Estudantes do IFCE observando mancha solar |
O
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) anunciou o
registro de imagens de manchas solares captadas pelo Núcleo de Astronomia de
campus da cidade de Juazeiro do Norte. O registro ocorreu nos dias 10 e 14 de
maio. São imagens do um grupo de manchas solares AR 1476, ou Região Ativa 1476,
descoberto recentemente por cientistas da NASA. De acordo com o N-Astro, a
“mancha monstro”, como foi apelidada o grupo, pode ser observada sem
instrumentos ópticos, mas é necessário um filtro adequado para evitar danos
permanentes nos olhos.
"Conseguimos
imagens muito boas dessas manchas solares que têm um tamanho anormal das
outras”, afirma o coordenador do N-Astro, Wilame Teixeira. O professor de
física explica que o surgimento das manchas são comuns e a quantidade delas
determina o período da atividade solar. Além das imagens feitas pelos
pesquisadores, os estudantes e professores do campus de Juazeiro do Norte
também observaram a “mancha monstro” no telescópio.
Segundo o
núcleo, que trabalha para a divulgação científica, a segurança para observação
visual e fotográfica da “mancha monstro” do Sol foi possível com a utilização
de um filtro solar especial acoplado ao telescópio. As manchas solares medem um
diâmetro estimado de cerca de 160.000 km, o equivalente a uma área coberta na
superfície do Sol de 12 planetas Terra.
Manchas
solares
"Mancha Monstro", registrada pelo NASA |
De acordo
com a descrição da N-Astro, a imagem em alta resolução obtida pelo telescópio
do núcleo mostra que as manchas solares são formadas por regiões escuras,
chamada “umbras” e com temperatura que chega a 3.800°C, cercadas de regiões
menos escuras, que são as “penumbras” e apresentam temperaturas da ordem de
5.300° C.
Segundo o
núcleo, as manchas solares aparecem escuras na “superfície” do Sol porque ficam
em regiões “frias” em relação às outras regiões vizinhas de temperaturas mais
altas. Ao contrário da cor escura no registro fotográfico, as manchas são
aproximadamente 10 vezes mais brilhantes do que a Lua cheia, segundo os
pesquisadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário