segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Premiação da OBA 2016 e I CFC no Campus Itaperuna do Instituto Federal Fluminense




O Clube de Astronomia do Noroeste Fluminense (Caronte), projeto desenvolvido há cinco anos no Campus Itaperuna do Instituto Federal Fluminense, realizou no dia 30 de novembro de 2016 a cerimônia de premiação dos alunos que participaram da 19ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), 10ª Mostra Brasileira de Foguetes e da 1ª Competição de Foguetes Caronte. O evento, organizado pelo professor de Física e coordenador do Caronte, Adriano Ferrarez, reuniu alunos e servidores do IFFluminense no auditório do Parque Acadêmico.

Foram premiados com medalhas de bronze da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica os alunos Aline Alves Fiuza e Anderson Gabriel Souza Rosário. Os demais participantes receberam um certificado. 

 Aline Alves Fiuza recebendo a Medalha de Bronze do Prof. Adriano Ferrarez

Anderson Gabriel Rosário recebendo a Medalha de Bronze do Prof. Adriano Ferrarez

Já a competição interna de lançamento de foguetes do Caronte teve os seguintes vencedores:

1º Lugar: Foguete Titio Coruja

Membros da Equipe do Foguete Titio Coruja recebendo o troféu de 1o Lugar na CFC
2º Lugar: Foguete Jaburu

Membro da Equipe do Foguete Jaburu recebendo o troféu de 2o Lugar na CFC
3º Lugar: Foguete Avengers The First Bimester

Membro da Equipe do Foguete Avengers recebendo o troféu de 3o Lugar na CFC
Segundo Adriano Ferrarez, o projeto de Astronomia desenvolvido no tem mostrado um saldo muito positivo.

"É um projeto de muita importância, tanto na difusão do conhecimento dentro do próprio IFFluminense, quanto das escolas da rede pública na região. Recebemos a visita de muitas crianças ao longo do ano, que têm a oportunidade de aprender sobre Astronomia, conhecer nossos telescópios e outros recursos disponíveis no campus", ressalta Adriano.

De acordo com o professor, o projeto também está contribuindo para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. Dois bolsistas do Caronte pretendem desenvolver seus trabalhos de conclusão de curso, em 2017, em temas ligados ao projeto: um sobre sistema embarcado em foguetes confeccionados com garrafa pet e outro sobre a criação de um aplicativo relacionado ao tema.

Durante a cerimônia de premiação, os integrantes do Caronte fizeram ainda uma homenagem ao professor de Biologia Alex Marca, que ficou à frente do projeto de extensão entre os anos de 2014 e 2015.

Prof. Alex Marca (à esquerda) recebe o Troféu Homenagem das mãos do Prof. Adriano Ferrarez
O diretor de Pesquisa, Extensão e Políticas Estudantis do IFFluminense Itaperuna, Roberto da Silva Lanes Filho, também participou da premiação e aproveitou para mostrar aos alunos o certificado que recebeu da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2005, quando ainda era estudante do ensino médio. "Guardo com muito carinho esse certificado e vejo com muita alegria os alunos aqui do nosso campus também participando de um projeto tão interessante e, hoje, com recursos bem mais avançados dos que aqueles que a gente tinha há 11 anos", contou o diretor.

Comunicação Social Campus Itaperuna

A seguir mais fotos do evento:






 


   
 


 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Asteroide poderia extinguir humanidade, e a Nasa não sabe como nos proteger

