Na noite de sexta-feira (10), luzes coloridas foram vistas nos céus do Hemisfério Norte, desde os Estados Unidos até a Europa. Esse fenômeno se chama aurora boreal e costuma acontecer em regiões polares, nos extremos do planeta, mas dessa vez foi diferente.
A aurora boreal de sexta-feira alcançou todo o território do Reino Unido, inclusive o sul do país, e foi vista no norte do México, lugares onde sua aparição é incomum.
Mais raro ainda foi o surgimento da aurora austral, nome dado para o mesmo fenômeno, mas quando acontece no Hemisfério Sul. As luzes foram vistas no sul da Argentina e no Chile. O Serviço Meteorológico Nacional argentino afirmou, na rede X (antigo Twitter), que não é comum ver a aurora tão ao norte do Pólo Sul.
O motivo foi uma tempestade geomagnética, causada por atividade solar muito intensa. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), esses eventos acontecem quando explosões de plasma e campos magnéticos da coroa solar são direcionadas para a Terra.
Em condições normais, a aurora acontece porque partículas carregadas de luz e energia são empurradas para a Terra em uma erupção solar. Essas partículas interagem então com a atmosfera, gerando as luzes nas cores verde e vermelha, principalmente.
A tempestade mais forte em 20 anos
Na sexta-feira, a NOAA emitiu um alerta de tempestade solar do nível “severo” pela primeira vez em mais de 20 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 2003.
Apesar de bonitos, eventos como esse podem causar interferências na tecnologia e nos sistemas de comunicação se forem fortes o suficiente. Dessa vez, no entanto, não houve relatos de problemas até o momento.
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