No começo deste ano, a dra. Sabine Hossenfelder, física teórica de Estocolmo, na Suécia, fez a sugestão surpreendente de que a matéria escura pode causar câncer. Ela não se referia à "matéria escura" do genoma (outro termo para a DNA lixo), mas às partículas teóricas, sem luz, que os cosmólogos acreditam impregnar o universo e manter as galáxias juntas.
Embora ainda necessite ser detectada diretamente, presume-se que a matéria escura exista porque nós podemos ver os efeitos de sua gravidade. À medida que suas partículas invisíveis passam por nossos corpos, elas podem provocar mutações no DNA, assegura a teoria, somando-se em uma escala extremamente baixa ao índice total de câncer.
Foi perturbador ver dois reinos aparentemente diferentes, cosmologia e oncologia, de repente serem justapostos. Porém, esse foi apenas o começo. Logo após Hossenfelder ter puxado o assunto em ensaio publicado na internet, Michael Rampino, professor da Universidade de Nova York, acrescentou geologia e paleontologia ao cenário.
Em artigo para a Real Sociedade Astronômica, ele propôs que a matéria escura é responsável pelas extinções em massa que periodicamente varreram a Terra, incluindo a que matou os dinossauros.
A ideia é baseada em especulações de outros cientistas segundos os quais a Via Láctea é fatiada horizontalmente pelo centro por um disco fino de matéria escura. À medida que o Sol, viajando pela galáxia, sobe e desce através desse plano escuro, ele gera ecos gravitacionais capazes de deslocar cometas distantes de suas órbitas, enviando-os em rota de colisão com a Terra.
Embora ainda necessite ser detectada diretamente, presume-se que a matéria escura exista porque nós podemos ver os efeitos de sua gravidade
Fonte:Uol
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