sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nasa disponibiliza sons históricos de algumas missões para download


A Nasa disponibilizou nesta quinta-feira diversos áudios de missões espaciais para serem usados como toques de celular ou como sons do sistema no computador. Sons como a clássica frase de Neil Armstrong ao pisar na Lua ("um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade" ou "Houston, nós temos um problema", do tripulante da Apollo 13 Jack Swigert estão disponíveis para download.
Abaixo você poderá ouvir, respectivamente, duas famosas frases: "Houston temos um problema" e "Um pequeno passo para o homem..." 
Os sons estão em formato MP3 e M4R e a biblioteca da agência espacial americana vai ser alimentada com mais opções de áudio. Os usuários de smartphones com Android podem baixar o aplicativo para instalar os ringtones diretamente no celular.
Os sons estão disponíveis para download no site: http://www.nasa.gov/connect/sounds


Fonte: Terra

Queda de satélite de 6 toneladas reabre discussão sobre limpeza espacial


Nas próximas horas - provavelmente por volta de 17h05min de sexta -, quase seis toneladas de lixo espacial norte-americano cairão em algum lugar da Terra. O local exato ainda não pôde ser definido pela Nasa, que monitora a trajetória do Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera (UARS, na sigla em inglês), inativo desde 2005. De qualquer maneira, o caso reascende a discussão sobre a quantidade de material enviado pelo homem espalhado na órbita terrestre. Para alguns especialistas, chegamos a um "ponto crítico", havendo necessidade de se realizar uma limpeza no espaço.
O que ocorre, conforme explica a pesquisadora Thais Russomano, coordenadora do Centro de Microgravidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), é que os equipamentos espaciais, como os satélites, têm um tempo de vida útil, sendo desativados após as missões. "Isso pode afetar a velocidade com a qual um satélite orbita a Terra e, se a velocidade diminui muito, a força gravitacional terrestre puxa-o em direção ao planeta".
É o caso do Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera, transportado pela nave Discovery em 1991. Ele foi projetado para medir as mudanças atmosféricas e os efeitos da poluição no planeta. Contudo, concluiu a missão em 2005 e, desde então, tornou-se lixo espacial - com o peso de um ônibus.


Apesar de parecer inusitado, muitos objetos que circundam a Terra caem sobre o nosso planeta diariamente. O que não cai, fica vagando pelo espaço, já repleto de telescópios, satélites e demais máquinas produzidas pelo homem e que não têm mais funcionalidade.

Que tal explodir tudo lá em cima?

A ideia de explodir os artefatos no espaço, ao contrário do que muitos imaginam, não resolve o problema. Pelo contrário. "Explodir (os satélites, por exemplo) pode agravar o problema de se criar mais lixo espacial, pois vários componentes - grandes e pequenos -, bem como a poeira originada na explosão, ficariam orbitando o planeta", avalia a pesquisadora.
Thais diz que já existem planos de que as agências espaciais, responsáveis por terem colocado os satélites (ou outros objetos) em órbita, ou mesmo tenham produzido lixo cósmico de outras formas, comecem um processo de limpeza. No entanto, o custo desta faxina é muito alto e o assunto ainda está em discussão. "O que já ficou claro é que quem polui tem que limpar", afirma.

O UARS pode cair em cima de alguém?

O local preciso onde o satélite americano cairá não foi divulgado pela Nasa. A princípio, pode ser em qualquer lugar, mas especialistas russos acreditam que o satélite acertará o mar de Papua Nova Guiné por volta das 17h05min (horário de Brasília) desta sexta-feira. De qualquer maneira, Thais diz que a probabilidade de o objeto acertar alguém é rara.
"O maior risco é cair sobre uma zona habitada, onde poderá haver dano material ou até mesmo atingir uma ou mais pessoas. Mas como a Terra tem mais água do que terra, e a terra não é toda habitada, a chance fica muito pequena", calcula.
Os cientistas da Nasa estimam que o satélite vá se despedaçar ao entrar na atmosfera. Segundo eles, desde o início da era espacial não se confirmou nenhum caso de pessoa ferida por um objeto espacial durante o retorno ao planeta.

Provável local onde o UARS cairá.

