quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Observação do Fim do Mundo - Fotos
Ocorreu no último dia 20 o "Observação do Fim do Mundo",
um evento organizado pelo Clube de Astronomia, que contou também com a ajuda do
Clube de Música do IFF-Campus Itaperuna.
Cartaz de divulgação do evento |
Na ocasião observarmos além da Lua e de planetas como Júpiter e Urano, estrelas das principais constelações no céu, como, Sirius de Cão Maior, Aldebaran de Touro e Rigel de Orion, aglomerados estelares como as Plêiades e a Galáxia de Andrômeda.
Também rolou muito Rock n' Roll com a galera do Clube de Música, que tocaram de Legião a Jimi Hendrix.
Abaixo segue algumas fotos do evento:
Demais fotos:
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domingo, 16 de dezembro de 2012
Observação do Fim do Mundo - Trailler
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Observação Celeste - Ocultamento de Júpiter pela Lua!
Chamem seus amigos e venham para o IFF observar a ocultação de Júpiter
pela Lua com o Clube de Astronomia do Noroeste
Fluminense - Caronte! /o
Além
desse espetáculo que Júpiter e a Lua estrelarão teremos no céu de 28/11 Marte,
Urano, Netuno, a Galáxia de Andrômeda e algumas das estrelas mais visíveis em
nosso hemisfério.
OBS.: Não precisa ser aluno da instituição para participar. É uma observação aberta a toda comunidade!
OBS.: Não precisa ser aluno da instituição para participar. É uma observação aberta a toda comunidade!
Céu no dia da observação as 20h30. Júpiter está ocultado pela Lua neste momento. |
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Planeta errante vaga pelo espaço sem estrela
O planeta errante não orbita em torno de uma
estrela e, por isso, não tem luz para refletir; o fraco brilho que ele emite
pode ser detectado apenas no infravermelho. O objeto parece azulado nesta
imagem infravermelha porque grande parte da radiação nos maiores comprimentos
de onda infravermelhos é absorvida por metano e outras moléculas existentes na
atmosfera do planeta. No visível, o objeto é tão frio que apenas brilharia
muito pouco com uma cor vermelha escura, quando visto de perto.
Planeta solitário
Astrônomos identificaram um corpo celeste que
é, muito provavelmente, um planeta vagando solitário pelo espaço, não girando
em torno de uma estrela hospedeira.
Este é, até agora, o melhor candidato a
planeta errante e o mais próximo do Sistema Solar, a uma distância de cerca de
100 anos-luz.
A sua relativa proximidade, juntamente com a
ausência de estrela brilhante muito próxima, permitiram à equipe de astrônomos
estudar a sua atmosfera em detalhes.
Este objeto deu também aos astrônomos uma
ideia do tipo de exoplanetas que futuros instrumentos poderão observar em torno
de estrelas diferentes do Sol.
Planetas órfãos
Os planetas errantes são objetos com massas
típicas de planetas, que vagam no espaço sem ligação com nenhuma estrela.
Planetas são a regra e não a exceção na Via láctea |
Possíveis exemplos de planetas sem estrelas já
foram encontrados anteriormente, mas sem o conhecimento das suas idades, não
foi possível saber se eram realmente planetas ou anãs marrons - estrelas
"fracassadas" que não conseguem ter tamanho suficiente para dar
início às reações termonucleares que fazem brilhar as estrelas.
Estes objetos começaram a ser conhecidos na
década de 1990, quando astrônomos descobriram que é difícil determinar o ponto
a partir do qual uma anã marrom passa para a faixa das massas planetárias.
Estudos mais recentes sugeriram que pode haver
uma quantidade enorme destes corpos pequenos na nossa galáxia, com uma
população quase duas vezes maior que as estrelas.
Associação de estrelas
Agora, os astrônomos descobriram um objeto,
chamado CFBDSIR2149, que parece fazer parte de um grupo de estrelas próximas
conhecido como Associação estelar AB Doradus.
VLT do ESO, um dos telescópio utilizado para detectar o planeta errante. |
Os pesquisadores encontraram o objeto em
observações feitas com o Telescópio Canadá-França-Hawaii e utilizaram em
seguida o Very Large Telescope (VLT) do ESO para examinar as suas propriedades.
As imagens obtidas em épocas diferentes
permitiram medir o movimento próprio do objeto no céu e compará-lo ao dos
membros da associação AB Doradus.
