Cientistas australianos que analisaram pequenos pedaços rochosos do asteroide Itokawa fizeram importantes descobertas que afirmam que podem auxiliar os estudos de defesa planetária e de objetos potencialmente perigosos ao nosso planeta.
Os pesquisadores examinaram três estruturas que foram trazidas durante a missão inédita da agência espacial japonesa (Jaxa) que retornou à Terra em junho de 2010 - fragmentos esses menores do que um grão de arroz (veja imagem abaixo).
Esse tamanho diminuto, porém, não foi um empecilho para o grupo de pesquisadores. A análise revelou que o asteroide, que está a 2 milhões de quilômetros da Terra e tem aproximadamente 500 metros de comprimento, é difícil de destruir e resistente a colisões.
“Ao contrário dos asteroides monolíticos [aqueles formados por objetos], o Itokawa não é formado por um único pedaço de rocha, mas pertence à família de pilhas de escombros, o que significa que ele é inteiramente feito de pedras e rochas soltas, com quase metade sendo espaço vazio”, acrescentou o professor Jourdan.
Com esse achado, os cientistas argumentam que a durabilidade de corpos celestes do tipo pode ser muito maior do que imaginávamos. Isso porque, como a formação do nosso Sistema Solar foi há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, há um grande indicativo de que mais asteroides formados por fragmentos agregados estejam vagando pelo cinturão de asteroides, uma região entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Fonte: g1
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