  • Um dos maiores medos dos terráqueos é o de que um objeto vindo do céu caia sobre nossas cabeças. E não adianta pensar que a tecnologia espacial já evoluiu o bastante para nos proteger. Segundo astrônomos, caso um grande asteroide seja detectado em direção à Terra, não haveria nada que pudesse ser feito hoje em dia.
    Os pesquisadores possuem diversas estratégias no papel. O difícil seria colocá-las em prática em momento de emergência. "No momento, não há nenhuma tecnologia em meio a um monte de coisas que pudesse ser utilizada", disse Joseph Nuth, do centro espacial Goddard, da Nasa, em um encontro que debateu o tema em San Francisco, nos EUA.
    Segundo os astrônomos, grandes asteroides, com o poder de acabar com a civilização na Terra, são extremamente raros. A probabilidade de um deles atingir a Terra é de uma vez a cada 50 ou 60 milhões de anos. Contudo, o objeto que exterminou os dinossauros se chocou contra a Terra há 65 milhões de anos. Pensando assim, o próximo que teria a Terra como alvo já estaria atrasado.
    E o pior é que os últimos asteroides que despertaram alerta na Terra só foram detectados quando já não havia tempo para evitar um possível evento catastrófico. Em 2014, um cometa que passou perigosamente perto de Marte - e causou calafrios nos cientistas - foi percebido apenas 22 meses antes de quase se chocar contra o planeta vermelho.
  • "Se olharmos para o tempo que demora a programação de missões espaciais, levaríamos cinco anos para lançar uma espaçonave [para deter um meteoro]. Nesse caso, tivemos 22 meses [1 ano e 10 meses] de total aviso", diz Nuth. Com o exemplo, o especialista mostra que não daria tempo de afastar o risco se o pedregulho estivesse na direção da Terra.
    Parte da preocupação dos cientistas é com a falta de conhecimento sobre asteroides. "Nós não temos muitos dados sobre como é o interior de asteroides e cometas. Apenas podemos supor, nos baseando no que sabemos sobre física, rochas e gelo", diz Cathy Plesko, cientista do Laboratório Nacional de Los Alamos.
    Como precaução, Nuth sugere que a Nasa construa um foguete para ser guardado e utilizado em caso de aproximação de um grande asteroide ou cometa. O artefato precisaria estar pronto para ser lançado dentro do prazo de um ano. "É o que poderia mitigar riscos da surpresa de um asteroide sorrateiro vindo de um lugar de difícil observação, como do sol".
    RyanJLane/Getty Images
    Um asteroide de 100 metros de diâmetro (o comprimento de um campo de futebol) que atingisse a Califórnia destruiria cidades e mataria dezenas de milhares de pessoas
    "Estamos fazendo a nossa lição de casa antes de um evento desses. Não queremos fazer nossos cálculos em cima da hora, quando algo já estiver a caminho", disse Plesko. A Nasa e a o órgão dos EUA responsável por segurança nuclear têm estudado asteroides conjuntamente. Em outubro, foi realizada uma simulação do que aconteceria se um enorme asteroide atingisse Los Angeles.

    Quais são as armas na cabeça dos cientistas?

    Ainda não há nada disponível. Mas as ideias para conter, bloquear, desviar ou destruir um asteroide ou cometa que esteja na rota de colisão com a Terra são várias. A mais comum é a de lançar um foguete com explosivos potentes, como bombas atômicas. A explosão poderia desviar a rota do objeto destruidor.
    O uso de ogivas nucleares contra asteroides tem a vantagem da rapidez. Contudo, seus efeitos colaterais incluem estilhaços radiativos caindo sobre a Terra. A alternativa seria o uso de explosivos convencionais ou o lançamento de um objeto que desviasse o asteroide com o impacto. Contudo, a grande carga a ser levada e o tempo que demoraria para calcular a trajetória de choque para desviar o corpo celeste pesam contra esses métodos.
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/12/15/nao-temos-nada-o-que-fazer-contra-asteroide-diz-cientista-da-nasa.htm

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os maiores telescópios terrestres de observação do mundo


As belas imagens de galáxias, nebulosas e planetas que deixam todos fascinados não são simples de obter. Para isso, cientistas investem em modernos telescópios de observação terrestre, com estruturas e espelhos enormes que garantem um bom registro.

 

Os maiores telescópios do mundo:




M. Claro/ ESO
Quatro telescópios formam o VLT (Very Large Telescope), maior conjunto de telescópios ópticos do mundo em uma única localização, no Chile.