A associação AB Doradus é o grupo estelar
deste gênero mais próximo do Sistema Solar. As estrelas que o compõem
deslocam-se em conjunto no espaço e acredita-se que se tenham formado todas ao
mesmo tempo.
Existe uma pequena probabilidade de que a sua
ligação ao grupo seja fortuita. Mas ele estiver mesmo associado a este grupo -
sendo, neste caso, um objeto jovem - será possível deduzir muito mais sobre as
suas características, incluindo a temperatura, massa e composição da atmosfera.
Planeta sem estrela
Esta é a primeira vez que um objeto errante de
massa planetária é identificado como fazendo parte de um grupo estelar em
movimento, e a sua ligação ao grupo torna-o o candidato a planeta errante mais
interessante a ser identificado até agora.
A ligação entre este novo planeta errante e o
grupo estelar é uma pista vital, que permitirá aos astrônomos calcular a idade
do objeto recém-descoberto.
Na imagem CFBDSIR2149 não passa de um tênue ponto azul. |
A análise estatística do movimento próprio do
objeto - a variação da sua posição angular no céu a cada ano - mostra uma
probabilidade de 87% do objeto estar ligado à associação AB Doradus, e mais de
95% de probabilidade de ser suficientemente jovem para ter uma massa
planetária, tornando-o assim muito mais provável em ser um planeta errante do
que uma pequena estrela "fracassada". Na imagem
A ligação ao grupo estelar AB Doradus poderá
apontar para uma massa do planeta de aproximadamente 4 a 7 vezes a massa de
Júpiter, com uma temperatura efetiva de cerca de 430 graus Celsius. A idade do
planeta seria a mesma que a do próprio grupo - 50 a 120 milhões de anos.
"Procurar planetas em torno de estrelas é
semelhante a estudar um vagalume que se encontra a um centímetro de um farol
potente de automóvel distante," diz Philippe Delorme, autor principal do
novo estudo.
"Este objeto errante próximo oferece-nos
a oportunidade de estudar o vagalume em detalhes, sem que as luzes brilhantes
dos faróis do automóvel estraguem tudo."
Formação dos planetas errantes
Acredita-se que os planetas errantes, como o
CFBDSIR2149, formam-se ou como planetas normais que foram ejetados dos seus
sistemas planetários, ou como objetos solitários, tais como estrelas muito
pequenas ou anãs marrons.
Em ambos os casos, estes objetos são bastante
intrigantes - ou como planetas sem estrelas ou como os menores objetos
possíveis, num intervalo que vai desde as estrelas de maior massa às leves anãs
marrons.
Representação de uma anã-marrom |
"Estes objetos são importantes, já que
nos podem ajudar a compreender melhor como é que os planetas são ejetados dos
sistemas planetários ou como é que objetos muito leves podem resultar do
processo de formação estelar," diz Philippe Delorme. "Se este pequeno
objeto for um planeta ejetado do seu sistema nativo, ele nos dá a imagem de
mundos órfãos, perambulando no vazio do espaço."
Estes mundos podem ser comuns - talvez tão
numerosos como as estrelas normais.
Se o CFBDSIR2149 não estiver relacionado à
Associação AB Doradus, será mais complicado conhecer a sua natureza e
propriedades, e poderá ser caracterizado como uma anã marrom. Ambos os cenários
representam questões importantes sobre como planetas e estrelas se formam e
comportam.
Fonte: Inovação Tecnológica
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Very Large Telescope (VLT)
Astrônomos encontram superterra em região habitável!
Superterra
Uma
equipe de astrônomos de vários países encontrou uma "superterra", um
planeta que pode ter um clima parecido com o da Terra e com potencial para ser
habitado, a apenas 42 anos-luz de distância.
O
planeta orbita em volta da estrela HD 40307. Anteriormente, sabia-se que três
planetas orbitavam em volta desta estrela, todos eles próximos demais para
permitir a existência de água.
Planeta HD 40307g |
Mas
outros três planetas foram encontrados em volta da HD 40307, entre eles a
"superterra", que tem sete vezes a massa da Terra e está localizada
na área habitável do sistema, onde a água líquida pode existir.
Esta
última descoberta se junta aos mais de 800 exoplanetas (planetas de fora do
Sistema Solar) já conhecidos pelos cientistas.
