Um
foguete não tripulado privado da empresa SpaceX decolou de Cabo Canaveral,
Flórida, nesta terça-feira (22) numa missão teste
cujo destino é a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês),
tornando-se o primeiro voo comercial a viajar rumo ao complexo orbital.
O “Falcon
9” partiu às 3h44 (hora local) da mesma plataforma de lançamento – reformada –
de onde a NASA lançava seus ônibus espaciais que agora estão aposentados. O
foguete leva a cápsula “Dragon”, com carga para os seis astronautas que ocupam
a ISS.
A carga
de pouco mais de 500 kg leva suprimentos simples, como alimentos, que, apesar
de úteis, não são indispensáveis para os astronautas que estão na ISS. Isso porque
esse voo ainda é visto como um teste, uma forma de mostrar que a empresa e
capaz de levar carga e, posteriormente, astronautas até a estação.
A Space
X, cujo nome completo é Space Exploration Technologies, recebeu da Nasa US$ 1,6
bilhão para fazer 12 voos de reabastecimento para a estação após a aposentadoria
dos ônibus espaciais no ano passado. Ao lado dela, outra empresa, a Orbital
Technologies, também está sob contrato para realizar esses voos robóticos.
Rastro do primeiro foguete privado a decolar rumo à ISS.
Se as
empresas conseguirem provar que podem voar com segurança, os americanos – que
estão sem naves próprias desde a aposentadoria de Discovery, Endeavour e
Atlantis – finalmente poderão voltar ao espaço por conta própria.
Atualmente,
a Nasa dependente da Rússia para enviar tripulação à estação espacial, a um
custo de mais de US$ 60 milhões por pessoa.
O maior
telescópio solar da Europa, chamado Gregor, foi inaugurado nesta segunda-feira
no Observatório do Teide (Tenerife) para auxiliar a observação e compreensão
dos processos solares produzidos na maioria das estrelas do universo.
Durante a
inauguração de Gregor, promovido por um consórcio alemão, o diretor do
Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), Francisco Sánchez, explicou que
esta infraestrutura é uma prova de cooperação que ajuda o desenvolvimento
conjunto.
Os custos
deste telescópio e de seus primeiros instrumentos são de aproximadamente 12,85
milhões de euros, custeados em grande parte pelo consórcio alemão, que inclui o
Instituto de Astrofísica de Potsdam-Leibinz e o Instituto de Pesquisa Solar Max
Planck em Katlenburg-Lindau, como parceiros.
O
Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), assim como o Instituto de
Astrofísica de Göttingen e o Instituto Astronômico da Academia de Ciência da
República Tcheca, também participam deste projeto.
O
telescópio solar Gregor ajudará a compreender melhor os processos físicos que
são produzidos na maioria das estrelas do universo, além de resolver questões
sobre como a atividade solar afeta e danifica os satélites e as redes de
energia da Terra.
O novo
satélite também permitirá uma observação da atmosfera solar com uma resolução
nunca vista até agora. Isso porque, o Gregor possui uma abertura de 1,5 metros,
um número superior ao do resto dos telescópios solares instalados nos
observatórios do IAC.
A
resolução espacial, espectral e temporal permite que os pesquisadores possam
seguir os processos físicos na superfície do Sol em escalas menores - como 70
quilômetros, por exemplo.
Ao
contrário do que ocorre com o resto de telescópios solares, o desenho do Gregor
é totalmente aberto, já que sua cúpula é substituída por um teto retrátil. Esse
mecanismo evita o superaquecimento da estrutura e dos espelhos.
O
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) anunciou o
registro de imagens de manchas solares captadas pelo Núcleo de Astronomia de
campus da cidade de Juazeiro do Norte. O registro ocorreu nos dias 10 e 14 de
maio. São imagens do um grupo de manchas solares AR 1476, ou Região Ativa 1476,
descoberto recentemente por cientistas da NASA. De acordo com o N-Astro, a
“mancha monstro”, como foi apelidada o grupo, pode ser observada sem
instrumentos ópticos, mas é necessário um filtro adequado para evitar danos
permanentes nos olhos.
"Conseguimos
imagens muito boas dessas manchas solares que têm um tamanho anormal das
outras”, afirma o coordenador do N-Astro, Wilame Teixeira. O professor de
física explica que o surgimento das manchas são comuns e a quantidade delas
determina o período da atividade solar. Além das imagens feitas pelos
pesquisadores, os estudantes e professores do campus de Juazeiro do Norte
também observaram a “mancha monstro” no telescópio.