ESO
A galáxia NGC 134 foi registrada pelo VLT

O instrumento é o mais avançado do mundo com espelhos principais de 8,2 metros, segundo o ESO (Observatório Europeu do Sul).

Os telescópios podem ser usados separadamente, mas também há a possibilidade de utilizá-los em conjunto, criando uma imagem que permite que os astrônomos observem detalhes com precisão 25 vezes maior do que a dos telescópios individualmente.

A galáxia espiral NGC 134 foi registrada pelo conjunto do VLT. É possível ver na imagem, em vermelho, nuvens brilhantes de gás quente onde as estrelas estão se formando.



Nasa
O LBT (Grande Telescópio Binocular) fica no Mount Graham, a 3.300 metros de altitude nas montanhas do sudoeste do Arizona, nos Estados Unidos. 


Divulgação
DDO 68, galáxia anã

Os dois espelhos do LBT têm 8,4 metros de diâmetro e o telescópio foi criado por um grupo que uniu especialistas italianos, norte-americanos e alemães.

Uma das imagens feitas pelo equipamento (ao lado) mostra a DDO 68, uma galáxia anã com massa muito pequena, mas capaz de aglomerar menores galáxias próximas. A DDO 68 tem uma massa estelar total de 100 milhões de massas solares, cerca de um milésimo da Via Láctea.



Divulgação
O Hobby-Eberly Telesope, vulgo HET, tem um inovador sistema de rastreamento de estrelas que levou a uma redução de 80% nos custos iniciais em comparação com outros telescópios gigantes. Ele foi construído no Texas pela Alemanha e pelos Estados Unidos. O espelho primário do HET tem 11,1 x 9,8 metros.

O telescópio está sendo modificado para "evoluir" para HETDEX (HET Dark Energy Experiment). Serão acrescentados 150 equipamentos que realizam registros fotográficos, o que permitirá que o telescópio mapeie a taxa de expansão do universo primitivo, mostrando como o universo evoluiu.


Santiago Ferrero/ Reuters
Na Espanha, mais precisamente na ilha de La Palma, está instalado o GTC (Gran Telescopio Canarias). O aparelho conta com uma tecnologia avançada e seu espelho refletor tem 10,4 metros de diâmetro. 


Grantecan / Nasmyth-B
A NGC 6946, uma galáxia em espiral

A construção do telescópio, a 2.267 metros de altitude, levou sete anos e foi feita por uma parceria entre instituições da Espanha, México e Estados Unidos. O planejamento começou em 1987, envolvendo mais de mil pessoas e cem empresas. Em 2007, a primeira luz do GTC foi lançada.

O telescópio reproduziu uma imagem da NGC 6946, também conhecida como a galáxia dos fogos de artifício, uma galáxia em espiral que foi descoberta em 1798. O diâmetro da NGC é de aproximadamente 40 mil anos-luz, apenas um terço do tamanho da Via Láctea.



Nasa/JPL
O Observatório W. M. Keck tem dois grandes e potentes telescópios: Keck 1 e Keck 2. Os equipamentos ficam a uma altitude de 4.145 metros, próximos de Mauna Kea, no Havaí. Ambos têm espelhos de 10 metros de diâmetro e começaram a ser planejados em 1997, pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos) e o laboratório Lawrence Berkeley.  O Keck 1 foi inaugurado em 1993, e "seu irmão", Keck 2, começou a ser usado para observações científicas em 1996.



Janus Brink
O maior telescópio do hemisfério sul é o SALT (Grande telescópio Sul-Africano). Ele conta com um espelho primário hexagonal de 11 metros de diâmetro e está em operação integral desde 2011. 


Salt
nebulosa Laguna

Também conhecido como SALT, o aparelho fica em um observatório perto da cidade de Sutherland, na província do Cabo do Norte, e foi financiado por um consórcio de parceiros que uniu África do Sul, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Índia, Reino Unido e Nova Zelândia.

Uma das imagens que mostra as belezas que o SALT pode captar é a da nebulosa Laguna, uma gigantesca nuvem interestelar na constelação de Sagitário.



