Fenômeno não ocorre no sistema solar e nunca foi visto por astrônomos antes
Há duas décadas, físicos teóricos previram que planetas com tamanhos similares poderiam ocupar a mesma órbita em uma única estrela. Isso, no entanto, não ocorre com os astros do sistema solar e nunca tinha sido observado em nenhum outro lugar do universo. Agora, astrônomos descobriram que o fenômeno pode estar acontecendo em uma estrela a cerca de 370 anos-luz da Terra, na constelação de Centauro.
A PDS 70, como foi chamada, é acompanhada por dois planetas. Ao analisar a órbita de um deles, os pesquisadores observaram uma pequena nuvem de detritos que pode estar dando início a constituição de um segundo corpo que vai ocupar o mesmo raio. “Até agora o esforço na busca de troianos em outras estrelas resultou em candidatos não confirmados, sendo esta a primeira vez que encontramos fortes indícios da possível presença deles em exoplanetas”, afirmou a Veja a primeira autora do estudo publicado na Astronomy and Astrophysics, Olga Balsalobre Ruza.
O objetivo agora é tentar entender o quão frequentes objetos troianos ou planetas co-orbitais são fora do sistema solar. “Ainda existem muitas questões a respeito de como estes objetos evoluem e qual o impacto que têm na formação de mundos habitáveis”, afirma Itziar De Gregorio Monsalvo, outra co-autora do trabalho.
“Na próxima década, quando o ALMA estiver funcionando em sua plenitude, nós conseguiremos reunir muito mais respostas para as diversas perguntas que esse achado trás”.
Fonte: Site Veja
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