O
crescimento de um pé de abobrinha pode render mais assunto do que parece. Ainda
mais quando é plantado no espaço. O nascimento e crescimento da plantinha é
tema do blog “O Diário de uma abobrinha espacial” (Diary of Space Zucchini, em
tradução livre)”, divulgado pelo site da Nasa.
Com
narrativa muito bem humorada escrita pelo astronauta Don Pettit, o leitor fica
sabendo passo a passo da “rotina” da planta em plena estação espacial
norte-americana (ISS, na sigla em inglês).
No poste
inicial, a abobrinha ironiza sua própria condição diante do clima adverso.
"Eu
brotei, introduzida neste mundo sem ninguém me consultar. Eu não sou a mais
bonita; (...) Eu sou o tipo que faz moleques quererem vomitar na mesa do jantar
e serem mandados para a cama sem sua sobremesa; Eu sou útil, a matéria
vegetativa saudável que pode prosperar sob condições adversas. Eu sou uma
abobrinha – e estou no espaço”.
As
“peripécias” da abobrinha são contadas do dia 5 de janeiro a 16 de fevereiro.
Em mais uma de suas divagações, ela reclama do hábito de um dos astronautas de
cheirar suas folhas.
“Meu
jardineiro fica agitado com as minhas folhas. Eu não tenho certeza se eu gosto
disso. Agora eu tenho quatro delas e eu não entendo muito bem porque ele se
comporta dessa maneira. Ele mete o nariz nelas. Será que ele me pegou para ser
algum tipo de lenço? Aparentemente, ele tem prazer em meu cheiro de terra
verde. (...) Talvez este seja um dos meus papéis como um tripulante nesta
expedição”.
Em seu
último depoimento, a abobrinha, já florida, brinca com sua condição de ser a
única mulher da tripulação.
“Eles
estavam animados com minhas flores hoje. Estavam todos ansiosos para ver
pequenas abobrinhas no espaço. Mas eu não tenho coragem de contar-lhes um
pequeno detalhe. Eu produzo dois tipos de flores; masculinas com estames e
femininas, que produzem abobrinhas. Mas como faço parte dessa tripulação
masculina, seria mais apropriado produzir apenas flores masculinas”.
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