ESO
Desenho do E-ELT (European Extremely Large Telescope)
Além dos telescópios já existentes, projetos de uma nova geração de equipamentos estão saindo do papel. "Não podemos dizer que estão quase prontos, não há um prazo estimado, mas existem três projetos buscando fundos para garantir a construção de telescópios muito maiores do que estamos acostumados", afirma Thiago Signorini Gonçalves, do Observatório do Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O trio tecnológico é composto pelo E-ELT (European Extremely Large Telescope), GMT (Giant Magellan Telescope) e pelo TMT (Thirty Meter Telescope).

"Atualmente os maiores telescópios tmê espelhos de 10 metros por diâmetro, mas esses projetos visam espelhos de ao menos 30 metros. Será o início de uma nova geração, mas acho que é algo que acontecerá por volta de 2024", diz Gonçalves.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/12/07/conheca-os-maiores-telescopios-terrestres-de-observacao.htm

Por: Rodrigo de O. França

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O mistério do objeto mais esférico já encontrado no Universo

Esse é o objeto mais esférico do Universo que já foi estudado

Esse é o objeto mais esférico do Universo que já foi estudado.

Se tem algo raro de se encontrar no Universo, é uma esfera perfeita.

Os planetas e as estrelas não são. As forças centrífugas a que são submetidos fazem com que sejam "esmagados" nos pólos.

Mas, a 5.000 anos-luz da Terra, está Kepler 11.145.123 (ou KIC 11145123), cuja esfera parece desafiar as leis da física. Trata-se do objeto mais esférico encontrado no espaço até agora.

A sua esfera está tão perfeitamente intacta que pesquisadores do Instituto Max Planck para o Sistema Solar e da Universidade de Gottingen, na Alemanha, estão intrigados em descobrir o que leva o objeto a ser alheio às turbulências do espaço.

"Kepler 11145123 é o objeto natural mais esférico que já medimos, é muito mais redondo do que o Sol", disse o astrônomo Laurent Gizon, chefe do estudo.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como sismologia, ou asterosismologia estelar, que estuda a estrutura interna das estrelas e determina a esfericidade do objeto.

Passo de tartaruga

Ao girar em seus eixos, as luas, planetas e estrelas são submetidos a forças centrífugas que achatam seus pólos.

O nosso Sol tem um ciclo de rotação de 27 dias e o raio da sua circunferência é 10 quilômetros maior na sua linha do equador do que nos pólos. No caso da Terra, essa diferença é de 21 quilômetros.

Já a KIC 11145123 apresenta uma diferença de apenas 3 quilômetros, incrivelmente pequena se considerarmos que esta estrela tem um raio de 1,5 milhões de quilômetros, duas vezes maior do que o Sol.

Embora os especialistas não tenham uma resposta conclusiva sobre a razão deste fenômeno, eles dão alguns palpites:

"A rotação desta estrela é surpreendentemente mais lenta, três vezes mais devagar do que o Sol, e não sabemos exatamente o motivo", disse Gizon à BBC.

"Mas, ao girar mais devagar, deforma menos", acrescentou.
Além disso, seu centro gira mais lentamente do que suas camadas externas.

 

 Campo magnético


O especialista afirma que a rotação não é, no entanto, o único fator que determina a forma de uma estrela.

Também existe o campo magnético.

"Nós percebemos que esta estrela parecia um pouco mais arredondada do que previa sua rotação", diz o especialista.

"É por isso que também atribuimos sua forma à presença do campo magnético".

"Nós sugerimos que seu fraco campo magnético (muito mais fraco do que o do Sol) seja uma possível explicação para a sua esfericidade", relataram os autores do estudo, publicado na revista Science Advances.

Para os cientistas, a forma da estrela KIC 11145123 traz à tona dúvidas sobre a origem dos campos magnéticos.

