terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Asteroide com seis caudas assombra cientistas


Um estranho asteroide que parece ter múltiplas caudas giratórias foi detectado pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, entre Marte e Júpiter, anunciaram astrônomos esta quinta-feira.

Ao invés de se parecer com um pequeno ponto de luz, como a maioria dos asteroides, este tem meia dúzia caudas de poeira parecidas com as dos cometas, similares aos raios de uma roda, reportaram os cientistas no periódico Astrophysical Journal Letters.

"É difícil de acreditar que estamos olhando para um asteroide", disse o principal pesquisador, David Jewitt, professor do Departamento de Ciências da Terra e do Espaço na Universidade da Califórnia em Los Angeles.

"Ficamos assombrados quando o vimos. Surpreendentemente, as estruturas de sua cauda mudam dramaticamente em apenas 13 dias à medida que libera poeira", acrescentou.

O objeto foi denominado P/2013 P5, e os astrônomos acreditam que ele esteja cuspindo poeira por pelo menos cinco meses.

O asteroide pode ter girado tão rápido que começou a se desintegrar, explicaram os cientistas.

Eles não acreditam que as caudas tenham resultado de um impacto porque um evento assim faria a poeira se espalhar de uma vez.

Suas múltiplas caudas foram descobertas em imagens captadas pelo telescópio Hubble em 10 de setembro passado, depois de ter sido detectado pela primeira vez por um telescópio no Havaí.

Jewitt explicou que o objeto pode ter se originado da colisão de um asteroide 200 milhões de anos atrás. Seu padrão de poeira dispersa em espasmos e explosões pode significar que está morrendo lentamente.

"Na astronomia, onde você encontra um, acaba encontrando mais um montão", afirmou. "É um objeto surpreendente e quase com certeza será o primeiro de muitos outros", prosseguiu.


Fonte: Terra


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Nova imagem da Nasa capta Saturno sob eclipse do Sol


A Agência Espacial Americana (Nasa) divulgou uma nova foto do planeta Saturno, capturada em julho pela sonda espacial Cassini. A imagem faz parte de uma série do projeto The Day The Earth Smiled (O Dia em que a Terra Sorriu, em tradução livre), promovido pela chefe de Imagem da Nasa, Carolyn Porco.

Em 19 de julho, dia em que a imagem foi produzida, pessoas de todos os cantos do mundo foram convidadas a saírem de suas casas e olharem para os céus, em uma espécie de celebração da existência humana em meio à imensidão do Universo. A ideia é que entre as fotos feitas pela Cassini também estivessem imagens da Terra, colhidas de um bilhão de quilômetros de distância.

No depoimento abaixo, Carolyn Porco descreve o que mostram as imagens e comenta o significado do evento de 19 de julho.

"Há quatro meses, nossas câmeras na Cassini foram comandadas para executar uma sequência de imagens rotineiras.

No dia 19 de julho, uma série de imagens enquadrando Saturno, seu inteiro sistema de anéis e luas foi capturada enquanto a sonda estava posicionada em uma sombra criada pelo eclipse do sol sobre o planeta.

Outra intenção da ocasião era capturar a imagem de nosso próprio planeta - minúsculo, remoto, sozinho -, visto de um bilhão de quilômetros de distância.

A análise detalhada das imagens nos permite ver algumas das luas mais importantes do planeta, como a brilhante Enceladus e Tethys, que tem um terço do tamanho da nossa. Do outro lado do planeta, na parte superior direita, está Mimas, uma lua crescente que deita sua sombra sobre parte do anel E.

Ao continuar explorando as imagens, é possível ver abaixo dos anéis principais, do lado direito, distante e perdido em meio à cena radiante, um pequeno pontinho azul flutuando em um mar de estrelas.

Esta é a nossa casa, a Terra. E mais do que isso, a imagem daquele pontinho capta um momento, congelado no tempo, em que os habitantes do nosso planeta fizeram uma pausa de suas atividades normais para reconhecer a nossa existência.

Espero que, no futuro, quando as pessoas olharem novamente para esta imagem, elas se lembrem do momento em que por mais inusitado que pareça, elas estavam lá, sabiam que estavam sendo 'fotografadas' e sorriram".



Fonte: Terra

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Simulação da Nasa mostra Marte jovem e com oceanos



A Nasa divulgou na quarta-feira uma simulação que mostra o planeta vermelho quando ele era jovem. Os cientistas acreditam que há bilhões de anos Marte era bem diferente do que é hoje, com uma densa atmosfera que era quente o suficiente para manter oceanos de água líquida - um ingrediente essencial para a vida como conhecemos.

A baixa pressão atmosférica e o frio da superfície marciana não permite a água em estado líquido atualmente no planeta. "Há canais dendríticos estruturados que, assim como na Terra, são consistentes com a erosão de superfície causada por fluxo de água", diz Joseph Grebowsky, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. Segundo o cientista, em algumas crateras, há evidências de que se formaram lagos nos locais. Além disso, há minerais que se formam apenas na presença de água líquida, como hematitas.

O vídeo mostra a passagem desses bilhões de anos, quando a água seca, o planeta se torna frio e a atmosfera perde seu azul. Não se sabe se Marte teve água líquida tempo o suficiente para desenvolver vida. Não se tem certeza também qual foi o motivo para essa mudança drástica no planeta.

A nova sonda da agência, a Maven, que será lançada ainda este mês, irá investigar a mudança no clima de Marte. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nasa lança sonda que tenta descobrir o que deu errado em Marte


Por que Marte não deu certo? Esta é, a grosso modo, a grande pergunta feita pela missão Maven, da Nasa, que será lançada na madrugada de segunda-feira. Estudos acharam indícios de que o planeta vermelho já teve muito azul no passado. 
Foram descobertas substâncias que se formam apenas na presença de água líquida. Formações geológicas e simulações por computador indicam a presença de rios, lagos e até mesmo oceanos que montam um retrato completamente diferente do planeta do que temos hoje. Além disso, a atmosfera seria mais densa e quente, para permitir a água em estado líquido, com um céu de safira. O que falta descobrir é quando e o quê deu errado no nosso vizinho.

Maven é a sigla em inglês para Evolução da Atmosfera e Voláteis de Marte (volátil é uma substância que evapora a temperatura relativamente baixa - e o que interessa mais aos cientistas é a água). A sonda será dotada de instrumentos como magnetômetro, espectrômetros e detectores de elétrons, íons e outras partículas do Sol. O estudo da influência solar se deve a teorias que indicam que nossa estrela teve um papel importante na "destruição" da atmosfera marciana.

O planeta vermelho, quando era azul

Os cientistas acreditam que, há bilhões de anos, Marte era bem diferente do que é hoje, com uma densa atmosfera que era quente o suficiente para manter oceanos de água líquida - um ingrediente essencial para a vida como conhecemos. Marte teria até mesmo um céu azul, como o da Terra.​

"Há canais dendríticos estruturados que, assim como na Terra, são consistentes com a erosão de superfície causada por fluxo de água", diz Joseph Grebowsky, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. Segundo o cientista, em algumas crateras, há evidências de que se formaram lagos nos locais. Além disso, há minerais que se formam apenas na presença de água líquida, como hematitas.

Na quarta-feira, a Nasa divulgou uma simulação que mostra como a quarta pedra do Sistema Solar seria há 4 bilhões de anos. De oceanos e céu azul, Marte se tornou no árido planeta vermelho que conhecemos hoje.



Fonte: Terra

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Cientistas identificam explosão mais brilhante já vista


Uma explosão cósmica provocou a morte de um estrela gigante que estava sendo estudada pelos cientistas. A explosão da radiação, conhecida como explosão de raio gama, foi registrada no começo do ano por telescópios posicionados no espaço, e foi recentemente confirmada como a mais brilhante já vista.
Pesquisadores acreditam que a estrela possui de 20 a 30 vezes uma massa superior à do Sol. As descobertas foram publicadas na revista científica Science.

Os pesquisadores afirmam que a luz da explosão demorou quatro bilhões de anos para chegar à Terra. O astrônomo Paul O'Brein, da Universidade de Leicester, disse: "Esses acontecimentos podem ocorrer em qualquer galáxia a qualquer tempo. Mas não temos nenhuma forma de prever isso."

A explosão enorme da estrela foi captada pelos telescópios espaciais Swift e Fermi. Ela teria durado menos de um minutos e espalhado radiação ao seu redor. "A estrela estava 'vivendo feliz', fundindo matéria em seu centro. E de repente, acabou ficando sem 'combustível'", explica O'Brien. 
O centro da estrela teria sido engolida por um buraco negro, liberando muita energia na explosão de raio gama. Uma onda de explosão teria feito com que a estrela se expandisse, criando outro acontecimento visual, conhecido como supernova. "Podemos ver a luz se apagando - o final dos dois acontecimentos - por semanas ou até mesmo meses."