Fonte: Terra

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Titã - O Principal Satélite de Saturno

Titã é o décimo quinto e o maior dos satélites conhecidos de Saturno. Pensava-se, há muito tempo, que Titã fosse o maior satélite do sistema solar - observações mostraram que a atmosfera de Titã é tão densa que sua superfície sólida é ligeiramente menor que a de Ganimedes. Titã, mesmo assim, tem diâmetro maior que o de Mercúrio, e é maior e mais volumoso que Plutão. Um dos principais objetivos da missão espacial Voyager 1 era o estudo de Titã. O encontro da Voyager com Titã deu-se num raio de 4000 km da superfície do satélite. Em poucos minutos, ficamos sabendo mais com esse encontro que nos 300 anos que o antecederam. No entanto, nosso conhecimento é frustrantemente incompleto.


Dados Básicos:
  • Diâmetro: 5150 km
  • Gravidade Equatorial: 0,14 G (1G é igual a 9,8 m/s², que é a gravidade terrestre)
  • Período orbital: 15,9 dias terrestres
  • Distância de Saturno: 1.221.830 km
  • Massa: 1,35 x 1023 kg
Titã é cercado por uma atmosfera densa e opaca; a superfície não pode ser vista em luz visível. Possui uma pequena variação de cor entre os hemisférios norte e sul. Alguns detalhes da superfície são visíveis no infravermelho com o HST. Em suas propriedades globais, Titã assemelha-se a GanimedesCalistoTritão e (provavelmente) Plutão.
Titã é aproximadamente metade gelo de água e metade material rochoso. É provável que se diferencie em várias camadas, com um centro rochoso de 3400 km circundado por várias camadas compostas de diferentes formas de cristais de gelo. Seu interior ainda pode ser quente. Embora sua composição se assemelhe à de Réia e a das outras luas de Saturno.



Titã é mais denso porque, sendo bastante grande, sua gravidade comprime seu interior. De todos os satélites em nosso sistema solar, Titã é o que apresenta a atmosfera mais significativa. Na superfície, sua pressão é superior a 1,5 bar (50% maior que a da Terra). Compõe-se basicamente de nitrogênio molecular (como a Terra), não apresentando mais que 6% de argônio e baixos teores de metano. É interessante observar que também há traços de pelo menos uma dúzia de compostos orgânicos (i.e. etano, cianeto de hidrogênio, dióxido de carbono). Os compostos orgânicos são formados como metano, que predomina na atmosfera superior de Titã e é destruído pela luz solar. O resultado é semelhante ao nevoeiro que se vê sobre as grandes cidades, embora muito mais espesso. Em vários aspectos, isso se assemelha às condições que predominavam em nosso planeta no início de sua história, quando a vida estava começando. Titã não possui campo magnético e, às vezes, gravita fora da magnetosfera de Saturno. Está, portanto, diretamente exposto ao vento solar . Isso pode resultar na ionização e escoamento de algumas moléculas do topo da atmosfera. Na superfície, a temperatura de Titã é cerca de 94 K (-179 ºC). A essa temperatura, o gelo de água não é sublimado e a água superficial não pode participar da química da atmosfera. Mesmo assim, parece haver um amplo processo químico em operação; o resultado final parece assemelhar-se muito a um nevoeiro bastante denso. Provavelmente, há duas camadas de nuvens a cerca de 200-300 km acima da superfície. Outros compostos químicos mais complexos, em pequenas quantidades, devem ser responsáveis pela cor laranja vista do espaço.
É provável que as nuvens de etano produzam uma chuva de etano líquido sobre a superfície, resultando, possivelmente, num "oceano" de etano (ou uma mistura de etano/metano) de até 1000 metros de profundidade.
Acima, como seria as chuvas de metano líquido em Titã.

Recentes observações por radar em terra, entretanto, colocaram essa questão em dúvida. Imagens do telescópio espacial Hubble mostram imagens da superfície de Titã, em infravermelho e notavelmente próximas.
A câmera da Voyager não conseguiu ver através da densa superfície de Titã, mas em infravermelho a névoa tornou-se transparente, e as imagens do HST sugerem que um enorme "continente" brilhante existe no hemisfério de Titã que está voltado na direção de sua órbita. Esses resultados do Hubble, entretanto, não provam que existam "mares"líquidos em Titã, mas apenas que existem grandes regiões brilhantes e escuras em sua superfície. O local de pouso da sonda Huygens provavelmente foi escolhido, em parte, examinando-se essas imagens. Não muito longe do maior "continente", a 18,1 graus Norte, 208,7 graus de longitude.


Lua de Saturno tem mais petróleo que a Terra



A lua Titã de Saturno possui reservas de hidrocarbonetos superiores a todas as de petróleo e gás natural conhecidas na Terra, segundo observações realizadas pela sonda Cassini.