"Este trabalho é um primeiro passo no estudo de formas estelares com a asterosismologia", conclui.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2016/11/18/o-misterio-do-objeto-mais-esferico-ja-encontrado-no-universo.htm

Por: Rodrigo de O. França

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cerimonia de Premiação dos vencedores da OBA e da 1° Competição de Foguetes CARONTE (CFC)


Por que a Lua fica laranja de vez em quando? E ela pode ficar azul?

Nesta segunda, a maior superlua em 68 anos chamou a atenção dos brasileiros e do mundo. Tudo isso porque o fenômeno —que acontece quando o astro está mais próximo da Terra— deixa a Lua maior, mais brilhante e, consequentemente, ainda mais bonita, do que estamos acostumados.

E com tanta atenção (e câmeras fotográficas) voltada para ela, talvez você tenha percebido que, em alguns momentos, a Lua ficou com um tom mais avermelhado (ou alaranjado). Sabe por que isso acontece?

Antes da explicação, é bom lembrar que a Lua reflete a luz branca que vem do Sol —que é formada por ondas de vários comprimentos, portanto, formada por várias cores.  Embora nosso satélite pareça muito brilhante, reflete apenas 6,7% da luz que recebe do Sol.

As partes mais brilhantes de sua superfície são as regiões mais altas e com crateras, compostas de rochas ricas em cálcio e alumínio. As regiões mais escuras são zonas mais baixas, chamadas 'mares', compostas de rochas basálticas que refletem muito pouco a luz, daí sua cor acinzentada.

E quando fica alaranjada?



Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Lua é vista da ponte Rio Negro, em Manaus

A coloração alaranjada acontece ao anoitecer e ao amanhecer, da mesma maneira que vemos o Sol ou céu nesse horário. Quando nasce, a Lua está tão próxima do horizonte que a luz por ela refletida precisa passar por uma espessa camada de atmosfera terrestre antes de chegar aos nossos olhos, diferentemente do que acontece quando o satélite aparece alto no céu, onde o ar é mais rarefeito.  Quando atravessa a atmosfera da Terra, a luz refletida pela Lua se dissipa pelo ar. Em contato com as moléculas de gases que compõem o ar, algumas cores se dispersam e ficam imperceptíveis. No caso da Lua (e até o Sol) próxima do horizonte, a atmosfera mais densa "absorve" a cor verde, azul e violeta e deixa passar somente os tons vermelhos.

O tom avermelhado fica mais intenso quando há partículas de queimadas, erupções vulcânicas ou poluição na atmosfera.

Agora, quando ela está bem no alto do céu, a luz refletida conserva a cor original, que é o branco (reunião de todas as cores). Isso porque o ar rarefeito das altitudes elevadas faz com que a perda das tonalidades azul, verde e violeta sejam pequenas.

Lua azul existe?



Bill Ingalls/NASA
 Lua cheia vista do centro legislativo dos Estados Unidos.Esta foi a segunda vez que a lua apareceu cheia no mês de julho de 2015, e, por isso, é chamada de "Lua Azul"

É claro que quando dizemos "lua azul", o primeiro pensamento é que, se olharmos para o céu, o astro estará azulado. Mas não se trata disso. O termo não está relacionado com uma possível mudança na cor da Lua, mas sim às suas fases. Cada um dos quatro ciclos da Lua (nova, cheia, minguante e crescente) dura, em média, sete dias. Como os meses possuem quatro semanas, dificilmente uma fase se repete no mesmo mês.

No entanto, os movimentos da Lua ao redor da Terra não têm esse ciclo mensal perfeito. Por isso, a cada dois anos e meio ou três, a Lua cheia ocorre duas vezes em um mesmo mês. E é essa segunda Lua cheia que recebe o nome de "lua azul". O termo foi usado pela primeira vez na década de 1940.

Fora a repetição no calendário, a "lua azul" não tem nada de especial. O astro aparece com o mesmo tamanho e brilho que as outras luas cheias.

Como o acontecimento é raro, no inglês, a expressão "once in a blue moon" (uma vez a cada lua azul) é usada quando queremos dizer que determinado acontecimento dificilmente ocorre.