Apesar de a explosão ter acontecido razoavelmente "perto" do planeta Terra, a radiação não traz qualquer tipo de perigo. A energia não seria capaz de atravessar a atmosfera do planeta com intensidade.

Mas caso a explosão tivesse acontecido a uma distância de mil anos luz, a radiação poderia danificar a camada de ozônio, o que teria consequências graves para a vida na Terra.

"A previsão é que deve ocorrer uma explosão de raio gama perto da Terra a ponto de nos colocar em perigo a cada 500 milhões de anos", diz O'Brien.

"Em algum momento na história da Terra, nós provavelmente fomos atingidos por radiação de uma explosão de raio gama, e isso vai voltar a acontecer em algum ponto no futuro. Mas as chances de isso acontecer durante o período em que estamos vivos agora são muito pequenas."



Fonte: Terra

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Com efeito estufa, Marte pode ter tido água líquida há 3,8 bi de anos

Um estudo divulgado neste domingo na revista especializada Nature Geoscience indica que Marte pode ter passado por um período de efeito estufa causado por pelo menos dois gases há 3,8 bilhões de anos, o que teria elevado as temperaturas o suficiente para que tivesse água em estado líquido. 
Vales marcianos indicam que existiu água em estado líquido que esculpiu os esguios paredões marcianos. Contudo, simulações anteriores indicam que a quantidade de gás carbônico que existiu na atmosfera não era suficiente para subir a temperatura acima do ponto de congelamento.

O novo estudo indica, contudo, que o CO2 não foi o único gás a ter papel no aquecimento de Marte. Há 3,8 bilhões de anos, o planeta vermelho tinha também muito hidrogênio molecular na atmosfera, o que, em conjunto com o gás carbônico, teria causado aquecimento para que o planeta tivesse grande quantidade de água na superfície.

"Isso é animador porque explica como Marte pode ter sido quente e úmido o suficiente para formar os antigos vales que fazem os cientistas coçarem a cabeça nos últimos 30 anos", diz M. Ramirez, estudante de doutorado da universidade Penn State (EUA) e membro do grupo de pesquisa. "Acreditamos ter elaborado uma solução crível para esse grande mistério."

Ramirez e o pesquisador Ravi Kopparapu desenvolveram um modelo no qual os vulcões marcianos liberaram uma grande quantidade de gás carbônico e hidrogênio na atmosfera, o que explicaria o aquecimento.

"A molécula de hidrogênio em si é um pouco desinteressante", diz Ramirez. "Contudo, com outros gases, como o dióxido de carbono, ela pode ficar perturbada e funcionar como um poderoso gás de efeito estufa em comprimentos de onda que o dióxido de carbono e a água não absorvem muito. Assim, hidrogênio preenche a lacuna deixada pelos outros gases de efeito estufa", diz Ramirez.



Fonte: Terra

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

COMETA ISON: Nasa divulga imagem de 'cometa do século' e alerta para desintegração

As agências espaciais europeia (ESA, na sigla em inglês) e americana (Nasa) divulgaram na segunda-feira uma imagem registrada em 9 de outubro pelo telescópio espacial Hubble mostrando o cometa Ison - apelidado, devido ao seu brilho, de "cometa do século". 
O cometa Ison poderá brilhar tão intenso quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol.
Na imagem, o núcleo sólido do cometa é muito pequeno, mas íntegro. Se tivesse se partido - uma possibilidade considerada pelos astrônomos, uma vez que o Sol esquenta lentamente o cometa durante sua aproximação e poderia até destruí-lo -, o telescópio teria provavelmente identificado evidência de múltiplos fragmentos.

O cometa Ison (chamado de C/2012 S1 por cientistas) atingirá seu brilho máximo para quem o olha da Terra no final de novembro, quando o objeto celestial passa pelo Sol. Quanto mais brilhante fica, mais visível é para o observador humano - e maiores ficam as chances de se poder ver o cometa a olho nu antes de ele desaparecer dos céus do nosso planeta, por volta de dezembro, quando será registrada sua aproximação mais próxima.

Dependendo do destino do cometa ao passar perto do Sol, o cometa Ison poderia se tornar um espetáculo nos céus ou, pelo contrário, uma decepção. De acordo com a Agência Espacial Europeia, o corpo celeste poderia se desintegrar completamente. Qualquer que seja seu destino, o cometa será observado com muito intersse por missões da Nasa, da ESA e de outros observatórios, dedicados a estudar esse visitante gelado pelos próximos meses.

Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi chamado de "cometa do século" após algumas previsões que indicavam que ele poderia aparecer tão grande como a Lua Cheia para quem vê da superfície da Terra. Contudo, isso depende de sua passagem pelo Sol.

Descoberta​

O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.

Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.



Fonte: Terra

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Satélite registra núcleo de maior estrutura cósmica do Universo Local

O satélite Planck da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) capturou imagens de alguns dos maiores objetos existentes no Universo atualmente: aglomerados e superaglomerados de galáxias. 
Superaglomerado de galáxias de Shapley é considerada uma das maiores estruturas do Universo. 
Enquanto rastreava pelo espaço em busca da luz cósmica mais antiga, o satélite encontrou centenas de galáxias entremeadas por uma imensa quantidade de gás, e registrou uma imagem do núcleo do superaglomerado de Shapley, a estrutura cósmica com a maior concentração de matéria do Universo Local.

Esse superaglomerado foi descoberto nos anos 1930 pelo astrônomo americano Harlow Shapley: uma notável concentração de galáxias na constelação do Centauro. Com mais de 8 mil galáxias e uma massa total superior a 10 milhões de bilhões (10 quadrilhões, ou 10.000.000.000.000.000) de vezes a massa do Sol, essa é a estrutura mais maciça a uma distância de aproximadamente 1 bilhão de anos-luz da Via Láctea.


Fonte: Terra

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Número de planetas extrassolares ultrapassa marca de 1 mil

A busca do homem por planetas extraterrestres e pela possibilidade de haver vida fora da Terra atingiu hoje um marco simbólico, porém histórico. 
O número de planetas descobertos fora do sistema solar ultrapassou a marca de 1 mil, chegando a 1.010 na Enciclopédia de Planetas Extrassolares, um dos principais catálogos de referência nessa área de pesquisa.

A lista é atualizada quase que diariamente pelo pesquisador Jean Schneider, do Observatório de Paris, à medida que novas descobertas são anunciadas – algo que já se tornou rotina nesses últimos 21 anos, desde a detecção dos primeiros exoplanetas (como também são chamados), em 1992.

A marca foi ultrapassada ontem com a inclusão da descoberta de 11 novos planetas pelo projeto WASP (Wise Angle Search for Planets), na Europa. Outros catálogos ainda não chegaram a 1 mil, mas estão todos próximos dessa marca (acima de 900). O Arquivo de Exoplanetas da Nasa, por exemplo, contabilizava até ontem 919 planetas, ao redor de 709 estrelas.

As variações devem-se a diferentes critérios para inclusão de novos planetas nas listas. O arquivo da Nasa, por exemplo, só inclui descobertas publicadas ou já aceitas para publicação em revistas científicas, enquanto que a enciclopédia de Schneider aceita anúncios pré-publicação, desde que feitos por grupos com respaldo científico reconhecido. “A Nasa é um pouco mais rígida nesse sentido. Mas todos os planetas acabam entrando nos dois catálogos; é só o tempo de inclusão que é diferente”, avalia o professor Sylvio Ferraz Mello, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. “O número, na verdade, já passou de 1 mil faz tempo, pois há muitos planetas já descobertos que ainda não foram anunciados”, completa ele.

Seja qual for o número exato, essa amostra de 1 mil e tantos planetas já permite aos pesquisadores fazer uma série de análises e extrapolações sobre a diversidade e abundância de planetas existentes fora do sistema solar, que não eram possíveis 10 ou 20 anos atrás. E, com base nessas estimativas, fazer inferências sobre a possibilidade de haver vida fora da Terra — que estatisticamente falando é alta, segundo a maioria dos cientistas, apesar de não haver nenhuma prova direta disso.

“A possibilidade de haver vida em outros planetas é muito grande. Não temos nada de especial, então não faz sentido pensar que aconteceu só aqui”, diz o professor Eduardo Janot Pacheco, também do IAG. A grande maioria dos exoplanetas descobertos e confirmados até agora é composta de gigantes gasosos, como Júpiter ou Netuno, incapazes de abrigar vida como a conhecemos. Quando se inclui os planetas “candidatos” descobertos mais recentemente pelo telescópio espacial Kepler, porém, as estatísticas indicam que os planetas mais comuns no espçao são justamente os pequenos e rochosos, parecidos com a Terra. O problema é que, por serem pequenos, eles são muitos mais difíceis de serem detectados; por isso as listas atuais têm ainda um “viés tecnológico” que favorece numericamente os planetas gigantes.

