sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cientistas suíços criam 'satélite-faxineiro' para recolher lixo espacial


A quantidade de lixo espacial na órbita da Terra fez com que especialistas da Suíça desenvolvessem um projeto que tem como objetivo construir um "satélite-faxineiro". Os cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, pretendem lançar o aparelho, chamado de CleanSpace One, em até cinco anos.

O volume de lixo espacial já vem preocupando os cientista há algum tempo.

Com um valor estimado em 10 milhões de francos suíços (cerca de R$ 18 milhões), o CleanSpace One será o primeiro destinado a reduzir a poluição espacial. Os especialistas suíços afirmam que existem cerca de 16 mil objetos com diâmetro superior a 10 cm na órbita da Terra, o suficiente para provocar um acidente com satélites de serviço ou aeronaves tripuladas.
A agência espacial americana (Nasa) monitora os pedaços maiores de sucata que orbitam a Terra. Além deles, centenas de milhares de peças menores levam risco a satélites e missões espaciais.

Tentáculos

A missão inicial seria destinada a coletar um dos dois primeiros satélites enviados pela Suíça ao espaço, ambos fora de uso, o Swisscube, colocado em órbita em 2009, e o Tlsat, que entrou em atividade no ano seguinte.
Para recolher os satélites aposentados, o "faxineiro" será lançado ao espaço e terá de corrigir seu rumo em direção ao alvo. A captura ocorrerá quando os objetos estiverem navegando a uma velocidade de cerca de 28 mil km/h, a uma altitude entre 630 km e 750 km.
Munido de braços que se assemelham a tentáculos, o CleanSpace One vai abraçar o outro satélite e trazê-lo de volta à atmosfera terrestre, onde ambos entrarão em combustão. No futuro, os cientistas pretendem trazer mais lixo espacial para a Terra.

Ajuste de rota

A quantidade de lixo espacial em órbita obriga a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a ajustar sua rota frequentemente para evitar colisões.
No entanto, o risco vem aumentando, segundo os cientistas suíços, o que justifica o enorme valor dos seguros do setor espacial, atualmente estimados em US$ 20 bilhões.
Em fevereiro de 2009, o satélite americano Iridium-33 explodiu após colidir com o satélite abandonado russo Cosmos 2251, adicionando mais dejetos à órbita terrestre.

O satélite, com preço estima do em R$ 18 milhões, é a solução que os cientistas encontraram para o problema do lixo espacial.


 Fonte: Terra e BBC Brasil

China lançará missão espacial tripulada entre os meses de junho e agosto


A China lançará a sua próxima missão espacial com tripulação em algum momento entre junho e agosto, com a meta de atracar com um módulo experimental lançado no ano passado, disse a agência de notícias estatal Xinhua nesta sexta-feira.
Será a quarta nave espacial tripulada da China desde 2003, quando o astronauta Yang Liwei orbitou em torno da Terra 14 vezes, tornando-se o primeiro chinês no espaço.
Para a próxima missão, três astronautas tentarão atracar com o Tiangong (Palácio Divino) módulo 1, lançado no dia 29 de setembro como parte das preparações exploratórias da China para um laboratório espacial, disse a Xinhua.
A China já realizou testes bem-sucedidos com uma nave espacial sem nome e o Tiangong 1. "A nova missão de acoplamento é outra chance para a China testar a sua tecnologia", afirmou um porta-voz não identificado do programa espacial com tripulação, citado pela Xinhua.
A China planeja ter uma estação espacial completa em torno de 2020. Entretanto, ainda está longe de alcançar as superpotências espaciais - Estados Unidos e Rússia.
Estação espacial em construção pelo governo chinês

A Rússia, os EUA e outros países operam conjuntamente uma Estação Espacial Internacional de 400 toneladas, da qual a China não faz parte. Os EUA, porém, não irão testar um novo foguete com pessoas a bordo até 2017, e a Rússia afirmou que missões tripuladas não são mais uma prioridade.
A China também planeja missões não tripuladas para pousar na Lua e remanejamento de uma sonda lunar. Cientistas levantaram a possibilidade de enviar um homem à lua em 2020.

Fontes: Terra e Reuters

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Exploração de lago na Antártida pode ajudar a encontrar vida fora da Terra!


A descoberta do Lago Vostok, localizado na Antártida a 4 mil metros sob o gelo, é o primeiro passo para encontrar vida em outros planetas, como Marte, onde as condições são parecidas com as do continente gelado, disse à Agência Efe o chefe da expedição antártica russa.
"Na estação russa de Vostok, a temperatura chega a 89,2 graus negativos, e em Marte é de 90 graus abaixo de zero", afirmou Valery Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas (IIAA).

Lago Vostok visto por satélite

O cientista russo destacou que "os equipamentos usados para perfurar o gelo que cobria o lago e projetados com esse único fim pelo Instituto de Engenharia de Minas de São Petersburgo foram um sucesso, por isso essa tecnologia poderia ser utilizada agora para explorar outros planetas".
"O lago da vida", como foi batizado pela comunidade científica, e que tem cerca de 300 quilômetros de comprimento, 50 quilômetros de largura e quase mil metros de profundidade em algumas regiões, pode ter a água mais pura do planeta, espécies desconhecidas ou muito antigas.
"Provavelmente é a água mais antiga e pura do planeta. Não temos provas concretas, mas sim informações de que a superfície é estéril, apesar de esperarmos encontrar formas de vida como termófilos e extremófilos (microorganismos que vivem em condições extremas) no fundo do lago", comentou.