Segundo o
núcleo, que trabalha para a divulgação científica, a segurança para observação
visual e fotográfica da “mancha monstro” do Sol foi possível com a utilização
de um filtro solar especial acoplado ao telescópio. As manchas solares medem um
diâmetro estimado de cerca de 160.000 km, o equivalente a uma área coberta na
superfície do Sol de 12 planetas Terra.
Manchas
solares
"Mancha Monstro", registrada pelo NASA
De acordo
com a descrição da N-Astro, a imagem em alta resolução obtida pelo telescópio
do núcleo mostra que as manchas solares são formadas por regiões escuras,
chamada “umbras” e com temperatura que chega a 3.800°C, cercadas de regiões
menos escuras, que são as “penumbras” e apresentam temperaturas da ordem de
5.300° C.
Segundo o
núcleo, as manchas solares aparecem escuras na “superfície” do Sol porque ficam
em regiões “frias” em relação às outras regiões vizinhas de temperaturas mais
altas. Ao contrário da cor escura no registro fotográfico, as manchas são
aproximadamente 10 vezes mais brilhantes do que a Lua cheia, segundo os
pesquisadores.
Este raro
eclipse anelar aconteceu no domingo (19h30 no horário de Brasília – 7h30 de
segunda no horário de Tóquio). Os mais sortudos puderam observar o fenômeno na
Ásia e na América do Norte.
O fenômeno
acontece quando a órbita da Lua atinge o ponto mais distante encontrando-se
assim mais próxima do Sol.
A
justaposição entre os dois astros permite à lua bloquear 90% dos raios solares,
criando assim o chamado anel de fogo.
Do
extremo-oriente até aos Estados Unidos, o fenômeno foi observado por milhares
de pessoas.
Na
capital japonesa, Tóquio, o céu nublado estragou a festa. Há 173 anos que este
fenômeno não era observado por lá.
Nos
Estados Unidos, o estado de Utah foi o melhor local de observação.
Quem
perdeu o espetáculo terá que aguardar até 2023, data do próximo eclipse total anelar. Porém em Tóquio o fenômeno só poderá ser visto novamente em três séculos.
De onde viemos? A pergunta sempre
intrigou os cientistas e até hoje não tem resposta definitiva. Existe,
inclusive, um ramo específico da astronomia, a cosmologia, que se dedica ao
estudo da origem e evolução do universo. A cosmologia ganhou impulso principalmente
a partir da década de 1920, quando novas descobertas mostraram indícios de que
a chave do mistério do universo poderia ser uma explosão primordial, há certa
de 15 bilhões de anos, conhecida como Big Bang.
A primeira pista foi desvendada pelo
cientista norte-americano Edwin Powell Hubble (1889-1953). Nos anos de 1920, o astrônomo
percebeu que o universo estava em expansão – ou seja, as galáxias estão se
afastando umas das outras.
Como ele chegou a essa conclusão?
Hubble observou com um potente telescópio e notou que o espectro de luz emitido
por elas tendia ao vermelho – um sinal de que todas estavam se distanciando. A
medição usada por Hubble foi baseada no efeito Dopple, pelo qual os componentes
de luz enviados por objetos luminosos se deslocam para o vermelho quando se
afastam e tendem ao azul quando se aproximam.
Dessa forma, Hubble não somente
constatou que as galáxias não moviam aleatoriamente, mas descobriu que seguiam
uma tendência de afastamento. Com isso, percebeu que o universo provavelmente
seria bem maior do que supunha até então e que seu movimento de expansão é
constante. Hoje sabemos que isso ocorre a uma velocidade aproximadamente
50km/s.
Ovo
cósmico
A descoberta de Hubble foi fundamental para
que o belga Georges Edward Lemaître (1894-1966) fosse adiante na explicação da
origem do universo. Lemaître concluiu que no tempo zero havia uma massa
minúscula, chamada por ele de ovo cósmico – ou superátomo – que se contraia e
se expandia a um efeito gravitacional, como já havia comprovado Hubble. Esse
movimento fez com que sua temperatura interna aumentasse muito. Quando atingiu
uma temperatura elevadíssima, o ovo explodiu criando tudo o que existe hoje,
como as estrelas e os plantas, dando também origem ao espaço e ao tempo.
Para explicar o acumulo de energia que
explodiu repentinamente o russo George Gamow cunhou o fenômeno com a expressão
Big Bang – criado em 1915 pelo cosmólogo inglês Fred Hoyll. Assim, a teoria
sustenta a ideia de algo infinitamente pequeno, denso e quente, comprimido em
um tamanho menor do que um núcleo de um átomo. Em um lapso de tempo (menos que
um milésimo de se segundo), o universo cresceu exponencialmente.