E
parece ser apenas uma questão de tempo para os astrônomos finalmente
encontrarem a chamada "Terra 2.0", um planeta rochoso com atmosfera e
orbitando uma estrela parecida com o Sol, localizado em uma zona habitável.
Planeta
com dia e noite
O
planeta, batizado de HD 40307g, tem a órbita mais externa entre os seis em
volta da estrela e percorre esta órbita em um tempo equivalente a 200 dias
terrestres.
E,
o mais importante, os cientistas acreditam que o planeta gira em torno de seu
próprio eixo, o que gera o efeito de dia e noite. Com isso, aumentam as chances
de ele ter um ambiente mais parecido com o da Terra.
"A
órbita mais longa do novo planeta significa que seu clima e atmosfera podem ser
os certos para abrigar a vida", disse Hugh Jones, da Universidade de
Hertfordshire, que participou da pesquisa.
HD 40307g está na zona habitável de seu sistema estelar |
A
estrela HD 40307 é uma versão menor e mais fria do Sol, que emite luz laranja.
Foram
as variações sutis nesta luz que permitiram que os cientistas, trabalhando com
a rede Rocky Planets Around Cool Stars (Ropacs), descobrissem os outros três
planetas.
Revelado
pela luz
A
equipe internacional de cientistas usou um instrumento chamado HARPS,
localizado no Observatório Europeu do Sul, em La Silla, Chile.
O
HARPS não vê os planetas diretamente mas detecta pequenas mudanças na cor da
luz de uma estrela causada pelas pequenas alterações gravitacionais causadas
pelos planetas, uma medição e alta precisão.
HARPS |
O
próximo passo da equipe de cientistas é usar telescópios baseados no espaço
observar diretamente o planeta HD 40307g e descobrir qual é sua composição.
Recentemente,
o HARPS foi usado para localizar outro exoplaneta, desta vez orbitando uma
estrela do sistema Alpha Centauri, o mais próximo ao Sistema Solar, a apenas
quatro anos-luz de distância.
Alguns dos exoplanetas com maior compatibilidade com a Terra |
Fontes: BBC e Inovação Tecnológica
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Um Universo de Galáxias
Imensidão Galáctica
Os
cientistas estimam que existam pelo menos 125 bilhões de galáxias no universo.
Diante disso, a via láctea – a galáxia onde se localiza a Terra seria apenas
como uma gota d`água em um vasto oceano.
Um
ano-luz é uma distância e tanto. Equivale a 9,5 trilhões de quilômetros - algo inimaginável para a nossa escala
cotidiana, no entanto íntimo para a astronomia, que está acostumada a trabalhar
com números e escalas bem maiores. Para sermos mais precisos, um ano-luz é a
distância que a luz percorre no vácuo durante o período de um ano à velocidade
de 300.000 Km/s. A Via Láctea, a galáxia onde se localiza o sistema solar, têm
diâmetro de 100 mil anos-luz. Ou seja, para ir de um extremo ao outro seriam
necessários 100 mil anos viajando na velocidade da luz! Pode parecer bastante
mas para as dimensões do universo ainda é bem pouco.
Andrômeda, galáxia mais próxima da Via láctea e mesmo assim muito distante |
A
galáxia de Andrômeda, vizinha da Via Láctea, localiza-se a aproximadamente 2,3
milhões de anos-luz de distância. Retomando a comparação, para chegar a
Andrômeda um viajante gastaria mais de 2 milhões de anos cruzando o espaço na
velocidade da luz.
É
impressionante, mas é bom lembrar que, levando em conta as distâncias
astronômicas, ir da Via Láctea a Andrômeda seria como sair de casa e chegar, no
máximo, à casa do vizinho. Assim, pensando que podem existir 125 bilhões de
galáxias no universo, como calculam os astrônomos, é possível ter uma ideia da
grandiosidade do cosmos.
Primeiras observações
A
galáxia é um conjunto massivo de centenas de milhões de estrelas que sofrem os
efeitos de uma mesma gravitação e orbitam em torno de um centro comum. Em uma
noite límpida, todas as estrelas que podemos ver a olho nu, por exemplo,
pertencem à mesma galáxia onde se situa a Terra, a Via Láctea. Além de
estrelas, um galáxia tem planetas e outros corpos rochosos, raios cósmicos,
nuvens de gás e poeira.
