As observações, feitas com o telescópio VLT que fica no Deserto do Atacama (Chile) reforçam as teorias que defendem que as galáxias atraem e "consomem" matéria próxima para possibilitar a formação estelar e impulsionar a própria rotação.
O objeto de estudo, que deu origem a conclusões publicadas nesta quinta-feira em um artigo na revista Science, foi um estranho alinhamento entre uma galáxia distante e um "quasar" - núcleo brilhante alimentado por um buraco negro supermassivo.
"Este tipo de alinhamento é muito incomum e nos permitiu fazer observações únicas", explicou o autor principal do artigo, Nicolas Bouché, em comunicado divulgado pelo ESO, sediado em Garching (Alemanha).
A luz do quasar atravessa o material que rodeia a galáxia antes de chegar à Terra, o que faz com que seja possível explorar de forma detalhada as propriedades do gás que fica no entorno da galáxia.
"Esses novos resultados nos oferecem a melhor visão obtida até o momento de uma galáxia em pleno processo de 'ingestão'", ressaltou o ESO.
Durante o processo de criação de novas estrelas, as galáxias esgotam rapidamente suas reservas de gás, que, por isso, deve ser repostas gradualmente para que a atividade possa continuar.
O coautor do artigo, Michael Murphy, garantiu que as propriedades do gás são exatamente as que os cientistas esperavam encontrar, já que se movimenta como supunham, além de estar presente nas quantidade e composição corretas estipuladas nos modelos previamente desenvolvidos.
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