Mas não precisa eliminar todas as esperanças de ver uma Lua com a cor azul de verdade. Acontecimentos raros, como a erupção de um vulcão, podem deixar a "cor" do astro momentaneamente azulada. Isso por conta das partículas expelidas pela erupção que ficam no ar.

Fontes: Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Leandro Guedes, astrônomo do Planetário do Rio de Janeiro

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/11/15/por-que-a-lua-fica-laranja-de-vez-em-quando-e-ela-pode-ficar-azul.htm

  Por: Rodrigo de O. França

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

SERÁ QUE O SER HUMANO PODERÁ MESMO VIVER NO ESPAÇO?

 O ser humano foi talhado para viver na Terra - viver fora dela exigirá vencer muitos desafios.
Quais e quantas lembranças os astronautas conseguiriam ter após retornar de uma viagem a Marte?


Parece uma pergunta irrelevante, mas esta é uma das maiores preocupações dos especialistas devido a um fenômeno conhecido como "cérebro espacial" (space brain), que descreve os sintomas após uma exposição prolongada aos raios cósmicos.

Esses raios carregam tanta energia que podem penetrar o casco de uma nave espacial. De acordo com cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA), a exposição a partículas carregadas de alta energia - os raios cósmicos não são exatamente raios, mas partículas - pode causar danos de longo prazo ao cérebro.

Inflamação no cérebro
Entre os efeitos do cérebro espacial estão alterações cognitivas e demência. Possíveis danos causados pelos raios cósmicos ao corpo já eram conhecidos, mas acreditava-se que eram de curto prazo.
Em experimentos em camundongos, porém, Charles Limoli e sua equipe descobriram que os níveis de inflamação no cérebro continuavam significativamente elevados e danosos aos neurônios mesmo após seis meses, afetando comportamento, memória e aprendizagem.
"São más notícias para astronautas que embarcarem em uma viagem de ida e volta a Marte de dois ou três anos", comentou Limoli.

Extinção do medo
Para o Limoli, entre outros possíveis problemas decorrentes do fenômeno do cérebro espacial estão a diminuição do rendimento, ansiedade, depressão e alterações na hora de tomar decisões.
Os testes realizados na Terra não conseguem estudar os efeitos da radiação espacial sobre os astronautas porque o escudo magnético da Terra nos protege deles. [Imagem: NASA]

"Muitas dessas consequências adversas podem continuar e progredir ao longo da vida. O ambiente espacial traz perigos únicos para os astronautas", afirmou Limoli.

Os pesquisadores também descobriram que a radiação afeta a "extinção do medo", processo pelo qual o cérebro reprime experiências desagradáveis e estressantes do passado - por exemplo, quando alguém sofre uma queda de cavalo e volta a montar.

"O déficit na extinção do medo pode torná-los (astronautas) propensos à ansiedade," assinalou Limoli. "Isso poderia ser problemático em uma viagem de três anos de ida e volta a Marte."

Proteção ou prevenção
Os raios cósmicos descarregam muita energia ao se chocar com o corpo humano. Na Estação Espacial Internacional, onde os astronautas vivem de seis meses a um ano, eles estão protegidos porque se encontram ainda dentro da magnetosfera da Terra, que atua como escudo contra radiação. O mesmo não aconteceria em uma aventura rumo à Marte.
Construir naves espaciais com uma capa protetora dupla pode não ser útil, pois nada parece resistir a essas partículas de alta energia. Por isso, os especialistas sugerem o desenvolvimento de tratamentos preventivos para proteção do cérebro.


BBC de 28.10.2016

Por: Rodrigo de O. França

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Paradeiro de robô Schiaparelli é incerto após problemas com pouso em Marte

A trajetória da aterrisagem do robô não ocorreu conforme previsto pelos cientistas da ESA
A trajetória da aterrisagem do robô não ocorreu conforme previsto pelos cientistas da ESA

A Agência Espacial Europeia (ESA) analisa dados de satélites para identificar o paradeiro e a condição do robô Schiaparelli, que deveria ter aterrissado em Marte na quarta-feira, mas teve problemas no momento do pouso.