Em 1964, mais uma descoberta foi
acrescentada as provas da teoria do Big Bang. Arno Penzias e Robert Wilson
constataram que no espaço a uma radiação cósmica originária do tempo em que
houve a explosão primordial – é a maior evidência para a comprovação da teoria,
também chamada de “Modelo Padrão”, por ser aceita pela comunidade científica
internacional.
Idade
do universo
Estudos mais recentes estimam que o universo tem 13,7 bilhoes de anos
E como podemos mensurar a idade do
universo? Se as galáxias estão se afastando é porque, em algum momento no passado,
todos os elementos estavam juntos. Hubble calculou a velocidade e a distância
entre várias galáxias e chegou a conclusão de que o universo teria
aproximadamente 2 bilhões. Era uma estimativa insustentável, afinal, já se
sabia que a Terra tinha mais que o dobro dessa idade e, portanto, o universo
não poderia ser mais novo do que ela.
Atualmente, vários métodos são usados
para estimar a idade do universo. Um deles é calcular a idade de estrelas mais
velhas de aglomerados estelares, que são formados por milhares de estrelas
atraídas entre si pela ação da gravidade. Uma estrela evolui com a queima de
hidrogênio e, analisando os estágios dessa evolução, pode-se calcular sua idade
aproximada. Si conferirmos ao universo a mesma idade dessas estrelas anciãs, é
possível chegar a números que variam entre 10 e 20 bilhões de anos. O número
mais aceito entre os cientistas é 15 bilhões de anos. De qualquer modo, independentemente
da determinação do instante da explosão inicial e da idade exata do universo, a
teoria do Big Bang é, até agora, a mais viável para explicar seu nascimento.
Um
fim distante
Para onde vamos? Essa é, talvez, a
segunda pergunta que mais intriga os astrônomos. A ciência tem especulado se o
universo pode chegar ao fim. A resposta é sim. Se não continuar a se expandir
suficientemente rápido, como acontece desde o Big Bang, o material que forma o
cosmos acabará por estacionar-se. Isso poderá provocar uma contração, decorrente
da ação da força gravitacional, e o universo voltará a um ponto central,
ocasionando um colapso chamado pelo pelos cientistas de Big Crunch – ou grande
esmagamento.
No fim tudo pode retroceder a um ponto primordial - Big Crunch
Foi em 1992 que estudiosos da
Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, descobriram que 90% da
matéria encontrada no universo é formada por vastos tufos de gás. Esses
elementos, mais o resto das estrelas extintas, podem criar um campo
gravitacional bastante forte para que o material do universo, desprendido no
Big Bang, volte a se juntar. Para que isso ocorra, no entanto, as galáxias
devem parar de se afastar e começar a se aproximar. Como o cosmo continua sua expansão,
e de maneira acelerada, o fim, dessa maneira parece estar muito
distante e improvável.
Os três prováveis fins - Big Crunch, Big Freeze e Big Rip
Porém há outra teoria, onde o universo tornar-se-ia
demasiado frio para poder abrigar a vida devido à contínua expansão. Nesta
teoria, denominada Big Freeze, o universo se expandiria a tal ponto que até
mesmo as estrelas de uma galáxia ficariam muito distantes uma das outras, e com
suas mortes, o universo passaria ser um lugar frio e sem vida.
Paralelo
ao Big Freeze há uma teoria mais recente, cujo afastamento da matéria chegaria ao
nível molecular. A chave desta hipótese é a quantidade de energia escura no
Universo. Se o Universo contém suficiente energia escura, poderia terminar
tendendo a uma desagregação de toda a matéria. Tal teoria é chamada de Big Rip –
ou grande ruptura.
Resumindo:
O vídeo explica em detalhes a origem do universo e sua evolução, segundo a teoria do Big Bang.
O Rio de
Janeiro será sede em agosto da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica
(IOAA), primeira competição científica de alcance mundial realizada no país.
Reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU), a competição vai
acontecer de 4 a 14 de agosto e envolver estudantes de ensino médio de todo o
mundo. No Brasil, os estudantes são selecionados a partir da Olimpíada
Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), disputada anualmente desde 1998.
Todos os estudantes competem nas três
modalidades de prova: observacional, na qual demonstram seus conhecimentos
sobre o céu que podemos ver; teórica, na qual resolvem problemas de astronomia
e astrofísica; e, finalmente, a prova prática, em que utilizam e interpretam
dados como um astrônomo profissional.
Nesta
quarta-feira (09/05) realizamos o segundo lançamento de nosso foguete, com
algumas correções em sua estrutura e na forma de manejar o propelente.