“Inicialmente, na década de 1990, só tínhamos os gigantes, tipo Júpiter. Depois começaram a aparecer os mais parecidos com Urano e Netuno, que também são gigantes gasosos, só que menores. Agora começam a aparecer os planetas com massa e raio semelhantes aos da Terra”, diz o professor Jorge Melendez, também do IAG. “Os mais comuns, aparentemente, são esses menores; o que é muito promissor.” 

Fonte: Estadão

sábado, 2 de novembro de 2013

Telescópio registra lugar mais frio conhecido no Universo

Com temperatura de um grau Kelvin, apenas um grau Celsius acima do zero absoluto (-272 ºC), a Nebulosa do Bumerangue é o objeto mais gelado já identificado no Universo - mais frio até que o fraco resplendor que sucedeu o Big Bang, o evento explosivo que criou o cosmo. 
Nebulosa do Bumerangue, objeto que fica apenas 1ºC acima do zero absoluto, foi registrado por telescópio.
Astrônomos utilizando o telescópio Alma, o mais poderoso para a observação do Universo frio, voltaram a observar essa protonebulosa planetária para aprender mais sobre suas gélidas características e determinar seu real formato, que conta com uma aparência fantasmagórica, de acordo com a agência espacial americana (Nasa).​

“Esse objeto ultra-frio é extremamente intrigante e estamos aprendendo muito mais sobre a sua verdadeira natureza com o Alma”, disse Raghvendra Sahai, pesquisador e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, na Califórnia (Estados Unidos). “O que parecia um lóbulo duplo em formato de ‘bumerangue’ quando visto a partir de telescópios ópticos é, na verdade, uma estrutura muito mais ampla que está se expandindo rapidamente pelo espaço”, garantiu o astrônomo.

A estrutura azul ao fundo da imagem, visível através da luz pelo telescópio espacial Hubble, mostra um formato considerado clássico para esse tipo de estrutura cósmica, com uma região central muito estreita. Através da alta resolução do telescópio Alma no Chile, os astrônomos puderam ver as frias moléculas de gás que revelam uma forma mais alongada da nebulosa, em vermelho na imagem.

"Isso é importante para a compreensão de como as estrelas morrem e se tornam nebulosas planetárias", afirmou Sahai. "Utilizando o Alma, conseguimos - literal e figurativamente - lançar nova luz sobre os últimos momentos de vida de uma estrela como o Sol."

A Nebulosa do Bumerangue, localizada a 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Centaurus, é um exemplar relativamente jovem dos objetos conhecidos como nebulosa planetária - corpos celestes que, ao contrário do que o nome indica, estão na verdade na fase final de suas vidas como estrelas semelhantes ao Sol que deixaram suas camadas exteriores. O que permanece no centro delas são estrelas anãs brancas, que emitem radiação ultravioleta capaz de fazer o gás nas nebulosas brilhar e emitir luz. 


Fonte: Terra

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cientistas descobrem a galáxia mais distante da Terra já registrada

Uma equipe de astrônomos americanos descobriu a galáxia mais distante que se tem conhecimento, cuja luz foi emitida quando o Universo só tinha 5% de sua idade atual de 13,8 bilhões de anos. 
Imagem feita pelo telescópio Hubble mostra região no céu do norte. Praticamente todos os objetos vistos são galáxias e, no detalhe, aparece z8_GND_5296, confirmada como a galáxia mais distante conhecida.
Batizada de z8-GND-5296, ela data de quando o Universo tinha apenas 700 milhões de anos, "o que a torna única, se comparada a outras descobertas similares, é que sua distância pôde ser confirmada por um espectrógrafo (equipamento que realiza um registro fotográfico de um espectro luminoso)", afirma o astrônomo Bahram Mobasher, da Universidade da Califórnia, um dos membros da equipe que publicou a descoberta nesta quarta-feira na revista especializada Nature.

A galáxia foi detectada por meio de imagens infravermelhas feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, e sua distância foi confirmada pelas observações realizadas com o sofisticado espectrógrafo MOSFIRE operado a partir do Observatório W. M. Keck, no Havaí.

Estudar o surgimento das primeiras galáxias é difícil porque quando sua luz chega à Terra ela já se deslocou em direção à parte infravermelha do espectro devido à expansão do Universo, em um fenômeno chamado "deslocamento ao vermelho" (redshift).

Por isso, os astrônomos utilizam espectrógrafos cada vez mais sensíveis e capazes de medir o deslocamento ao vermelho da luz da galáxia, que é proporcional à sua distância.

A equipe, liderada por Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, e Dominik Riechers, da Universidade Cornell (Nova York), observou também que a nova galáxia tem uma taxa de formação de estrelas "surpreendentemente alta", cerca de 300 vezes a massa do nosso Sol ao ano, em comparação com a Via Láctea, que forma somente duas ou três estrelas por ano.

"Estes descobrimentos fornecem pistas sobre o nascimento do Universo e sugerem que podem abrigar zonas com uma formação de estrelas mais intensa do que se imaginava", afirmou Finkelstein.

Com a construção de telescópios cada vez maiores no Havaí e no Chile e o futuro lançamento do telescópio James Webb ao espaço, ao final desta década os astrônomos esperam descobrir mais galáxias a distâncias ainda maiores, comemorou Mobasher.


Fonte: Terra

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Astrônomos descobrem sistema com sete exoplanetas

Dois estudos independentes identificaram um sistema com sete planetas ao redor de uma estrela, o primeiro do tipo descoberto a partir de dados do telescópio Kepler, da Nasa. O estudo foi divulgado no site arXiv.

Segundo os cientistas das universidades de Oxford (Reino Unido) e Cornell (EUA), o conjunto é similar ao Sistema Solar, com planetas rochosos nas regiões internas, e gasosos mais distantes. Contudo, ele é bem mais compacto - o planeta mais distante fica a uma unidade astronômica (a distância média da Terra ao Sol) de sua estrela, chamada de KIC 11442793.

A proximidade dos corpos do sistema de KIC 11442793 faz com que a interação gravitacional entre eles seja muito maior do que ocorre por aqui. Aqui, os planetas também interferem nas órbitas uns dos outros, mas em um grau menor.

Os "anos" em cada um desses planetas (o tempo que eles levam para terminar a órbita ao redor de sua estrela) variam entre 330 e sete dias. Os dois primeiros corpos são de tamanho similar à Terra. Os três seguintes são maiores, chamados de superterras (com tamanho entre duas e três vezes o do nosso). Os dois últimos são gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno.


Fonte: Terra

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Astrônomos: asteroide de 432 metros pode atingir a Terra em 2032

Astrônomos da Ucrânia descobriram um asteroide de 432 metros que pode atingir a Terra em 2032. A chance de impacto, segundo a Nasa, é a mais alta dos objetos descobertos nos últimos 60 dias, mas ainda é considerada mínima. As informações são da agência Ria Novosti.

A pedra foi vista pela primeira vez pelo Observatório Astrofísico da Crimeia, no sul da Ucrânia, e, até a última quinta-feira, foi confirmado por pelo menos mais cinco grupos da Itália, Espanha, Reino Unido e Rússia.

O objeto foi classificado como "potencialmente perigoso" e, segundo estimativas, há uma chance em 63 mil de colidir com a Terra em 26 de agosto de 2032. Ele está no nível 1 da Escala de Turim.

Astrônomos terão uma chance de avaliar melhor os riscos de impacto somente em 2028, afirmam o observatório ucraniano.


Fonte: Terra

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Astrônomos descobrem planeta solitário sem estrela

Astrônomos anunciaram na quarta-feira passada (09/10) a descoberta de um planeta solitário fora do sistema solar, flutuando sozinho no espaço e sem girar na órbita de uma estrela. Chamado PSO J318.5-22, o planeta está apenas a 80 anos-luz da Terra e tem seis vezes a massa de Júpiter. Formado há 12 milhões de anos, ele é considerado novo entre os seus pares. 
Ilustração artística mostra como seria o PSO J318.5-22.
"Nunca tínhamos visto um objeto a flutuar livremente no espaço com esse aspecto. Tem todas as características dos jovens planetas descobertos ao redor de outras estrelas, mas vagueia completamente só", disse o chefe da equipe de pesquisadores, Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Hawai, em Manoa. "Questionei-me muitas vezes se esses objetos solitários existiriam e agora sabemos que sim", acrescentou.

Os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado no Astrophysical Journal Letters, acreditam que o novo planeta tenha uma massa mais leve que a dos demais corpos que flutuam livremente.