Segundo os cientistas, o trajeto seguiu como esperado até o momento em que o módulo entrou na atmosfera marciana: o escudo térmico parece ter funcionado para a desaceleração, e o paraquedas abriu como esperado para continuar desacelerando a sonda.

Mas dados telemétricos que já foram recuperados pela ESA mostram que o paraquedas pode ter sido ejetado cedo demais. Além disso, os foguetes que deveriam manter o robô estável a poucos metros da superfície funcionaram por menos tempo que o previsto.

A Agência Espacial Europeia ainda não revelou se houve uma colisão, mas o clima entre os cientistas é de pessimismo. 


Matéria completa: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2016/10/20/paradeiro-de-robo-schiaparelli-e-incerto-apos-problemas-com-pouso-em-marte.htm

Por: Rodrigo de O. França

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Planeta que orbita Proxima Centauri pode ter oceano

Um planeta rochoso descoberto na zona "habitável" da estrela mais próxima do nosso Sistema Solar, a 'Proxima Centauri', pode estar coberto de oceanos, afirmaram cientistas do instituto de pesquisa francês CNRS nesta quinta-feira.

Uma equipe de pesquisadores, incluindo astrofísicos do CNRS, calculou o tamanho do planeta apelidado 'Proxima b', assim como as propriedades da sua superfície, e concluíram que este pode ser um "planeta de oceanos" semelhante à Terra.

Cientistas anunciaram a descoberta do 'Proxima b' em agosto, e disseram que este pode ser o primeiro exoplaneta (planeta fora do nosso Sistema Solar) a ser visitado, um dia, por robôs da Terra.

O planeta orbita dentro de uma zona "temperada" da sua estrela 'Proxima Centaur'i, localizada a 'apenas' 4,2 anos-luz da Terra.

Estima-se que o 'Proxima b' tem uma massa de cerca de 1,3 vezes a da Terra e que orbita a cerca de 7,5 milhões de km da sua estrela - cerca de um décimo da distância a que orbita Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol.

"Ao contrário do que se poderia esperar, tal proximidade não significa necessariamente que a superfície do 'Proxima b' seja muito quente" para a água existir na forma líquida, disse um comunicado do CNRS.

'Proxima Centauri' é menor e 1.000 vezes mais fraca do que o nosso Sol, o que significa que o 'Proxima b' está exatamente na distância certa para as condições serem potencialmente habitáveis.

"O planeta pode muito bem conter água líquida em sua superfície e, portanto, também algumas formas de vida", disse o comunicado.

O tamanho de exoplanetas é geralmente calculado medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam, a partir da perspectiva da Terra, quando passam na frente da sua estrela hospedeira.

Mas nenhum trânsito deste tipo do 'Proxima b' foi observado ainda, então a equipe teve que confiar em simulações para estimar a composição e o raio do planeta.

Eles calcularam que o raio é de entre 0,94 e 1,4 vez o da Terra, que é de 6.371 km, em média.

Presumindo um raio mínimo de 5.990 km, o planeta seria muito denso, com um núcleo metálico que corresponde a dois terços de toda a massa do planeta, envolvido por um manto rochoso.

Caso exista água na superfície, esta corresponderia a 0,05% da massa total do planeta, indicou a equipe. Não é muito diferente da Terra, onde essa porcentagem é de 0,02%.

No cenário em que o 'Proxima b' é maior, com um raio de 8.920 km, sua massa seria dividida, em partes iguais, entre um centro rochoso e a água circundante.

"Neste caso, o 'Proxima b' seria coberto por um único oceano líquido, de 200 km de profundidade", disse o CNRS.

"Em ambos os casos, poderia haver uma atmosfera fina e gasosa cercando o planeta, como na Terra, tornando o 'Proxima b' potencialmente habitável", concluiu o instituto.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2016/10/06/planeta-habitavel-proximo-ao-sistema-solar-pode-ter-oceano.htm


Por: Rodrigo de O. França
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