O
céu noturno sempre encantou o homem, que mesmo sem instrumentos de observação,
é capaz de ver em uma noite clara mais de 5 mil estrelas pertencentes à Via
Láctea. Com um telescópio simples, elas podem se multiplicar centenas de vezes,
enquanto com um aparelho mais potente transformam-se em centenas de milhões de
pontinhos brilhantes no céu.
Apenas na Via Láctea estima-se que existam cerca de 200 bilhões de estrelas. |
Durante
muito tempo, as estrelas foram um mistério para o ser humano. Acreditava-se,
por exemplo, que elas ocupavam uma posição fixa na abóbada celeste. Apenas no
século XIX os astrônomos passaram a compreender sua natureza. Descobriu-se que
são gigantescas esferas de gás incandescente. Conforme a luz emitida, os
cientistas são capazes de calcular seu brilho, sua cor e sua temperatura.
Todas
elas são esferas formadas por gás quente, basicamente hidrogênio e hélio. O
hidrogênio é convertido em hélio em um processo de fusão termonuclear, e a
energia resultante transforma-se em luz e calor. Calcula-se que, a cada
segundo, podem ser convertidos em hélio 400 milhões de toneladas de hidrogênio.
Em
consequência desse processo, a estrela emite radiação eletromagnética, o que
inclui luzes visíveis, raios ultravioleta, infravermelhos e ondas de rádio. A
intensidade da luz também pode variar de estrela para estrela. Algumas têm
apenas 5% do brilho do Sol, outras podem ser 500 mil vezes mais brilhantes do
que ele.
Na
década de 1990, os cientistas fizeram uma descoberta há tempos aguardada:
muitas estrelas possuem sistemas planetários, como ocorre no sistema solar.
Porém, ainda pouco se sabe sobre os chamados planetas extrassolares, devido à
sua difícil detecção.
Tamanho do Sol em relação a maior estrela conhecida pelo homem. |
Dados estelares
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As
maiores estrelas já identificadas têm diâmetros centenas de vezes maior que o
do Sol, enquanto as menores não chegam a possuir 10% de sua massa.
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Nem
todas as estrelas têm a mesma cor, que pode variar entre tons de vermelho,
laranja e até azul-claro, dependendo da sua temperatura interna. As mais
quentes têm coloração azul e as mais frias tendem ao vermelho.
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A
temperatura média de cada estrela também varia, assim como sua temperatura
interna e externa. O núcleo do Sol, por exemplo, chega a ter 15 milhões de
graus Celsius, enquanto a camada externa gira em torno dos 5.700 °C.
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De
modo geral, quanto mais massa a estrela tiver, maior será sua luminosidade e
temperatura. É o caso das supergigantes, que são mais brilhantes por terem
muito mais massa do que outras.
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95%
das estrelas terminam ou vão terminar sua existência como anãs brancas. Outras
maiores explodem como supernovas, emitindo um brilho que pode chegar a ser 1
bilhão de vezes mais intenso do que o do Sol.
A mais Brilhante
Sirius
é a estrela mais brilhante do céu noturno. Localizada na Constelação de Cão
Maior, está a ‘’apenas’’ 8,6 anos-luz da Terra. Ou seja, a luz de Sirius
observada hoje partiu da estrela há cerca de oito anos.
Durante
séculos, Sirius foi venerada pelos egípcios, que a identificavam como deusa
Sotis. A celebração tinha um motivo específico: quando a estrela surgia no céu,
no início do verão do Hemisfério Norte, principiavam-se as cheias que alagavam
as margens do rio Nilo, responsáveis pela fertilidade das terras egípcias.
Portanto, o aparecimento da estrela era interpretado como anúncio de um período
anual de abundância e prosperidade.
Há
também outras estrelas que chamam a atenção por seu brilho intenso. Entre elas,
destacam-se Canopus, Arcturus, Alfa Centauro e Veja. Já a estrela mais próxima
depois do Sol, próxima Centauro, situada a 4,3 anos-luz da Terra, tem brilho
fraco. Ela é chamada de anã vermelha e sua massa corresponde a aproximadamente
10% da solar.
Se ampliar a imagem cada ponto que ver será uma galáxia... cada galáxia possui bilhões de estrelas.
Fonte: Atlas do Universo