Durante a última década, os cientistas descobriram cerca de mil planetas extrassolares, mas apenas meia dúzia foi observada diretamente, já que muitos giram em torno de jovens estrelas, a menos de 200 milhões de anos e emitem muita luz.



Fonte: Terra

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Água encontrada em asteroide indica existência de exoplanetas habitáveis

Astrônomos anunciaram a descoberta da primeira evidência de água em um corpo celeste rochoso vindo de fora do Sistema Solar. 
Impressão artística mostra asteroide rico em pedras e água sendo despedaçado pela forte gravidade da estrela anã branca GD 61: essa é a primeira vez que água é encontrada além do Sistema Solar.
Através dos destroços de um asteroide que orbitava uma estrela exaurida – ou anã branca –, os cientistas determinaram que a estrela GD 61 e seu sistema planetário, localizado a aproximadamente 150 anos-luz do nosso planeta e em seus últimos momentos de vida, têm o potencial de abrigar exoplanetas semelhantes à Terra.

Essa é a primeira vez que tanto água quanto uma superfície rochosa – dois aspectos considerados fundamentais para a existência de planetas habitáveis e, portanto, vida – foram encontrados juntos além do nosso sistema solar.

A Terra é essencialmente um planeta "seco", com apenas 0.02% de sua massa contendo água de superfície, o que significa que oceanos surgiram depois que o planeta tinha se formado: provavelmente quando asteroides cheios de água vindos do Sistema Solar colidiram contra o nosso planeta. Pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick que publicaram o estudo na revista Science acreditam que o mesmo "sistema de entrega" de água possa ter ocorrido no distante sistema solar dessa estrela.

Evidências obtidas com base em análises do telescópio espacial Hubble e do observatório astronômico Keck, no Havaí, sugerem que esse sistema continha um tipo similar de asteroide rico em água – o mesmo que teria trazido o elemento pela primeira vez à Terra. O corpo celeste analisado é composto por 26% de água em sua massa, quantidade bastante parecida à de Ceres, outrora considerado o maior asteroide do Sistema Solar e hoje um planeta anão. Ambos têm muita mais água em sua composição do que a Terra.

"A descoberta de água em um grande asteroide significa que a 'pedra fundamental' de planetas habitáveis existiu – e talvez ainda exista – no sistema da GD 61, e provavelmente também ao redor de um número significativo de estrelas similares", afirmou Jay Farihi, do Instituto de Astronomia de Cambridge, um dos autores da pesquisa.

Os astrônomos descrevem a descoberta como "um olhar para o nosso futuro" já que, daqui a seis bilhões de anos, talvez, astrônomos de outros planetas estudando os destroços ao redor do Sol – então extinto, sem hidrogênio – poderão chegar à mesma conclusão: que os planetas terrestres uma vez orbitaram a nossa estrela-mãe.


Fonte: Terra


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Primeira evidência de um cometa ter atingido a Terra é encontrada

A primeira evidência de um cometa ter entrado na atmosfera da Terra e ter explodido, criando uma onda de choque e fogo que obliterou todas as formas de vida no seu caminho, foi descoberta por uma equipe de cientistas sul-africanos e colaboradores internacionais, e foi apresentada numa palestra na quinta-feira passada, dia 10/10. 
O colar de Tutankhamon, que celebra o antigo faraó egípcio com um magnífico escaravelho feito por vidro de sílica, que os cientistas dizem que foi provavelmente formado a partir de um impacto cometário há milhões de anos atrás. 
A descoberta não só forneceu a primeira prova definitiva de um cometa que atingiu a Terra, há milhões de anos atrás, mas também pode ajudar a desvendar, no futuro, os segredos da formação do nosso Sistema Solar.

"Os cometas sempre visitaram os nossos céus - são bolas de neve sujas, uma mistura entre gelo e poeira - mas nunca antes na história tinha material de um cometa sido encontrado na Terra," afirma o professor David Block, da Universidade de Wits.

O cometa entrou na atmosfera da Terra por cima do Egito há 28 milhões de anos atrás. À medida que irrompia pela atmosfera, explodiu, aqueceu a areia por baixo até uma temperatura de aproximadamente 2000 graus Celsius, o que resultou na formação de uma grande quantidade de vidro de sílica amarelado que se encontra dispersado sobre uma área de 6000 km^2 no Saara. Um magnífico exemplar do vidro, polido por antigos joalheiros, encontra-se num colar de Tutankhamon, representando um impressionante escaravelho egípcio.

A pesquisa, que será publicada na revista Earth and Planetary Science Letters, foi realizada por uma colaboração de geocientistas, físicos e astrônomos, incluindo Block, Jan Kramers, autor principal do artigo da Universidade de Joanesburgo, o Dr. Marco Andreoli da Corporação Sul-Africana de Energia Nuclear e Chris Harris da Universidade de Cidade do Cabo.

No centro da atenção desta equipe estava uma misteriosa pedra preta encontrada anos antes por um geólogo egípcio na área do vidro de sílica. Após a realização de análises químicas altamente sofisticadas, os autores chegaram à conclusão inevitável de que o seixo representava o primeiro espécime conhecido de um núcleo de cometa, ao invés de simplesmente um tipo raro de meteorito.

Kramers descreve este como um momento de euforia da sua carreira. "É uma típica euforia científica quando eliminamos todas as outras opções e chegamos à conclusão do que deve ser," afirma.

O impacto da explosão também produziu diamantes microscópicos. "Os diamantes são produzidos a partir de material com carbono. Normalmente formam-se nas profundezas da Terra, onde a pressão é alta, mas também podemos gerar pressão muito alta com o choque. Parte do cometa colidiu com o chão e o choque do impacto produziu os diamantes," acrescenta Kramers.

A equipe chamou ao seixo que contém diamantes "Hipátia" em honra à primeira matemática, astrônoma e filósofa, Hipátia de Alexandria.

O material cometário é muito elusivo. Não tinha sido encontrados antes fragmentos de cometa na Terra, à exceção de partículas de poeira de tamanho microscópico na atmosfera superior e alguma poeira rica em carbono no gelo antártico. As agências espaciais gastaram bilhões para garantir estas minúsculas quantidades de matéria cometária pristina.

"A NASA e a ESA gastaram bilhões de dólares recolhendo poucos microgramas de material cometário e a trazê-lo para a Terra, e agora temos uma nova abordagem radical de estudar este material, sem gastar bilhões para recolhê-lo," afirma Kramers.

O estudo de Hipátia tem crescido até um programa colaborativo de pesquisa internacional, coordenado por Andreoli, que envolve um número crescente de cientistas provenientes de várias disciplinas. O Dr. Mario di Martino do Observatório Astrofísico de Turim levou a cabo várias expedições à área de vidro no deserto.

"Os cometas contêm os segredos que desbloqueiam a formação do nosso Sistema Solar e esta descoberta nos dá uma oportunidade sem precedentes para estudar o material cometário em primeira mão," afirma Block.



Fonte: Space.com

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Na 1ª amostra recolhida, sonda Curiosity acha água em Marte


A primeira amostra de solo analisada pela sonda Curiosity em Marte encontrou uma quantidade significativa de água, anunciou nesta quinta-feira a Nasa - a agência espacial americana - em artigo na revista Science. 
Curiosity recolheu amostras do solo de Marte. Foto: Nasa / Divulgação
"Um dos mais emocionantes resultados da primeira amostra ingerida pela Curiosity é a alta porcentagem de água no solo", diz Laurie Leshin, do Instituto Rensselaer (EUA) e líder do estudo apresentado hoje. "Cerca de 2% do solo na superfície de Marte é feito de água, o que é um grande recurso, e cientificamente interessante", diz a cientista. A análise do laboratório ambulante identificou ainda dióxido de carbono, oxigênio e compostos sulfúricos, entre outros, quando aqueceu a terra coletada.

Um dos instrumentos do robô, chamado de SAM (sigla em inglês para "análise de amostra de Marte") inclui um cromatógrafo, um espectrômetro de massa e um espectrômetro a laser. Esses palavrões significam que a sonda tem a capacidade, ao contrário de suas antecessoras, de identificar diversos compostos químicos e determinar a proporção de isótopos (átomos de um mesmo elemento químico que diferem na quantidade de nêutrons) de elementos-chave nas amostras que recolhe.

"Esta é a primeira amostra que analisamos com os instrumentos da Curiosity. É a primeiríssima pá de algo que alimentou o equipamento analítico. Apesar de ser apenas o início da história, nós aprendemos algo substancial", diz Laurie.