Primeiramente colocamos vinagre (ácido
acético) no “tanque” do foguete e injetamos as cápsulas contendo bicabornato de
sódio, porém uma delas apresentou falha e a reação ocorreu antes do previsto.
Para evitar tal problema, na segunda
tentativa inserimos primeiro as cápsulas, injetando o ácido acético depois.
Felizmente deu tudo certo, e o foguete alcançou 43m, uma marca razoável, visto
que uma das travas de segurança na base de lançamento soltou antes do previsto,
fazendo com que o foguete não fosse lançado com pressão máxima.
Amanhã (11/05) realizaremos o último
lançamento após a prova da XV OBA, com o objetivo de pelo menos dobrar o alcance
do foguete.
Abaixo segue o vídeo com o lançamento e
a falha na primeira tentativa e também fotos do lançamento.
Estava parecendo um laboratório de fabricação de drogas, devido ao Bicarbonato de Sódio... mas era só um bando de doidos tentando fazer um foguete!
Galerinha pronta pra ir para o local de lançamento.
Hoje
(04/05) nos reunimos com os alunos do cursinho preparatório, OBA 2012, para a
confecção do foguete, cujo lançamento é atividade prática desta edição da OBA. Ficamos
todo o período da tarde montando nosso foguete e discutindo assuntos que
envolvem a área de astronáutica.
Galera no laboratório de Física confeccionando o foguete.
O lançamento do foguete será às 15h30
de segunda (07/05) no próprio IFF Itaperuna.
Também
recebemos a visita de Dirk Ross, especialista em meteoritos, que foi instalar
um observatório de chuvas de meteoritos no nosso campus. O observatório se constitui
em duas câmeras “olho de peixe”, que capturam imagens em 360º, e trabalhará em
conjunto com outros dois observatórios instalados pelo pesquisador, em Campos e
Vitória.
Prof. Adriano (a direita) e caçador de meteoritos, Dirk Ross (no centro), com o pessoal do Clube de Astronomia
A nova corrida do ouro será no espaço.
Ou, pelo menos, esse é o plano da Planetary Resouces, empresa criada em 2010
por dois empreendedores da indústria espacial, os engenheiros Eric Anderson e
Peter Diamandis. Na semana passada, ambos anunciaram uma das mais ambiciosas
aventuras idealizadas: minerar metais preciosos de asteroides que passam
próximo à Terra. Em dois anos, a Planetary Resouces pretende pôr cinco
satélites em órbita para escolher os asteroides que mais se prestam à mineração
entre os 9000 que já foram identificados numa distância menor que 200 milhões
de quilômetro e mapeados pelos astrônomos. Em muitos desses asteroides há
fortunas em metais valiosos, como platina e ouro. Mesmo um dos pequenos, com 80
metros de diâmetro, pode ter reservas equivalentes a 100 bilhões de dólares.
James Cameron, um dos fiadores do projeto
Embora pareça mirabolante, o projeto é
financiado por um grupo de bilionários com feitos notáveis no currículo. Entre
eles estão Lerry Page e Eric Schmidt, respectivamente, fundador e presidente do
conselho de administração do Google. O primeiro é dono de uma fortuna de 18,7
bilhões de dólares e o segundo tem 6,7 bilhões no bolso. Figura também Charles
Simonyi, o engenheiro que comandou a criação do Office na Microsoft. O cineasta
James Cameron, de Titanic e Avatar, é uma espécie de protagonista do projeto.
Empresa responsável pelo projeto de exploração em asteroides
Os investidores sabem que a ideia de
mineração espacial não dará lucro tão cedo. Rastrear um asteroide e alcançá-lo
é simples. Já extrair o material e retornar à Terra é um processo que está nos limites
da tecnologia hoje disponível. O custo de cada missão é estimado em até 3
bilhões de dólares e, no início, a operação deverá trazer apenas um punhado de
metal. “Sabemos que não teremos sucesso nas primeiras tentativas”, admite Eric
Andersen, cuja empresa, a Space Adventures, já mandou sete turistas para o
espaço. Eric Schmidt resume o espirito que guia os bilionários por trás do
projeto: “A busca por recursos naturais
levou a descoberta da América, e ela também será decisiva para superação das
fronteiras espaciais.”
Foguete da SpaceX. Futuras missões da NASA serão em foguetes como esse.
A mineração espacial não procura apenas
metais. Um dos maiores desafios para a expansão dos limites do homem no espaço
diz respeito aos recursos necessários para viagem. Ou, melhor, à falta deles. A
necessidade de um grande estoque de água, oxigênio e combustível é um dos
fatores que impedem os astronautas de ir além da Lua. Os asteroides podem ser a
solução para garantir os recursos para sobrevivência em viagens prolongadas.
