Com
a invenção e o aprimoramento dos telescópios, a astronomia pôde caminhar a
passos largos rumo a novas descobertas.
Qualquer
astrônomo amador da atualidade consegue observar mais estrelas no céu do que os
maiores estudiosos da Antiguidade. Tudo porque existem hoje instrumentos que
permitem trazer para mais perto dos olhos objetos tremendamente distantes.
Comparando aos dias atuais, em que os cientistas dispõe das mais diversas
ferramentas para vasculhar o universo, é até difícil imaginar como os primeiros
astrônomos conseguiam realizar suas descobertas sem contar sequer com o auxílio
de uma simples luneta.
Telescópio Hubble |
Por
isso, até a invenção das lunetas e telescópios, observar as estrelas com
propósitos científicos era algo bastante complicado. Sem a ajuda de lentes que
aproximassem os objetos celestes, os
astrônomos podiam contar somente com os próprios olhos e com a sorte.
O
primeiro passo para facilitar o trabalho dos astrônomos e ‘’trazer’’ o céu para
o mais perto do ser humano foi criar lentes mais potentes, que começaram a ser
desenvolvidas a partir do século XIV.Em 1607, um fabricante de lentes, o
holandês Han Lippershey, percebeu que elas poderiam servir para algo mais do
que a confecção de simples pares de óculos. Ao encaixar uma lente diante da
outra, ele notou que era possível observar detalhes de uma distante torre de
igreja A descoberta foi compartilhada por outros compatriotas e Lippershey não
conseguiu assumir a ‘’paternidade’’ da invenção, que rapidamente se espalhou
pela Europa.
Invento de Galileu
A Luneta de Galileu |
Em
1609, o astrônomo Galileu Galilei, tendo tomado conhecimento do
instrumento,decidiu construir um semelhante, capaz de aumentar três vezes o
tamanho da imagem focalizada – era a primeira luneta criada espacialmente para
estudar o céu.
Com
o sucesso do invento,Galileu resolveu construir uma luneta ainda mais
sofisticada,com 1,5 metro de comprimento,cujas lentes aumentavam os astros em
trinta vezes. Assim, o cientista pôde estudar,por exemplo, os quatro satélites
de Júpiter, s diversas fases de Vênus, os aspectos do Sol e as montanhas e
vales da Lua, antes impossíveis d se ver a olho nu.
Novos instrumentos
Telescópio Newtoniano |
O
alemão Johannes Kepler e o britânico Issaac Newton dedicaram-se à construção de
instrumentos mais sofisticados, chamados telescópios. Graças ao seu interesse
pelo assunto, Kepler criou um modelo de refração cuja lente captava as imagens
de forma invertida.Mais tarde, adicionou uma nova lente o seu telescópio a fim
de melhorar o foco. Newton, utilizando o trabalho de Kepler como base para suas
experiências, desenvolveu décadas depois um telescópio ainda mais eficaz.
O
aprimoramento do telescópio permitiu que o estudo dos astros se desenvolvesse
rapidamente. O astrônomo inglês William Herschel, por exemplo, só pôde
descobrir o planeta Urano graças à construção de um enorme instrumento de
observação. Localizado a cidade de Slough, Inglaterra, e finalizado em 1789, o
telescópio era considerado o maior da época e tinha 122 centímetros de
diâmetro.
Telescópios Ópticos
Observatório de Kitt Peak, no Arizona |
O
funcionamento da maior parte dos modernos telescópios é baseado na captação e
no aumento da luz visível das estrelas ou do reflexo delas na superfície dos
planetas. Tais instrumentos são chamados telescópios ópticos.
Um
dos maiores instrumentos de observação do mundo está localizado no topo do
monte Tukhov, na cadeia montanhosa de Cáucaso, na Rússia. Com espelhos de seis
metros de diâmetro, capta com bastante precisão planetas e estrelas distantes.
O
observatório de Kitt Peak, próximo à cidade de Tucson, no estado norte-americano
do Arizona, possui inúmeros telescópios e entre os mais notáveis está o McMath,
o maior instrumento para observação do Sol existente no mundo. Para evitar que
os olhos do observador sejam danificados pelos raios solares, o McMath recebeu
lentes especiais.
Série: Observando o Céu
Fonte: Atlas do Universo
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