A Curiosity usou sua pequena pá para recolher uma amostra de solo de uma região apelidada de "Rocknest" pelos cientistas. Os pesquisadores inseriram porções da amostra no instrumento SAM, que aqueceu a terra a 835°C. O equipamento reconheceu a presença de diversos componentes, inclusive compostos contendo cloro e oxigênio, como clorato ou perclorato, que já eram conhecidos em Marte - mas apenas em regiões mais próximas ao polo, e não na zona equatorial do planeta vermelho, onde está a sonda. A análise indica ainda a presença de carbonatos, que se formam na presença de água.

"Marte tem um tipo de camada global, uma camada de solo da superfície que tem sido misturada e distribuída por frequentes tempestades de areia. Então, uma pá desse material é basicamente uma coleção microscópica de rochas marcianas", diz Laurie. "Se você misturar muitos grãos dele juntos, você provavelmente terá uma imagem precisa da crosta típica marciana. Ao aprender sobre isso em um lugar, você estará entendendo sobre o planeta inteiro."

Segundo o cientista, os resultados implicarão em futuras missões ao planeta vermelho - inclusive tripuladas. "Nós agora sabemos que deve haver água abundante e de fácil acesso em Marte", diz Laurie. "Quando mandarmos gente, eles podem retirar um pouco do solo em qualquer lugar da superfície, aquecê-lo um pouco e obter água."



Fonte: Terra

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Há 4 bilhões de anos, Terra se parecia com lua de Júpiter, diz estudo


A Terra primitiva, há cerca de 4 bilhões de anos, tinha uma dinâmica interna muito diferente da atual e pode ter se parecido com uma das quatro grandes luas de Júpiter, chamada Io, que tem intensa atividade vulcânica. 
Io é uma das quatro grandes luas de Júpiter e a com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. Na imagem acima, o material em preto e vermelho corresponde a erupções recentes. Foto: Galileo Mission/JPL/Nasa
Io é uma das quatro grandes luas de Júpiter e a com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. Na imagem acima, o material em preto e vermelho corresponde a erupções recentes.
Essa é a conclusão de um estudo feito por cientistas americanos e publicado na revista "Nature" desta quarta-feira (25).

Segundo os autores – liderados por William B. Moore, da Universidade Hampton e do Instituto Nacional do Aeroespaço dos EUA, e A. Alexander G. Webb, da Universidade do Estado da Luisiana –, o trabalho fornece uma nova perspectiva sobre a primeira geologia do nosso planeta.

A Terra se formou há 4,5 bilhões de anos, a partir de colisões de fragmentos de protoplanetas (corpos celestes considerados o primeiro estágio da evolução de um planeta). Naquela época, pertencente ao período geológico Hadeano, grande parte do calor da Terra ficou presa no núcleo (composto de metais, como ferro e níquel, e elementos radioativos).

No período seguinte, conhecido como Arqueano – que começou por volta de 4 bilhões de anos atrás –, apareceram as primeiras rochas inteiras e formas de vida unicelulares.

"Tubos de calor"

Hoje, a liberação de calor de dentro da Terra para fora é facilitada pelas placas tectônicas, mas esse transporte nem sempre foi assim. Moore e Webb criaram um modelo computacional e simulações numéricas para entender como o nosso planeta pode ter tido uma única placa com vários tubos vulcânicos por onde o calor e materiais circulavam entre o núcleo e a superfície.

Esses "tubos de calor" seriam semelhantes aos que ocorrem em Io e podem ajudar a compreender como a Terra evoluiu antes da formação das placas tectônicas. As simulações feitas também indicam que a nossa litosfera (camada sólida mais externa, dividida em placas) se transformou numa superfície fria e grossa há cerca de 3,5 bilhões de anos, como resultado de erupções frequentes que levaram materiais externos para dentro.

Após o aparecimento das placas tectônicas, foi registrada uma rápida diminuição da atividade vulcânica e de transferência de calor por meio desses tubos, destacaram os cientistas.



Fonte: G1

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Marte: Nasa divulga análise de rocha com forma de pirâmide


A primeira rocha analisada por alguns dos instrumentos da sonda Curiosity em Marte chamou a atenção pelo incomum formato de pirâmide. A pedra, contudo, é comum na Terra e se forma nas profundezas do planeta, afirmam os cientistas, que apresentaram o resultado da análise nesta quinta-feira na revista especializada Science. 
Rocha com forma de pirâmide foi achada pela sonda Curiosity. Pontos marcados em amarelo e vermelho foram analisados pelos instrumentos da sonda.
A rocha foi apelidada de Jake_M pela Nasa - em homenagem ao engenheiro Jake Matijevic, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da agência. Ela é um mugearite, um tipo encontrado na Terra em ilhas oceânicas e fendas nos continentes. A presença dessa pedra indica a presença de água em regiões profundas de Marte.

"Na Terra, temos uma boa ideia de como as mugearites e rochas parecidas se formam", diz Martin Fisk, geólogo marinho da Universidade do Estado do Oregon e membro da missão da Curiosity. "(O processo de formação) começa com o magma profundo na Terra que cristaliza com a presença de 1 ou 2% de água. Os cristais se formam no magma e o que não cristaliza é o magma mugearite, que pode eventualmente sair para a superfície em uma erupção vulcânica."

"Ela (a rocha) implica que o interior de Marte é composto de áreas com diferentes composições. Não é bem misturado. Talvez Marte nunca fique homogeneizado da forma como a Terra consegue através das placas tectônicas e do processo de convecção."



Fonte: Terra

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Hubble: há 60 anos, morria o homem que descobriu a imensidão do universo

No início do século 20, diversas ideias clássicas da astronomia já haviam sido superadas. Sabíamos que a Terra não era o centro do universo. Nem o era o Sol. Contudo, os cientistas dessa época mal tinham ideia do tamanho do universo. 
Para eles, a nossa galáxia era a única que compunha o cosmos e que esteve estava imutável no mosaico celeste. Contudo, em outubro de 1924, um americano que passava uma noite de observações num grande domo no monte Wilson, em Los Angeles, notou que não éramos a única galáxia. Aliás, ele descobriu que o firmamento é muito maior do que imaginávamos - e que o universo está em movimento.

Advogado e soldado

Hubble se formou em matemática e astronomia pela Universidade de Chicago em 1910. Seu talento lhe valeu uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Contudo, ele teve que interromper o caminho que traçava pela ciência.

No seu leito de morte, o pai de Hubble - que nunca aceitou a aspiração do filho pela astronomia - teve como último desejo que o filho cursasse direito. Ele cumpriu a vontade do falecido pai e, em 1913, voltou aos Estados Unidos e trabalhou durante um ano como advogado.

Hubble, contudo, não aguentou e quebrou a promessa. Em 1914, voltou a estudar astronomia. Em 1917, quando terminava seu doutorado, ele foi convidado a se juntar ao observatório Mount Wilson, na Califórnia. Contudo, outro problema fez o americano postergar seu sonho.

Após passar a noite acordado para terminar sua tese e defender o trabalho no dia seguinte, Hubble se alistou ao Exército. Para George Ellery Hale, fundador do observatório, ele enviou um telegrama: "Infelizmente não posso aceitar seu convite. Estou indo para a guerra."

Mas as batalhas acabara e, em 1919, ainda de uniforme e recém-chegado da França, o major Hubble se apresentou ao Mount Wilson, pronto para observar o céu.​

Cientista 

O astrônomo guerreiro não poderia estar em um lugar mais propício. O telescópio Hooker finalmente entrava em operação após 10 anos de construção. Com 2,5 metros, ele era o mais poderoso olho da humanidade para o céu.

Hubble passou muitas noites frias observando as estrelas pelas poderosas lentes do Hooker. Em outubro de 1924, ele viu o que a princípio achou ser uma nova na nebulosa M31, na constelação de Andrômeda. Ao examinar cuidadosamente imagens registradas por outros astrônomos da mesma região do espaço, ele notou que era uma estrela cefeída.

Essas estrelas tem um brilho com um período de luminosidade bem definido - quanto mais longo o período, mais luminosa a estrela. Ao usar a luminosidade e o brilho que chega à Terra, os astrônomos conseguem medir com precisão distância delas.

E foi quando media a distância que ele descobriu que a estrela - e, portanto, sua nebulosa - estavam a 1 milhão de anos-luz da Terra - muito mais longe do que qualquer outro objeto já observado. A nebulosa na verdade era uma galáxia completamente separada da Via Láctea, com bilhões de estrelas. Naquele dia, o universo conhecido pelo homem se expandiu como nunca antes.

"Descoberto que as nebulosas espirais são sistemas estelares; Dr. Hubbell (sic) confirma que são 'ilhas universos' similares ao nosso próprio". Assim noticiava o The New York Times à época.