Via láctea vista da Terra |
O
astrônomo persa Al-Sufi (903-986) teria sido o primeiro a identificar uma
galáxia alam da Via Láctea: a de Andrômeda. Ainda assim, até metade do século
XVIII, apenas três galáxias haviam sido observadas e descritas.
Com
o desenvolvimento e a sofisticação dos telescópios os astrônomos puderam
encontrar outras. Com o uso de lentes potentes, o francês Charles Messier
(1730-1817) foi capaz de catalogar, até 1780, 32 galáxias. Cada uma delas
ganhou um número, antecedido da letra M, em homenagem ao seu descobridor. Por
isso Andrômeda é catalogada entre os estudiosos como M31.
Visão do passado
A
fotografia espacial é uma ferramenta importantíssima no estudo de galáxias. Com
o auxílio dela, os cientistas já detectaram galáxias localizadas a mais de 10
bilhões de anos-luz da Terra. Isso quer dizer que a luz captada pelos nossos
telescópios foi emitida por algumas estrelas há mais de 10 bilhões de anos.
Vários desses corpos celestes estão tão distantes que podem ajudar a contar o
passado do universo.
O telescópio Hubble durante um bom tempo foi a principal ferramenta na busca por novas galáxias |
Até
o início do século XX, muitos conjuntos de estrelas eram tidos como nebulosas –
uma formação de moléculas gasosas que compõe uma espécie de nuvem.
Em
1755, o filósofo Immanuel Kant (1725-1804) levantou a hipótese de que algumas
poderiam ser sistemas estelares semelhantes ao nosso. Na época, sua tese não
foi levada a sério, mas, passados mais de 150 anos, os astrônomos perceberam
que Kant tinha razão, pois constatou-se que várias nebulosas catalogadas pelos
cientistas eram, na verdade, galáxias.
O
astrônomo norte-americano Edwin Hubble foi o primeiro a classificar as
galáxias. Em sua maioria, elas têm aspectos regulares que permitem enquadrá-las
em duas classes (espirais e elípticas), de acordo com seu formato. Galáxias sem
forma definida são chamadas de irregulares.
Grupos
galácticos
Os cientistas constataram que as
galáxias quase sempre são encontradas em grupos – chamados também de
aglomerados ou cúmulos. A Via Láctea, por exemplo, pertence ao aglomerado
denominado Grupo Local. Considerado pequeno, ele é composto de 40 membros que
ocupam uma extensão de 3 milhões de anos-luz em sua maior dimensão. As duas
galáxias mais luminosas desse grupo são a Via Láctea e Andrômeda, ambas de
formato espiral.
Um retrato da imensidão galática. Cada ponto que você vê na imagem representa uma galáxia. |
Os aglomerados, contudo,não são
as maiores estruturas do universo. Há ainda os superaglomerados ou
supercúmulos, conjuntos separados por grandes distâncias. O mais conhecido
entre todos é o Supercúmulo Local, do qual a Via Láctea faz parte. Ele tem cerca
de 100 milhões de anos-luz de extensão e, além de ser composto pelo Grupo Local
de galáxias, inclui o aglomerado de Virgem.
Colisão sideral
Céu noturno daqui a 4 bilhões de anos
terá como atração a colisão entre nossa galáxia
e Andrômeda. Tal fenômeno resultará na
formação de um nova galáxia elíptica.
|
O encontro entre duas galáxias,
no entanto, nem sempre resulta em uma fusão. Se a interação entre elas é fraca,
ambas podem sobreviver, mas o efeito da maré gravitacional provoca o surgimento
de pontes ou caudas em um ou nos dois lados das galáxias.
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Fonte: Atlas do Universo
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Um Brilho no Céu - Estrelas e seu ciclo de vida
As
estrelas, brilham e morrem em um processo contínuo que ocorre desde o
nascimento do universo.
Nebulosas, verdadeiros berçários estelares |
O
telescópio espacial Hubble captou a cerca de 1,500 anos-luz da Terra uma das
imagens mais fascinantes já observadas: um berçário de estrelas. As lentes do
Hubble foram direcionadas para a Constelação de Órion e localizaram na Nebulosa
de Cabeça de Cavalo uma nuvem fria de gás e poeira interestelar, da qual se
originam novas estrelas.