Explica o engenheiro Louis Friedman, coordenador de um estudo da NASA sobre
como explorar asteroides: “Muitos deles tem água em abundância, essa água pode
ser consumida ou quebrada em oxigênio e hidrogênio, que é combustível”. Coletar
a água e produzir combustível no espaço cortaria enormemente o custo de enviar
esse material da superfície com o uso de foguetes. A exploração pela iniciativa
privada do espaço próxima a Terra será submetida a um teste na semana que vem (provavelmente
será adiado devido à incompatibilidade da nave a ser lançada com o sistema informático
da ISS, porém o lançamento está previsto para ocorrer mais tardar até o fim
deste mês). A empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, criador do sistema de
pagamento pela internet PayPal, lançará a primeira nave privada que visitará a ISS
(Estação Espacacial Internacional, sigla inglesa), a serviço da NASA. Isso será
um marco na corrida pelo espaço, que desta vez pode envolver muito ouro dos
asteroides.
Arte representando exploração de minerias em um asteroide
Astrônomos
da NASA identificaram pela primeira vez uma “vítima”, ou melhor, uma
estrela, engolida por um buraco negro supermaciço. A estrela, composta por gás
hélio, estava a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, e os pesquisadores suspeitam
que ela já estivesse no final de sua vida quando desapareceu. Esse fenômeno só
acontece, em média, a cada 10 mil anos em uma galáxia.
De acordo
com os astrônomos, no dia 31 de maio de 2010, o telescópio Pan-STARRS 1, no
Havaí, detectou uma inesperada luz emanada desta galáxia. A luz foi aumentando
até atingir seu ponto máximo no dia 12 de julho antes de desaparecer
lentamente. O estudo sobre esse “homicídio estelar” está publicado na edição
online da revista Nature.
De acordo
com os pesquisadores, a estrela estava tão próxima que as forças produzidas
pelo campo gravitacional do buraco negro a destruíram. Os gases da estrela
aumentaram a temperatura do buraco negro e produziram a luz detectada pelo
telescópio.
Acredita-se
que boa parte das galáxias abrigue um buraco negro supermaciço, cuja massa é
entre um milhão e um bilhão de vezes maior do que a do nosso sol.
A simulação acima, mostra uma estrela que está sendo
esmagada pela gravidade de um buraco negro supermassivo.
Alguns dos detritos estelares caem dentro do buraco
negro e uma parte é ejectado para o espaço a altas velocidades.
As áreas em branco são regiões de maior densidade, e
as cores avermelhadas correspondem a regiões de densidades mais baixas. Os
azuis, por sua vez, apontam pontos de localização do buraco negro.
O tempo decorrido corresponde à quantidade de tempo
que leva para uma estrela semelhante ao Sol ser rasgada por um buraco negro de
um milhão de vezes mais massivo que o mesmo.
(Crédito: NASA; S. Gezari, The Johns Hopkins
University, e J. Guillochon, University of California, Santa Cruz)
O
astrônomo Tycho Brahe (1546-1601) realizou medições de notável precisão.
Johannes Kepler (1571-1630), discípulo de Tycho Brahe, utilizando os dados
colhidos por seu mestre, descreveu, de modo singelo e preciso, os movimentos
planetários.
1.a Lei (Lei das órbitas):
Tomando
o Sol como referencial, todos os planetas movem-se em órbitas elípticas,
localizando-se o Sol em dos focos da elipse descrita.
2.a Lei (Lei das Áreas):
O
segmento de reta traçado do centro de massa do Sol ao centro de massa de um
planeta do Sistema Solar varre áreas iguais em tempos iguais.
O
ponto mais próximo do Sol chama-se periélio e o mais afastado, afélio.
a) No periélio, a velocidade escalar de um planeta tem módulo máximo, enquanto
que, no afélio, tem módulo mínimo.
b) Do periélio para o afélio, um planeta descreve movimento retardado, enquanto
que, do afélio para o periélio, movimento acelerado.
3.a Lei (Lei dos Períodos):
Para
qualquer planeta do sistema solar, o quociente entre o cubo do raio médio (r)
da órbita e o quadrado do período de revolução (T) em torno do Sol é constante.
Na
figura, as distâncias do afélio e do periélio ao centro de massa do Sol são a e
p.
Raio
médio da órbita (r) – A média aritmética entre a e p:
T
é o período de revolução do planeta em torno do Sol (intervalo de tempo também
chamado de ano do planeta).