E essa nem é considerada a principal descoberta de Edwin Hubble. Após provar que nossa galáxia não é a única, ele começou a classificar todas as nebulosas conhecidas e medir suas velocidades ao analisar o efeito Doppler.

Em 1929, Hubble descobriu que todas as galáxias estão se afastando da Via Láctea em uma velocidade que aumenta proporcionalmente conforme sua distância até nós - o que é chamado de Lei de Hubble (apesar de hoje sabermos que essa afirmação não é tão precisa).

Para a astronomia da época, que via o universo como algo estático, saber que este está se expandindo foi uma revolução. O próprio Albert Einstein, mais de uma de uma década antes, havia modificado suas equações - que previam um universo em expansão - para manter o cosmos estático. O físico alemão foi pessoalmente ao Mount Wilson para encontrar Hubble. Ele chamou a mudança de seus cálculos de "maior erro de minha vida".

Depois de sua grande contribuição à ciência, o americano ainda serviu na Segunda Guerra, recebeu uma medalha, fez campanha para ganhar um Nobel - que, infelizmente, não premiava astrônomos - e ajudou a planejar o telescópio Hale - que seria quatro vezes mais poderoso que o Hooker.

Em 1949, Hubble foi honrado com a primeira observação no novo telescópio. Em 1953, quando preparava diversas noites de observação, o astrônomo morreu.

Por ser um dos principais astrônomos da história, ele foi homenageado com o nome do primeiro telescópio espacial já feito pelo homem.

Curiosamente, o Hubble (o telescópio) foi usado em uma pesquisa que descobriu, em 2002, que universo não apenas está se expandindo - mas que a expansão está acelerando. A descoberta foi classificada pela Nasa (a agência espacial americana) como a mais importante do telescópio e rendeu a Adam Riess e Saul Perlmutter o Nobel de Física de 2011.

Riess e Perlmutter e outros cientistas continuam hoje o legado de Hubble, para quem os astrônomos devem ter a "esperança de achar algo que não esperavam".



Fonte: Terra

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Fora do Sistema Solar, Voyager é registrada a 19 bilhões de km da Terra

O sinal da sonda Voyager 1, da Nasa, o objeto feito pelo homem que mais se distanciou da Terra até hoje, foi capturado por telescópios do planeta que abandonou há 36 anos. 

O sinal da Voyager, a quase 19 bilhões de quilômetros da Terra, foi captado por radiotelescópios. Na imagem, a sonda se resume a um longínquo ponto azul
Atualmente fora do Sistema Solar, a Voyager já passou em sua jornada por diversos outros planetas - e o que pode descobrir a partir de agora, no espaço interestelar, é um mistério para os cientistas. Um longínquo ponto azul é o que mostra a imagem registrada por uma rede de radiotelescópios que vai do Havaí à ilha caribenha de Saint Croix, parte das Ilhas Virgens Americanas.

Esses radiotelescópios não têm capacidade para distinguir a Voyager 1 à luz visível, porém "veem" o sinal da sonda em luz de rádio. As antenas funcionam para um radiotelescópio assim como espelhos e pixels para um telescópio óptico convencional. O registro, divulgado nesta terça-feira pela agência espacial americana, foi feito após um esforço direcionado para procurar um sinal da sonda - e testar a sensibilidade dos equipamentos.

Quando a rede de telescópios, chamada Very Long Baseline Array (VLBA), fez o registro, em 21 de fevereiro, a Voyager 1 estava distante cerca de 18,5 bilhões de quilômetros da Terra. Lançada em 1977 e agora a 19 bilhões de quilômetros do Sol, a sonda se comunica com a Nasa praticamente todos os dias. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Galáxias antigas já tinham forma atual, diz pesquisa

Se você ouvir um saudosista dizer que já não se fazem mais galáxias como antigamente, saiba que é mentira. Um estudo acaba de mostrar que desde 11,5 bilhões de anos atrás o Universo já tinha galáxias nas mesmas formas que elas têm hoje.

Sabe-se que as galáxias se formaram relativamente cedo na história do cosmos. A Via Láctea, por exemplo, tem cerca de 13 bilhões de anos, nascida apenas 800 milhões de anos após o Big Bang.

Contudo, os cientistas imaginavam que as galáxias, quando bebês, deviam ser bem diferentes --menos evoluídas-- que as atuais. Era o que sugeriam modelos sobre a formação dessas estruturas.

Novos resultados, obtidos com o Telescópio Espacial Hubble, contestam essa ideia. Eles mostram que cerca de 2,3 bilhões de anos depois do Big Bang as galáxias já tinham mais ou menos a forma atual.

"Isso significa que as galáxias amadurecem de forma mais rápida do que se acreditava", diz Gastão Lima Neto, astrônomo da USP que não participou do estudo.

De Hubble para Hubble 

O uso do telescópio espacial não poderia ser mais adequado. Foi o astrônomo americano Edwin Hubble (1889-1953) quem fez o primeiro estudo consistente da evolução das galáxias. O chamado diagrama de diapasão de Hubble cobre todos os tipos galácticos vistos no cosmos,entre eles as espirais (como a nossa Via Láctea).

Vasculhando as profundezas do espaço, os astrônomos conseguem observar como as galáxias eram. (Como elas estão muito longe, a luz delas demora a chegar na Terra, o que explica porque o estudo dos objetos mais distantes equivale a enxergar o passado cósmico.)

Estudos anteriores já haviam sondado galáxias de até 8 bilhões de anos atrás e viam que o esquema de Hubble se sustentava. O novo trabalho, feito com dados de um projeto chamado Candels somado a imagens colhidas em dois instrumentos do telescópio espacial, empurra mais 2,5 bilhões de anos na direção do passado e mostra que, naquela época, as galáxias já tinham o padrão das atuais.

No total, os pesquisadores observaram 1.671 galáxias espalhadas pelo Universo. E a ideia é não parar por aí.

"Continuaremos a sondar épocas cada vez mais remotas para tentar identificar em que momento as galáxias evoluídas começam a aparecer pela primeira vez", disse à Folha Mauro Giavalisco, pesquisador da Universidade de Massachusetts, nos EUA, e um dos autores do trabalho, publicado no periódico "The Astrophysical Journal".

"Isso irá nos ajudar a entender qual é o processo físico responsável por fazer as galáxias pararem de formar estrelas e envelhecerem."
 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Japão lança ao espaço 1º telescópio de observação planetária

A Agência Aeroespacial do Japão (JAXA) conseguiu neste sábado (14), após várias tentativas fracassadas, fazer o lançamento do foguete Epsilon-1, que leva a bordo o primeiro telescópio espacial de observação planetária remota. 
O lançamento do foguete aconteceu com sucesso às 14h locais (2h de Brasília), no Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, no sudoeste do país.

Com o Epsilon-1, o Japão vai colocar em órbita o telescópio Sprint-A, o primeiro de observação remota de planetas como Vênus, Marte e Júpiterdesde a órbita da terra.

No dia 27 agosto, quando foi feita a última tentativa fracassada, o sistema realizou uma parada automática de emergência poucos segundos antes do lançamento, devido a um problema com a inclinação do foguete.

Uma semana antes, foi cancelada a primeira tentativa por problemas no sistema de cabos da equipe de comunicação.

"O telescópio representará uma revolução na indústria espacial", afirmou então Yasuhiro Morita, encarregado do lançamento, em comunicado divulgado pela JAXA, que comemora seu décimo aniversário este ano.

O custo do lançamento do Epsilon chega a 5,3 bilhões de ienes (US$ 54 milhões), quase a metade dos custos do modelo HII-A, mas a agência acredita que ainda pode reduzir mais, para até 3 bilhões de ienes (US$ 30 milhões).

O último lançamento espacial japonês aconteceu no início de agosto, após a decolagem de um foguete HII-B em direção à Estação Espacial Internacional (ISS), com o objetivo de transportar equipamentos para a base, entre eles dois satélites.

O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado em sua tecnologia pioneira, está focado na exploração dos planetas e asteroides.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cientistas encontram provas de água em grãos minerais da Lua

Cientistas encontraram provas de água em grãos minerais da superfície da Lua de origens ainda desconhecidas na profundidade do satélite, informou a Nasa nesta terça-feira.

Os pesquisadores usaram dados coletados pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa a bordo da cápsula Chandrayaan 1, da Organização de Pesquisa Espacial de Índia, e detectaram água magmática, ou seja a originada nas profundezas lunares.

É a primeira detecção desta forma de água a partir de um objeto na órbita da Lua. Estudos anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares coletadas pelos astronautas do programa Apollo.

O M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por um impacto perto da linha equatorial da Lua. A Nasa explicou que os cientistas estão interessados nessa área porque poderiam calculacar melhor o volume de água dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de minerais contidos lá.