 

Segundo cientistas do Laboratório de Físicas Aplicadas da Universidade de Johns Hopkins, esses hidrocarbonetos caem do céu e formam grandes depósitos em forma de lagos e dunas.
"Titã esta coberta por material que contém carbono. É uma gigantesca fábrica de materiais orgânicos", manifestou Ralph Lorenz, membro da equipe de cientistas que controla as operações do radar da Cassini no laboratório. "Estas enormes jazidas de carbono são uma importante janela para a geologia e a história meteorológica da lua Titã", acrescentou.
Para a Nasa, cada uma das várias dúzias desses corpos "líquidos" contém mais hidrocarbonetos que todas as reservas de gás e petróleo conhecidas na Terra. Além disso, suas dunas contêm um volume de materiais orgânicos centenas de vezes maior que as reservas de carvão da Terra.
"Estes cálculos se baseiam nas observações dos lagos das regiões polares setentrionais. Acreditamos que no sul podem ser similares", assinalou Lorenz. A missão da Cassini é um projeto conjunto da Nasa, a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Italiana.




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Resultados da pesquisa realizada na observação pública da Vinhosa



 

          Foram entrevistados 40 pessoas, que estiveram presentes em nossa observação pública na Quadra da Vinhosa, no último dia 06.
       Com os resultados apresentados, vemos um grande entusiasmos que a população apresenta quando o assunto é a Astronomia, aliás umas das principais ciências responsáveis pelo despertar nas crianças e nos jovens a curiosidade e a vontade de aprender e de conhecer mais.
          Porém também podemos observar a carência do acesso a esta mesma ciência.
        Nós do Clube Caronte estamos enpenhados em levar nosso telescópio, e com ele muitas informação sobre o que há sobre nossas cabeças à população, nosso próximo "Astronomia na Praça" já está quase confirmado para o dia 04 de Outubro, no Bairro Boa Fortuna, na praça de mesmo nome (em frente à matriz Sacrado Coração de Jesus).
       Na ocasião também estaremos fazendo mais pesquisas junto a população.


Projeto “Astronomia na Praça/IFF” no Bairro Vinhosa


           No dia 06 de Setembro de 2011, o Projeto de Extensão No Céu com Diamantes – CARONTE esteve na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade da Vinhosa, no bairro Vinhosa, para a primeira edição do “Astronomia na Praça”.
            Esse projeto tem por objetivo divulgar e popularizar a astronomia e as ciências do espaço e nesta ocasião o telescópio do Instituto Federal Fluminense Campus Itaperuna, conseguido junto ao MEC por meio de edital, foi montado para observação pública.
            Os bolsistas do projeto Antônio Paulo, Isaack Esdras e João Victor todos alunos do IFF Campus Itaperuna, mostraram por meio do telescópio as crateras da Lua e se empenharam em explicar as constelações visíveis no céu durante a observação. “Foi gratificante ver o sorriso no rosto da criançada e poder dar informações aos que já são de mais idade”, disse o bolsista Antônio Paulo da França.
        Para o coordenador do projeto, Prof. Adriano Ferrarez, “o Brasil possui um grande déficit científico. Divulgar e popularizar as ciências é fundamental para que o nosso país continue se desenvolvendo e avance mais nas políticas de inclusão social através da educação. A astronomia é sem dúvida a ciência que mais contribui para despertar nas crianças e nos jovens a curiosidade e a vontade de aprender e de conhecer mais. Gostaria de agradecer o apoio do Presidente da Mocidade da Vinhosa, Neyvaldo Rodriguez e do Diretor Geral do campus Itaperuna Prof. Evanildo Leite”.
        Ao todo 40 pessoas participaram do evento no Bairro Vinhosa. No início de outubro o Projeto “Astronomia na Praça” estará em outras comunidades da cidade de Itaperuna e municípios do Noroeste Fluminense.


Grupo Caronte com alguns moradores do bairro. Clik na foto para ver mais!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Missão Kepler descobre planeta orbitando um Sistema Binário!

Ele pode não ser Tatooine, o planeta de dois sois que é lar do personagem Luke Skywalker, da série de cinema Star Wars, mas o Kepler-16 mexeu com os ânimos e imaginações dos astrônomos. Pela primeira vez foi possível captar informações concretas a respeito de um planeta desse tipo, com base em dados do telescópio espacial Kepler, da Nasa. "O Kepler-16 é a primeira detecção definitiva de um sistema planetário circumbinário (no qual um planeta orbita duas estrelas)”, afirmou Laurance Doyle, principal autor do artigo publicado nesta quinta-feira (15) pelo periódico científico Science que trabalha no Instituto SETI, mais conhecido por sua busca de vida fora da Terra, porém uma parte do trabalho é justamente achar a frequência de planetas no universo e depois checar quais são semelhantes à Terra e potencialmente habitáveis.



