A astronomia do infravermelho estuda os astros através da radiação eletromagnética emitida nos comprimentos de onda situados entre a região visível e das ondas de rádio, ou seja, entre cerca de 0,8 micrômetro e 1 milímetro.
Nesse domínio muito extenso do espectro eletromagnético, existe uma enorme diversidade de fontes a estudar, desde núcleos de galáxias ativas até fontes mais frias, como nuvens de gás interestelar.
Até o início da era espacial, a captação da radiação infravermelha enfrentou limitações muito sérias. As principais tinham origem na absorção atmosférica e nas emissões parasitas provenientes do meio circunvizinho ao receptor.
Por isso, o sucesso desse ramo de observação astronômica só se desenvolveu recentemente, depois da segunda metade do século 20, com avanços na elaboração de sensores sensíveis às emissões infravermelhas, bem como na tecnologia referente aos veículos capazes de conduzir esses receptores.
Objetos usados na temperatura ambiente emitem sua radiação na região próxima aos dez micrômetros, mas todo ambiente é também fonte de emissão infravermelha com origem no próprio telescópio, na cúpula e na atmosfera.
Em consequência, a emissão do astro acaba totalmente mascarada num fundo de intensidade que pode chegar a ser 1 milhão de vezes superior ao da fonte em estudo.
Para eliminar esse obstáculo, isola-se ao máximo o detector, confinando-o num recipiente conservado na mais baixa temperatura. Para resfriar o receptor usa-se, em geral, o nitrogênio ou o hélio líquido. Para observar as radiações que não devem ser estudadas, utilizam-se filtros frios.
Com o objetivo de eliminar radiação parasita oriunda da atmosfera, observa-se simultânea e/ou alternativamente na direção do astro em estudo e numa região do céu próxima, onde a emissão atmosférica é idêntica.
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