O pico central da cratera é composto por um tipo de rocha que se forma nas profundezas da crosta lunar e do manto lunar quando o magma fica preso ali.

"Essa rocha, que normalmente fica muito abaixo da superfície, foi escavada desde as profundezas pelo impacto que formou a cratera Bullialdus", explicou Rachel Klima, geóloga planetária no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.

"Na comparação com o entorno, encontramos na porção central da cratera um volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas nesta cratera contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar", disse Rachel.

Em 2009, o M3 fez seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. Na primeira avaliação os cientistas supuseram que essa água seria uma camada fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar.

Mas a Bullialdus fica em uma região pouco propícia para o vento solar produzir quantidades significativas de água na superfície.

"As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Cratera Lunar, e os instrumentos como o M3 coletaram dados cruciais que mudaram radicalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffett Field, Califórnia.

A detecção de água dentro de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos em amostras em um contexto mais amplo, incluindo regiões distantes de onde chegaram as missões Apollo.



Fonte: Terra

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cientista sugere que vida começou em Marte antes de chegar à Terra

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra. A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália. 
Imagem mostra cratera em Marte.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.

As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.

Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.

Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.

Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.

Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.

Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA. O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.

"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner. "Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."

Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".

Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida. "As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.

"Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."



Fonte: Terra

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cientistas acham asteroide na órbita de Urano e acreditam em "população"

Cientistas descobriram pela primeira vez um asteroide na órbita de Urano
Astrônomos anunciaram nesta quinta-feira a descoberta do primeiro asteroide troiano de Urano. Segundo os cientistas, 2011 QF99 pode fazer parte de uma população de objetos maior do que esperada e que está presa pela gravidade dos planetas gigantes do Sistema Solar.

Asteroides troianos são aqueles que dividem a órbita de um planeta - a Terra, inclusive, tem o seu. Astrônomos consideravam que era improvável a presença de um desses objetos na órbita de Urano, já que a gravidade de seus planetas vizinhos deveria desestabilizar e expelir a pedra para os confins do Sistema Solar.

Antes de descobrir o asteroide, os pesquisadores criaram uma simulação computadorizada do Sistema Solar com os objetos que orbitam a estrela, inclusive os troianos. "Surpreendentemente, nosso modelo prevê que, em qualquer tempo dado, 3% dos objetos dispersos entre Júpiter e Netuno devem coorbitar ou Urano, ou Netuno", diz Mike Alexandersen, líder do estudo publicado na revista especializada Science.

Segundo os pesquisadores, QF99 foi preso pela órbita do planeta há poucas centenas de milhares de anos e deve escapar em cerca de 1 milhão de anos. "Isto nos conta algo sobre a evolução do Sistema Solar", diz Alexandersen. "Ao estudar o processo pelo qual troianos são capturados temporariamente, podemos entender melhor como objetos migram pela região planetária do Sistema Solar."

O estudo foi conduzido pela Universidade da Columbia Britânica (Canadá), Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá e o Observatório de Besancon (França).



Fonte: Terra

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Equipe da USP ajuda a descobrir mais velha estrela 'gêmea' do Sol

Uma equipe de quatro astrônomos da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Observatório Europeu do Sul (ESO), ajudou a descobrir a estrela "gêmea" do Sol mais velha já identificada, com 8,2 bilhões de anos – quase o dobro da idade da nossa estrela, que tem 4,6 bilhões de anos. 
Imagem revela a estrela HIP 102152, localizada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio. Foto: ESO/Digitized Sky Survey 2/Davide De Martin
Imagem revela a estrela HIP 102152, localizada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio.
A Hipparcos 102152 (ou HIP 102152) fica a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio. Para observá-la, foi usado o Very Large Telescope (VLT) do ESO, localizado no norte do Chile, durante 40 noites desde 2011. Além da USP, participaram do trabalho dois cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e dez estrangeiros.

Segundo os pesquisadores, que devem publicar os resultados na revista "Astrophysical Journal Letters", esse astro antigo – que tem temperatura, gravidade e composição química parecidas com as do Sol – oferece a possibilidade de entender como o nosso astro vai envelhecer nos próximos bilhões de anos. Os cientistas confirmaram ainda a idade de outra estrela "gêmea", a 18 Scorpii, que tem 2,9 bilhões de anos, ou seja, bem mais jovem que a nossa.

De acordo com a equipe da USP, as observações sugerem que a HIP 102152 também tem planetas rochosos (como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) em sua órbita. Além disso, a descoberta apontou níveis muito baixos de lítio na estrela "gêmea", assim como acontece com o Sol, o que demonstra pela primeira vez que astros mais velhos e semelhantes ao nosso perdem esse elemento químico ao longo da vida. Esse "mistério" para a astrofísica já durava 60 anos, e agora começa a ser solucionado, ressaltam os autores, liderados pela americana TalaWanda Monroe, ligada à USP.

Para o pesquisador peruano Jorge Meléndez, que também atua na USP e é coautor do estudo, há décadas os astrônomos buscam estrelas "gêmeas" do Sol, para conhecer melhor a nossa própria, que é responsável pela vida na Terra. Apesar disso, a primeira delas só foi encontrada em 1997 e, desde então, poucas foram identificadas.

Meléndez diz que o objetivo agora, até 2015, é detectar astros ainda mais velhos, e também mais novos, para entender bem a dinâmica de envelhecimento solar. Outra meta é identificar "superterras", com massa entre cinco e dez vezes maiores que a nossa.


Fonte: G1

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

1º Encontro de Astronomia do Instituto Federal Fluminense


O primeiro encontro de astronomia ocorreu nas instalações do Instituto Federal- campus Itaperuna no dia 22/08/13. Logo pela manhã pudemos ter a ilustre presença do Prof. Dr. Tibério Vale, que nos proporcionou grande aprendizado com sua palestra sobre evolução estelar. Participaram todos os integrantes dos clubes, assim como os alunos e professores interessados, o que contribuiu para uma apresentação onde além de adquirir mais conhecimento, pudemos tirar várias dúvidas.



Durante tarde conhecemos os diversos projetos e clubes que compõem o Programa de Astronomia, desenvolvido pelo IFF. Discutimos ideias, conversamos, tudo para que possamos cumprir com excelência a principal proposta do programa: popularizar a ciência, sobretudo a astronômica, nas diversas regiões fluminenses. E para fechar com chave de ouro, fizemos o lançamento de um foguete seguido de uma observação com o telescópio. Foi de grande valor este encontro, e em breve nos prepararemos para que hajam muitos mais.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Imagens revelam jatos de energia de estrelas jovens indo em direção à Terra

Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) obtiveram imagens detalhadas do material energético que se afasta de uma estrela recém-nascida em uma constelação visível da Terra. 
Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono no objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrônomos descobriram que o gás ejetado transporta muito mais energia e quantidade de movimento do que se pensava anteriormente. As novas imagens revelaram também um jato anteriormente desconhecido que aponta em uma direção totalmente diferente - se afastando do nosso planeta.

As estrelas jovens são objetos "violentos", que ejetam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilômetros por hora. Quando este material choca no gás circundante, faz ele brilhar, criando um objeto Herbig-Haro - pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém-nascidas. Um exemplo desse tipo de objetos é o Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1,4 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela.

As novas imagens revelam detalhes em dois jatos, um deslocando-se na direção da Terra e o outro na direção contrária. O jato que está se afastando era praticamente invisível em imagens anteriores, devido ao obscurecimento provocado pelas nuvens de poeira que rodeiam a estrela recém-nascida. O telescópio ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) não só obteve imagens muito mais nítidas que as anteriores, como permitiu ainda aos astrônomos medir a velocidade com que o material brilhante se desloca no espaço.

A nitidez e sensibilidade alcançadas nestas observações ALMA permitiram também à equipe descobrir um componente da corrente de gás, desconhecido anteriormente, que parece ser emitida por uma companheira da jovem estrela de massa mais baixa. Esse jato secundário faz praticamente um ângulo reto com o objeto principal - quando observado da Terra -, e encontra-se aparentemente "escavando" seu próprio buraco na nuvem circundante.


Fonte: Terra


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Com brilho 25 mil vezes maior, estrela pode ser vista a olho nu

A Nasa, agência espacial americana, anunciou na última semana a descoberta de uma estrela “nova” dentro da constelação de Delphinus. A Nova Delphini 2013 foi vista pelo astrônomo amador japonês Koichi Itagaki, que vasculhava o céu com um telescópio no dia 14 de agosto. 
Internauta registra a 'Nova Delphini 2013', estrela cujo brilho aumentou 25 mil vezes
O astrofísico da UFSCar Gustavo Rojas, doutor em Astronomia, explica que apesar de o termo ‘nova’ ser usado para descrever a estrela, ela já havia sido catalogada. “Trata-se de um sistema binário, ou seja, de duas estrelas. Uma delas é uma ‘anã branca’, uma estrela que já se apagou e que começou a ‘pegar’ matéria de uma outra estrela”, explica. O resultado é o aumento drástico no brilho.