“A força gravitacional nas estrelas, medido pelas mudanças dos seus tempos de eclipse, foi um bom indicador da massa do terceiro corpo. Apenas um puxão gravitacional muito pequeno foi detectado, que só poderia ser causado por uma pequena massa”, disse Laurance. Os resultados serão descritos em um novo artigo publicado sexta-feira, 16 de setembro, na revista Science.
No trabalho, os pesquisadores conseguiram descobrir várias característica do planeta e suas estrelas, que estão a 220 anos-luz do Sol, na constelação do Cisne. Um dos sóis possui 20% da massa e tamanho do nosso Sol, enquanto outro tem cerca de 69%. Já a massa do planeta corresponde a 105 vezes a da Terra, ou um terço da de Júpiter. Seu tamanho é próximo do de Saturno. O ano do Kepler-16 (o tempo que ele demora para dar a volta em torno de suas estrelas) é de 229 dias, enquanto seus sois têm órbitas de 22 dias, contudo não há possibilidade de haver vida no planeta, pois ele está fora da zona habitável do sistema, onde pode existir água líquida na superfície, porque as estrelas são mais frias que o nosso sol.
Segundo os cientistas é muito provável que o planeta tenha se formado a partir do mesmo disco de poeira e gás que originou as duas estrelas.
A expectativa é encontrar outros sistemas semelhantes. "Sabemos agora como fazer isso. O processo que utilizamos para encontrar o Kepler-16 pode ser usado para achar outros sistemas. A Kepler atualmente está observando cerca de dois mil desses sistemas então esperamos ser capazes de encontrar mais deles", explicou Doyle.
Com novos desses sistemas em mãos, o próximo passo será analisar a prevalência e frequência deles. "E finalmente, esperamos, encontrar um planeta do tamanho da Terra com dois sóis que esteja na zona habitável e medir como ele pode se adaptar a uma eventual colonização humana. Isso também será muito desafiador", afirmou Doyle.
Vídeo mostra órbita do planeta descoberto, além de demonstra como funciona o Telescópio Kepler.

Fontes: Nasa e IG

Nasa anuncia novo veículo espacial gigante!


A Nasa anunciou planos para a construção de um foguete espacial gigante destinado a levar astronautas à Lua, Marte e outros destinos além da Estação Espacial Internacional, disseram autoridades nesta quarta-feira (14).
O projeto custará US$ 10 bilhões até 2017, para quando está marcado o primeiro voo de teste do Sistema de Lançamento Espacial a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Outros US$ 6 bilhões serão reservados para a construção da cápsula espacial para tripulantes Orion, vestígio do extinto projeto Constellation, de exploração da Lua, cancelado pelo governo do presidente Barack Obama. A Nasa gastou US$ 5 bilhões no Orion.
Além disso, serão gastos US$ 2 bilhões para reformar a base espacial da Nasa na Flórida a fim de acomodar o novo foguete.
O foguete novo é baseado nos motores de hidrogênio líquido e de oxigênio líquido e tanques de combustíveis do ônibus espacial, acoplado inicialmente com foguetes propulsores de combustível sólido mais modernos, que também foram desenvolvidos como parte do Constellation.
A Nasa planeja uma concorrência que poderá substituir os foguetes propulsores da Alliant Techsystems Inc por foguetes com combustível líquido.
O anúncio segue-se a uma contenda de um ano com o Congresso sobre o custo do projeto, sua amplitude e os parâmetros técnicos. O governo Obama não divulgou seus planos até obter uma estimativa de custo independente para o Sistema de Lançamento Espacial.
'Ficamos frustrados pelos adiamentos', disse a senadora republicana Kay Bailey Hutchison, do Texas, que integra o comitê de supervisão da Nasa.
"Os números estão dentro dos níveis autorizados, agora estamos avançando como um time pela América."

Comparado ao agora aposentado ônibus espacial - capaz de transportar cerca de 22,5 mil quilos em uma órbita a 480 quilômetros da Terra, o novo foguete será projetado para levar até 63 mil quilos de carga.

Fonte: G1
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