Profundidade que se encontra o Lago Vostok (2,2 milhas)

Lukin revelou que a expedição russa, cujas perfurações demoraram mais de 20 anos para alcançar a superfície do lago, encontraram "rastros do DNA de termófilos" a 3,6 quilômetros de profundidade, por isso é provável que haja vida nessa massa de água líquida formada há 40 milhões de anos.
"Se não encontrarmos nada, isso também seria uma descoberta. Mas se acharmos algum organismo, poderemos estudar a evolução de espécies que não tiveram nenhum contato durante milhares de anos com a atmosfera terrestre", disse.
O cientista também está convencido de que o Vostok será um "polígono promissor" para estudar as zonas polares de Marte e o satélite de Júpiter, Europa, que abriga uma camada de gelo e, possivelmente, água.
"E se houver água, significa que também pode haver vida", disse, citado pelas agências russas.
De acordo com Lukin, os resultados da investigação no lago serão fundamentais também para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos, pois o Vostok foi e continua sendo uma espécie de termostato isolado do resto da atmosfera e da superfície da biosfera.
Vários expedicionários russos vão hibernar na estação, mas ninguém tocará o lago até dezembro, quando a expedição será retomada.
"Se tudo correr bem, traremos amostras de água congelada à Rússia em maio de 2012. Aí saberemos se o Vostok é o lar de novos microorganismos, bactérias ou nada", disse.
O chefe da expedição antártica reconhece que alguns cientistas ocidentais se mostraram "céticos" com a descoberta e preocupados com o risco de que os russos infectem o lago, saturado de oxigênio com níveis de concentração 50 vezes superiores aos da água doce.
"Há muita disputa. Muitos países queriam ser os primeiros. Usamos equipamentos especiais de perfuração para não danificar o ecossistema do Vostok e respeitamos todos os protocolos internacionais da Antártida", garantiu Lukin.
Para a demonstração, o IIAA informou em seu relatório que 40 litros de água do lago foram bombeados à superfície, porém congelaram no caminho.
Os russos desenharam uma máquina dragadora térmica que utiliza fluido de silicone não contaminante depois que a secretaria do Sistema do Tratado Antártico pôs impedimentos à expedição russa por temer a contaminação do lago com o querosene usado pela perfuradora.
"Nem tudo se faz com dinheiro. Sem conhecimento, entusiasmo e capacidade, é impossível. Tenho certeza de que nem a revista britânica 'Nature' nem a americana 'Science' publicarão nossas conquistas, mas isso não importa", declarou.
Lukin garante que a Rússia é, pela primeira vez, líder mundial em algum campo científico desde que Yuri Gagarin se tornou o primeiro astronauta da história, em abril de 1961.
"É preciso reconhecer que a casualidade jogou a nosso favor. Os soviéticos não sabiam quando abriram a estação em 1957, e que justo debaixo dela havia um lago", confessa.
Equipe de cientistas que conseguiram alcançar o lago
De qualquer forma, não faltaram elogios aos cientistas russos, que chegaram ao lago às 18h25 (de Brasília) do dia 5 de fevereiro, em particular por parte do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin -- que foi presenteado com uma amostra de água do Vostok em um frasco de vidro hermeticamente fechado --, e do departamento de Estado americano.
O Vostok tem uma superfície de 15,6 quilômetros quadrados, parecida com a do Baikal, a maior reserva de água doce do mundo, e é o maior lago subterrâneo entre os mais de 100 que se encontram sob o continente.

Fontes: G1 e Wiki

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Luzes anormais em um buraco negro no centro da Via-Láctea são explicadas

Uma pesquisa publicada pela revista “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society” traz uma explicação para um fenômeno que acontece no centro da Via Láctea.
Lá fica um buraco negro supermassivo chamado Sagitário A*. A região é estudada pelo Observatório Chandra de Raios X, da NASA, e pelo VLT (Very Large Telescope), que faz observações em infravermelho.

Buraco Negro Sagitário A* no centro da Via-Láctea.

Há anos, os cientistas percebem a liberação de luzes em raios X a partir do buraco negro, mas nunca souberam explicar por que isso acontece.
O novo estudo sugere que, em volta de Sagitário A*, existe uma nuvem com trilhões de asteroides e cometas que se desprenderam de suas estrelas mães. Quando um desses corpos celestes passa perto – cerca de 150 milhões de quilômetros, mesma distância entre a Terra e o Sol – desse buraco negro, é quebrado em pequenos pedaços.
Os fragmentos seriam então vaporizados pelo atrito ao passar pela camada de gás quente. Nesse processo, segundo a teoria, são liberadas as luzes que os cientistas observavam havia anos.

Fonte: G1
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