“Como a estrela aumenta muito de brilho, as pessoas começam a notá-la onde antes não se via nada. Por isso antigamente as pessoas achavam que se tratava de uma estrela nova quando, na verdade, ela já havia sido descoberta”, diz Rojas.

A estrela, fotografada na última sexta-feira pela internauta Meire Ruiz, de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, pode ser visto a olho nu. “Em boas condições é possível observar a estrela no céu, mas provavelmente apenas por algumas semanas até que ela se apague novamente”, afirma o astrofísico.

Segundo a Nasa, o brilho aparente da estrela aumentou repentinamente em 25 mil vezes. Rojas explica que o aparecimento de uma ‘nova’ é relativamente comum. “Surgimento de ‘novas’ acontecem todo o ano, mas geralmente não são tão brilhantes, nem visíveis a olho nu”, conta.



Fonte: Terra

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Planeta superquente do tamanho da Terra completa órbita em só 8,5 horas

Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) descobriram um planeta fora do Sistema Solar do tamanho da Terra que cumpre sua órbita completa --o que para nós equivale a um ano-- em estonteantes oito horas e meia, um dos períodos orbitais mais curtos já detectados até hoje. 
Batizado de Kepler 78b, o planeta está muito perto de sua estrela. Os cientistas estimam que o raio orbital seja equivalente a só três vezes o raio do seu sol. A temperatura por lá é alta, até 2.760 º C, o que significa que a camada mais superficial do planeta deve ser completamente derretida, tornando-o um grande oceano de lava.

O Kepler 78b foi detectado por meio da luz emitida pelo próprio planeta --é a primeira vez que pesquisadores conseguem fazer isso para um astro desse tamanho.

A descoberta, relatada em estudo no "Astrophysical Journal", foi feita após análise de mais de 150 mil estrelas monitoradas pelo telescópio Kepler, da Nasa. Na semana passada, a agência espacial americana anunciou que desistiu de consertar o aparelho, que sofreu um defeito em seu sistema de orientação.



Fonte: Folha

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

WISE é reativado para caçar asteroides

O WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) será reavivado no próximo mês com o objetivo de descobrir e caracterizar NEOs (sigla inglesa para "near-Earth objects"), rochas espaciais que podem ser encontradas em órbitas até 45 milhões de km da Terra, em redor do Sol. 
A NASA antecipa que o WISE fará uso do seu telescópio de 16 polegadas (40 centímetros) e das câmaras infravermelhas para descobrir cerca de 150 NEOs previamente desconhecidos e caracterizar o tamanho, albedo e propriedades térmicas de outros 2000 - incluindo alguns que podem ser candidatos à recentemente anunciada iniciativa da agência.

"A missão WISE alcançou os seus objetivos e a NEOWISE estendeu a ciência ainda mais na sua pesquisa de asteroides. A NASA apoia-se agora neste histórico de sucessos, o que irá melhorar a nossa capacidade de encontrar asteroides potencialmente perigosos, e apoiar a nossa iniciativa de asteroides," afirma John Grunsfeld, administrador associado da NASA para ciência em Washington, EUA. "A reativação do WISE é um excelente exemplo de como estamos alavancando as capacidades existentes por toda a agência para alcançar o nosso objetivo."

A iniciativa de asteroides da NASA será a primeira missão a identificar, capturar e mover um asteroide. Ela representa uma façanha tecnológica sem precedentes, que irá levar a novas descobertas científicas e a capacidades tecnológicas que ajudarão a proteger o nosso planeta. Esta iniciativa faz parte do plano de enviar seres humanos até um asteroide em 2025.

Lançado em Dezembro de 2009 para procurar o brilho de fontes de calor celeste de asteroides, estrelas e galáxias, o WISE capturou cerca de 7500 imagens por dia durante a sua missão principal, desde Janeiro de 2010 até Fevereiro de 2011. Como parte do projeto chamado NEOWISE, o explorador espacial fez o levantamento mais preciso até à data de NEOs. A NASA desligou a maioria dos componentes eletrônicos do WISE quando completou a sua missão principal.

"Os dados recolhidos pela NEOWISE há dois anos provaram ser uma mina de ouro para a descoberta e caracterização da população de NEOs," afirma Lindley Johnson, executivo do programa NEOWISE da NASA em Washington. "É importante que acumulemos o máximo possível deste tipo de dados enquanto o WISE continua a ser um trunfo viável."

Dado que os asteroides refletem mas não emitem luz visível, os sensores infravermelhos são uma ferramenta poderosa para descobrir, catalogar e compreender a população de asteroides. Dependendo da refletividade de um objeto, ou albedo, uma pequena e clara rocha espacial pode ter a mesma aparência que uma grande e escura. Como resultado, os dados recolhidos com telescópios ópticos usando a luz visível podem ser enganadores.

Durante 2010, a missão NEOWISE observou cerca de 158.000 corpos rochosos, de entre cerca de 600.000 objetos conhecidos. As descobertas incluem 21 cometas, mais de 34.000 asteroides na cintura principal entre Marte e Júpiter, e 135 NEOs.

A missão principal do WISE era varrer todo o céu no infravermelho. Capturou mais de 2,7 milhões de imagens em múltiplos comprimentos de onda infravermelhos e catalogou mais de 560 milhões de objetos no espaço, desde galáxias distantes até asteroides e cometas muito mais perto da Terra.

"A equipe está pronta e após uma verificação rápida, vamos começar a grande velocidade," afirma Amy Mainzer, investigadora principal da missão NEOWISE no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "A NEOWISE não só nos dá uma melhor compreensão dos asteroides e cometas que estudamos diretamente, como também nos vai ajudar e refinar os nossos conceitos e planos operacionais de missões espaciais futuras de catalogação de objetos próximos da Terra".



Fonte: NASA (Agência espacial americana)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cientista diz que há 3,5 bilhões de anos era possível beber água em Marte


Há 3,5 bilhões de anos, os seres humanos poderiam ter bebido água do planeta Marte e vivido ali por muito tempo, afirmou neste domingo o cientista da Nasa Joahn Grotzinger.

Em declarações ao jornal La Tercera, Grotzinger destacou que um ano depois que o robô Curiosity chegou com sucesso ao planeta vermelho, "descobriu que é um meio ambiente similar à Terra, em que se os seres humanos teriam estado há 3,5 bilhões de anos e poderiam ter enchido um copo de água e provavelmente bebê-la".

O investigador indicou que o passo mais importante até agora foi descobrir, a partir da análise de rochas no planeta, que existiu um meio ambiente propício para a vida e que persistiu por centenas ou milhares de anos.

O cientista americano ressalta que nesta terça-feira o robô completará um ano em Marte - planeta que é circundado por dois satélites-, onde em poucos meses conseguiu várias das metas propostas na missão de dois anos: caracterizar a água e a atmosfera e achar meio ambientes que no passado puderam suportar a vida.

Desde então, se transformou na missão mais popular da agência espacial americana. Tem uma conta com mais de 1,3 milhão de seguidores no Twitter e o Curiosity foi postulado como personagem do ano pela revista Time.

"Foi um ano muito bom. Pudemos aterrissar, que era algo sobre o qual todos estávamos nervosos e depois de oito meses conseguimos a meta primária da missão: que a água não era ácida como as missões anteriores detectaram, mas tinha um PH (potencial hidrogênio) neutro", disse.

Grotzinger afirmou que embora Marte tenha perdido umidade e hoje seja um deserto frio, as análises do Curiosity mostram que "pôde ser um local onde microorganismos teriam vivido facilmente".

O cientista explica que o robô realiza atualmente sua viagem mais longa na superfície de Marte. O trajeto foi iniciado em 4 de julho e deverá percorrer oito quilômetros rumo ao monte Sharp, uma montanha de 5.500 metros, em um deslocamento que poderá durar entre sete e nove meses.

"Será uma longa viagem, nos deteremos em algumas ocasiões para fazer medições, mas estamos comprometidos em dirigir ao monte o mais rápido possível", comentou.

O cientista explicou que a ideia original da viagem era aterrisar próximo de sua base, no centro da cratera Gale, pois as imagens do planeta tomadas desde a órbita mostram camadas e camadas no terreno que falam de diferentes idades geológicas, além de cores de minerais que poderia ter água.

Grotzinger, chefe da missão do Curiosity, acredita que nessa zona do planeta Marte, o quarto planeta do sistema solar mais próximo ao sol, há mais possibilidades de encontrar meio ambientes habitáveis.


Fonte: Terra


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