O berçário em questão não é o único no universo. A todo momento, estrelas nascem
e começam a emitir brilho e energia. Milhões delas sequer foram detectadas
porque sua luz vai viajar durante muito tempo até que e torne visível na Terra
– o brilho das estrelas recém-nascidas de Cabeça de Cavalo levaram 1,500 anos
para chegar até aqui.
As
estrelas formam-se de nuvens frias de poeira e gases. Devido a um processo
ainda não totalmente compreendido, essa concentração de material começa a se
contrair em decorrência da ação de sua própria gravidade. A energia
gravitacional, então, transforma-se em energia térmica. Cerca de 1 milhão de
anos, forma-se o que será o futuro do núcleo da estrela, que se torna
gradativamente mais concentrado e quente.
Proto Sistema Solar. O Sol ao centro é
uma estrela "recém-nascida" com
alguns poucos milhares de anos.
|
O
Sol tem 4,6 bilhões de anos e estima-se que ele deva durar mais 6 bilhões de
anos antes de se apagar. Sua luz possui tom amarelado, o que tem relação com a
temperatura de sua superfície. Veja, a estrela mais visível a partir do
hemisfério norte da Terra, tem luz branca e é mais quente do que o Sol. Antares
parece ser laranja-avermelhado e teria, portanto, temperatura menos do que a
solar.
O brilho da supernova
Na
noite de 4 de julho de 1054, como costume astrônomos chineses observaram o céu
e notaram algo estranho: um brilho intenso próximo à estrela Zeta, na
Constelação de Touro. Era um fenômeno nunca visto até então e que, durante as
semanas seguintes, chamou a atenção de todos. Já no século XX, depois de
estudar a Nebulosa de Caranguejo, os astrônomos concluíram que ela era
resultado da explosão de uma estrela ocorrida há cerca de 900 nos. A
constelação foi a chave para relacionar o registro dos chineses à explosão de
uma supernova. O que os chineses viram, na verdade, teria sido o espetacular
fim de uma estrela. A Nebulosa de Caranguejo encontra-se a cerca de 6,5 mil
anos-luz da Terra e têm diâmetro de 6 anos-luz. É provável que a estrela que
deu origem à Nebulosa tivesse massa inicial próxima de dez massas solares. Em
1969, foi descoberto em seu centro um pulsar que gira 33 vezes por segundo,
emitindo raios X, o que transforma a Nebulosa em uma poderosa fonte de
radiação.
A Nebulosa do Caranguejo (foto) teve sua origem de restos de uma supernova |
A
supernova é fruto de uma estrela de grandes proporções que chegou ao fim. Após
queimar seu combustível, esgotando assim suas reservas de hidrogênio e hélio, a
estrela entra em colapso. Num primeiro momento encolhe-se ao ponto de ficar com
diâmetro de 20 quilômetros. Em seguida, explode violentamente – é o fenômeno da
supernova.
A
extraordinária explosão marca o fim da estrela gigante. Sucedem-se um repentino
aumento de luminosidade e uma enorme liberação de energia. Uma supernova
desprende, em dez segundos, cem vezes mais energia que o Sol em toda a sua
vida. Depois da explosão da estrela que dá origem à supernova sobra um
remanescente gasoso que se expande e brilha durante milhões de anos. Estima-se
que em nossa galáxia ocorram duas supernovas por século.
A
explosão que põe fim a vida de uma estrela supergigante ocorre porque seu
pesadíssimo núcleo de ferro não é capaz de suportar a própria gravidade. Sem
fusão nuclear em seu interior, a estela colapsa, expulsando para o exterior
resíduos de gases que se expandem e brilham por centenas ou milhares de anos.
Os elementos expulsos durante a explosão da estrela fornecem material ao meio
interestelar. A partir dele, formam-se novas gerações de estrelas.
O apagar das luzes
A
maioria das estrelas inclusive o Sol, não possui características para explodir
em forma de supernova. Nesse caso, o fim delas é menos vistoso, mas não menos
espetacular. O processo desenvolve-se do seguinte modo: quando a estrela
consome todo o hidrogênio, seu núcleo passa a encolher, “empurrado” pela
pressão gravitacional.
