Uma
equipe internacional de astrônomos descobriu a estrela de nêutrons mais pesada
já vista pelo homem – destaca artigo publicado nesta quinta-feira (25) pela
Science. Com apenas 20 quilômetros de diâmetro, o pulsar PSR J0348+0432 chega a
ser duas vezes mais massivo que o Sol, criando uma “supergravidade” em sua
superfície, com uma intensidade 300 bilhões de vezes maior que a sentida na
Terra. Esse peso pesado do Universo, que gira em torno de seu próprio eixo 25
vezes por segundo, vive com uma anã branca, que a orbita a cada duas horas e
meia, em um exótico sistema binário de estrelas. Segundo o autor da pesquisa,
John Antoniadis, do Instituto Max Planck, da Alemanha, esse pulsar "é
também um excelente laboratório para a física fundamental", pois comprova
a Teoria Geral da Relatividade, de Albert Einstein, em que a gravidade é
consequência da curvatura do espaço-tempo criada pela presença de objetos com
muita matéria e energia. (ESO)
Esse raro par de estrelas, descoberto no observatório óptico
de Cerro Paranal, no deserto do Atacama, no norte do Chile, permitiu confirmar
até agora a teoria da relatividade de Albert Einstein, informou esta
quinta-feira o Observatório Europeu Austral (ESO).
"Até agora, as novas observações se encaixam exatamente
nas previsões da relatividade geral e são inconsistentes com algumas teorias
alternativas", acrescentou.
A estrela de nêutrons é um pulsar que emite ondas de rádio,
captadas na Terra pelo potente telescópio Very Large Telescope (VLT) e outros
radiotelescópios, o que permitiu investigar o par de estrelas e pôr à prova os
limites da teoria física.
A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequência da curvatura espaço-tempo, criada pela presença de massa e energia, passou em todas as provas desde que foi apresentada pela primeira vez há quase cem anos, destacou o comunicado.
A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequência da curvatura espaço-tempo, criada pela presença de massa e energia, passou em todas as provas desde que foi apresentada pela primeira vez há quase cem anos, destacou o comunicado.
"Nossas observações em rádio eram tão precisas que já
pudemos medir uma mudança no período orbital de 8 milionésimos de segundo por
ano, exatamente o que prevê a teoria de Einstein", afirmou o cientista
português Paulo Freire, um dos astrônomos que participaram do estudo, publicado
na edição desta sexta-feira da revista Science.
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