, mas uma nova forma de conceber todos os programas da ESA", disse, assinalando a necessidade de que o setor espacial se reúna em torno deste objetivo comum.
Lixo espacial em torno da Terra
No espaço, limpeza significa segurança. Dos seis mil satélites lançados na Era Espacial, menos de mil seguem operacionais. O resto está abandonado e propenso a se fragmentar, como restos de combustível ou baterias. A ESA pensa em algum tipo de amarra para ajudar a "arrastar" satélites fora de órbita em 25 anos. A reentrada de satélites na Terra também precisa ser um processo mais seguro - às vezes, pedaços inteiros dos aparelhos atingem o solo intactos. No entanto, mesmo que todos os lançamentos espaciais parassem amanhã, as simulações mostram que os níveis de resíduos seguirão crescendo. Segundo a ESA, a remoção ativa também é necessária, incluindo missões robóticas para reparar ou tirar satélites de órbita.
Na Terra, o Clean Space envolve avaliar o impacto ambiental de futuros projetos espaciais, bem como monitorar os efeitos possíveis da legislação por vir sobre a indústria desse setor.
A avaliação de ciclos de vida será importante para mensurar os efeitos das tecnologias espaciais desde sua concepção inicial até o fim de sua utilidade. Em um workshop realizado pela Esa, uma consultoria em meio ambiente falou sobre o tema, descrevendo o ciclo de vida utilizado em outras áreas da indústria. Novos processos de fabricação, como fabricação aditiva, no qual as estruturas são construídas em camadas onde temperaturas mais baixas, fazem com que se use menos materiais e energias para ter um resultado melhor. Para reduzir a necessidade de eliminação de resíduos, a fabricante de foguetes Safran está trabalhando em um método biológico para a decomposição de resíduos sólidos tóxicos.

Megatelescópio pode revelar segredos da formação do Universo

Cientistas estão usando o maior telescópio do mundo, enterrado no gelo do Polo Sul, para tentar desvendar os mistérios das minúsculas partículas chamadas neutrinos, que podem esclarecer como o universo se formou.
O aparelho, chamado IceCube (cubo de gelo em inglês), levou dez anos para ser construído, a 2.400 metros abaixo da superfície do gelo antártico. Ele mede um quilômetro cúbico e é maior que os edifícios Empire State (Nova York), Willis Tower (ex-Sears Tower, Chicago) e World Financial Center (Xangai) somados.
Supertelescópio detector de neutrino, na Antártica
O telescópio serve para observar neutrinos, que são emitidos por explosões estelares e se deslocam quase à velocidade da luz. Ele passou a atrair mais atenções depois do anúncio, na semana passada, de uma partícula subatômica que parece ser o bóson de Higgs - o "tijolo" básico do universo.
"Você levanta o dedo e 100 bilhões de neutrinos passam por ele a cada segundo vindos do Sol", disse a física Jenni Adams, da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia), que trabalha com o IceCube.
O telescópio é basicamente uma série de detectores de luz enterrados no gelo. Quando os neutrinos, que estão em todo lugar, interagem com o gelo, eles produzem partículas carregadas que são então capazes de gerar luz, a qual pode ser detectada.
O gelo funciona como uma rede que isola os neutrinos, facilitando sua observação. Ele também protege o telescópio contra radiações potencialmente nocivas.
"Se uma supernova explodir na nossa galáxia agora, podemos detectar centenas de neutrinos com o IceCube", disse Adams a jornalistas na Conferência Internacional de Física de Alta Energia, em Melbourne. "Não seremos capazes de vê-los individualmente, mas o detector inteiro irá se acender como uma grande queima de fogos de artifício."
O módulo digital óptico do telescópio
IceCube, instalado na Antártica
para observar neutrinos,
umas das partículas que ajudaram
na formação do universo.
Os cientistas estão tentando monitorar as partículas para descobrir sua origem, na esperança de que isso dê pistas sobre o que acontece no espaço, especialmente em partes invisíveis do universo, conhecidas como matéria escura.
Antes da conclusão do IceCube, em 2010, os cientistas haviam observado apenas 14 neutrinos. Com o novo telescópio, que atua em conjunto com um aparelho no Mediterrâneo, centenas de neutrinos já foram detectados.
Até agora, todos eles foram criados pela atmosfera terrestre, mas os cientistas do IceCube esperam um dia detectar alguns vindos do espaço. "Os neutrinos... vão apontar para de onde vieram", afirmou Adams.


Fontes: Reuters e G1

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Boletim Astronomia na Praça - Boa Fortuna - Julho/2012



         Na noite do dia 02 de julho levamos nosso telescópio para a Praça Boa Fortuna e o Astronomia na Praça, um projeto do Clube, fez com que a Astronomia fosse divulgada na comunidade itaperunense mais uma vez!
         Já estávamos devendo aos moradores do bairro há algum tempo, pois na primeira vez que fomos à localidade o clima não colaborou e só fizemos exibições de vídeos no data show. Porém desta vez São Pedro estava do nosso lado e o céu estava perfeito para observação.

         Uma bela Lua cheia fez com que os moradores ficassem empolgados, com uma lente de 15 mm podemos ver os detalhes das crateras lunares. Também voltamos os olhos e lentes para Marte, que decepcionou a criançada, que esperavam ver homenzinhos verdes em solo marciano, e Saturno, que observamos com uma lente de 6mm, tornando seus anéis nítidos as olhos de todos.
Divulgando o Astronomia na Praça para crianças de todas as idades.
         Nossa próxima parada será no bairro Cehab ou Cidade Nova, ainda estamos averiguando as possibilidades.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Linda conjunção antes do amanhecer no lado leste entre Júpiter, Vênus, Aldebaran, Lua e Pleiades!

 Depois das 4 da madrugada e até o Sol nascer, portanto, do lado leste, não deixe de observar uma linda conjunção dos dois planetas mais brilhantes do sistema solar: VÊNUS (super brilhante) e JÚPITER (bastante brilhante) estão formando uma linha reta com a estrela Aldebaran (a super gigante vermelha e a mais brilhante da constelação do Touro). Na mesma linha reta, mas do lado oposto a Aldebaran, ou seja, mais perto de Júpiter, os mais atentos poderão ver (principalmente moradores de pequenas cidades ou zonas rurais) também as PLÊIADES.
Quem se levanta antes do Sol nascer, não deixe de olhar para o nascente e será impossível não identificar, perto do horizonte leste estes três astros. Contudo, no dia 7/7/12 será quando os três astros vão estar mais pertos uns dos outros e mais alto no horizonte leste. Aldebaran vai estar muito próximo de Vênus. Mas o momento
IMPERDÍVEL será no dia 15/7/12, quando a LUA também estará junto aos três, formando um QUADRILÁTERO!

Dia 07/07:
Linha reta entre Pleiades-Júpiter-Vênus-Aldebaran

Dia 15/07:
Quadrilátero Júpiter-Lua-Vênus-Aldebaran (Início do evento)

Quadrilátero Júpiter-Lua-Vênus-Aldebaran (Fim do evento / nascer do Sol)


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