Ao
mesmo tempo que isso acontece, as camadas exteriores são aquecidas e
expandem-se. A estrela aumenta seu brilho e transforma-se em uma gigante
vermelha. Inicia-se, então, um novo tipo de reação: em temperaturas ainda mais
altas, o hélio converte-se em carbono. Entre as estrelas menores, o processo
termina aí, com o hélio sendo totalmente consumido – trata-se da chamada anã
branca. As estrelas de maior massa, por sua vez, avançam para outro estágio:
ainda há energia suficiente para transformar o carbono em substâncias ainda
mais pesadas, como o ferro.
No caso do Sol,
prevê-se que daqui a 6 bilhões de anos, após queimar todo o hidrogênio, ele se
transforme em gigante vermelha. Seu brilho deve ser 2 mil vezes superior ao
atual e a energia emitida será tão intensa que, caso ainda exista, a vida na
Terra será devastada. Os oceanos vão evaporar e a atmosfera será destruída. Por
fim, o Sol ficará tão grande que invadirá as orbitas de Mercúrio, Vênus e,
talvez, da Terra. Depois disso, passados 1,5 bilhão de anos, o Sol deve virar
uma anã branca.
Fonte: Atlas do Universo
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Estudo vislumbra primeiro planeta "brasileiro"
Um grande estudo liderado por um pesquisador da
Universidade de São Paulo está muito perto de encontrar os primeiros planetas
"brasileiros" fora do Sistema Solar.
Jorge Meléndez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), chefia o grupo internacional responsável pelo trabalho, que tem por objetivo decifrar como surgem as diversas arquiteturas possíveis para um sistema planetário.
Jorge Meléndez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), chefia o grupo internacional responsável pelo trabalho, que tem por objetivo decifrar como surgem as diversas arquiteturas possíveis para um sistema planetário.
Para tanto, ele obteve 88 noites de observação
no telescópio de 3,6 m do Observatório Europeu do Sul (ESO) em La Silla,
Chile. É lá que está o espectrógrafo Harps, festejado na semana passada pela
descoberta de um mundo do tamanho da Terra em Alfa Centauri B. Ele mede
variações na luz vinda das estrelas, causadas por um bamboleio sutil que é
sintoma da influência gravitacional de planetas por perto.
As 88 noites estão distribuídas ao longo de
cinco anos (de 2011 até 2015), mas resultados parciais foram apresentados
durante a 37ª Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).
E já se pode falar algo dos possíveis primeiros
planetas descobertos por uma pesquisa nacional, embora não se possa ainda
cravar o achado (é costume dos caçadores de planetas só fazer um anúncio quando
uma órbita completa é observada). Por ora, já se viu sinais de um candidato a
"Saturno quente" (um planeta do porte de Saturno, mas muito próximo
de sua estrela) e de outro similar a Júpiter.
Química estelar - O que chamou a atenção do ESO
para a aprovação do projeto brasileiro não foi tanto a perspectiva de encontrar
planetas, mas a possibilidade de desvendar uma possível relação entre a
composição química da estrela e seu sistema de planetas.
Meléndez e seus colegas concentram seus
esforços nas chamadas "gêmeas solares", estrelas que têm basicamente
os mesmos parâmetros do Sol. No entanto, a metalicidade (teor de metais) desses
astros varia levemente. Os pesquisadores acreditam que exista uma relação entre
a presença menor de metais na estrela e a formação de planetas do tipo rochoso,
como a Terra, nas regiões mais internas do sistema.
Nesse contexto, o astro mais interessante
dentre as 70 gêmeas solares que estão sendo observadas tende a ser uma estrela
batizada de HIP 56948. Ela é praticamente idêntica ao Sol, inclusive em
metalicidade.
E o que os astrônomos viram nela, até agora, é
exatamente nada, o que na verdade é uma grande notícia. "Isso significa
que, ao menos perto da estrela, o sistema está livre de planetas gigantes. É
interessante, porque permitiria a existência de planetas rochosos nessas
regiões."
Caso a relação entre a metalicidade e a
configuração dos sistemas planetários seja real, será uma revolução na busca
por planetas extrassolares, facilitando achar "gêmeas idênticas" da
Terra.
Fonte: Folha de São Paulo
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Mar de Estrelas
O
céu noturno sempre encantou o homem, que mesmo sem instrumentos de observação,
é capaz de ver em uma noite clara mais de 5 mil estrelas pertencentes à Via
Láctea. Com um telescópio simples, elas podem se multiplicar centenas de vezes,
enquanto com um aparelho mais potente transformam-se em centenas de milhões de
pontinhos brilhantes no céu.
Apenas na Via Láctea estima-se que existam cerca de 200 bilhões de estrelas. |
Durante
muito tempo, as estrelas foram um mistério para o ser humano. Acreditava-se,
por exemplo, que elas ocupavam uma posição fixa na abóbada celeste. Apenas no
século XIX os astrônomos passaram a compreender sua natureza. Descobriu-se que
são gigantescas esferas de gás incandescente. Conforme a luz emitida, os
cientistas são capazes de calcular seu brilho, sua cor e sua temperatura.
Todas
elas são esferas formadas por gás quente, basicamente hidrogênio e hélio. O
hidrogênio é convertido em hélio em um processo de fusão termonuclear, e a
energia resultante transforma-se em luz e calor. Calcula-se que, a cada
segundo, podem ser convertidos em hélio 400 milhões de toneladas de hidrogênio.
Em
consequência desse processo, a estrela emite radiação eletromagnética, o que
inclui luzes visíveis, raios ultravioleta, infravermelhos e ondas de rádio. A
intensidade da luz também pode variar de estrela para estrela. Algumas têm
apenas 5% do brilho do Sol, outras podem ser 500 mil vezes mais brilhantes do
que ele.
Na
década de 1990, os cientistas fizeram uma descoberta há tempos aguardada:
muitas estrelas possuem sistemas planetários, como ocorre no sistema solar.
Porém, ainda pouco se sabe sobre os chamados planetas extrassolares, devido à
sua difícil detecção.
Tamanho do Sol em relação a maior estrela conhecida pelo homem. |
Dados estelares
·
As
maiores estrelas já identificadas têm diâmetros centenas de vezes maior que o
do Sol, enquanto as menores não chegam a possuir 10% de sua massa.
·
Nem
todas as estrelas têm a mesma cor, que pode variar entre tons de vermelho,
laranja e até azul-claro, dependendo da sua temperatura interna. As mais
quentes têm coloração azul e as mais frias tendem ao vermelho.
·
A
temperatura média de cada estrela também varia, assim como sua temperatura
interna e externa. O núcleo do Sol, por exemplo, chega a ter 15 milhões de
graus Celsius, enquanto a camada externa gira em torno dos 5.700 °C.
·
De
modo geral, quanto mais massa a estrela tiver, maior será sua luminosidade e
temperatura. É o caso das supergigantes, que são mais brilhantes por terem
muito mais massa do que outras.
·
95%
das estrelas terminam ou vão terminar sua existência como anãs brancas. Outras
maiores explodem como supernovas, emitindo um brilho que pode chegar a ser 1
bilhão de vezes mais intenso do que o do Sol.
A mais Brilhante
Sirius
é a estrela mais brilhante do céu noturno. Localizada na Constelação de Cão
Maior, está a ‘’apenas’’ 8,6 anos-luz da Terra. Ou seja, a luz de Sirius
observada hoje partiu da estrela há cerca de oito anos.
Durante
séculos, Sirius foi venerada pelos egípcios, que a identificavam como deusa
Sotis. A celebração tinha um motivo específico: quando a estrela surgia no céu,
no início do verão do Hemisfério Norte, principiavam-se as cheias que alagavam
as margens do rio Nilo, responsáveis pela fertilidade das terras egípcias.
Portanto, o aparecimento da estrela era interpretado como anúncio de um período
anual de abundância e prosperidade.
Há
também outras estrelas que chamam a atenção por seu brilho intenso. Entre elas,
destacam-se Canopus, Arcturus, Alfa Centauro e Veja. Já a estrela mais próxima
depois do Sol, próxima Centauro, situada a 4,3 anos-luz da Terra, tem brilho
fraco. Ela é chamada de anã vermelha e sua massa corresponde a aproximadamente
10% da solar.
Se ampliar a imagem cada ponto que ver será uma galáxia... cada galáxia possui bilhões de estrelas.
Fonte: Atlas do Universo
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terça-feira, 4 de setembro de 2012
Episódio 23 - Via-Láctea
No céu é uma faixa clara. No espaço, é a nossa galáxia. No
imaginário da Grécia antiga é um rio de leite. Na visão dos brasileiros
originais é o caminho da Anta pela floresta. Na visão das nossas crianças... É
preciso levá-las para onde possam vê-la.
Fonte: TV Escola
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