sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Asteroides - Uma Ameaça Constante


            Asteroides, também chamados de pequenos planetas, são rochas que vagam pelo sistema solar. O Cinturão de Asteroides, localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, contém milhões deles – o mais famoso é Ceres que, com cerca de 950 km de diâmetro, e também considerado um planeta anão, é o maior que se tem notícia.

 Cintuão de Asteroides

            Os astrônomos já catalogaram mais de 3 mil asteroides, entre eles Palas, Vesta e Hygiea, que possuem diâmetros aproximadamente de 500 km. Trata-se de um trabalho importante, principalmente porque estes corpos celestes representam um risco à vida na Terra. Por esta razão, os asteroides que orbitam o Sol a uma distância inferior a 195 milhões de quilômetros, ou seja, próximos às mediações terrestres, são os merecem maior atenção por parte dos cientistas.
           
Marcas de Colisão



            A história do planeta guarda diversas marcas de impactos de corpos celestes. Supõe-se que o cheque de um asteroide na região da Península de Yucatán, no México, ocorrido há cerca de 65 milhões de anos, tenha sido responsável pela extinção dos dinossauros (ao lado provável meteorito).
            Os cientistas acreditam que a Cratera do Arizona, originada entre 10 e 5 mil anos atrás, seja fruto do choque de um asteroide com cerca de 25 metros de diâmetro. Pode parecer, a princípio, que a colisão de um pequeno corpo celeste na Terra não possa causar grandes danos. Mas não é bem assim. Devido à altíssima velocidade do impacto, o choque é capaz de terremotos e maremotos com resultados catastróficos.

Meteoroides, Meteoros e Meteoritos

            Meteoroides são fragmentos de asteroides, cometas ou outros corpos celestes. Quando chegam à Terra normalmente são desintegrados pelo atrito com a atmosfera. Ao queimar, geram um raio de luz – chamado meteoro – produzindo os fenômenos conhecidos como estrelas cadentes ou chuvas de meteoros. Caso o meteoroide não seja destruído, pode colidir contra a superfície do planeta – trata-se do meteorito. A maior parte dos detritos de meteoritos é composta de silicato (Al2Si2O5(OH)4).

 "...fenômenos conhecidos como estrelas cadentes ou chuvas de meteoros."

 Missão Espacial

            Os astrônomos especulam que alguns satélites planetários tenham sido originalmente asteroides capturados pelos planetas. A primeira observação desse tipo de corpo celeste foi registrada em 1801, quando o astrônomo italiano Giuseppe Piazzi avistou Ceres. Até o final dos anos de 1980, eles só podiam ser estudados por meio de telescópios ou análise do impacto, em 1991, a sonda espacial Galileo, com destino a Júpiter, fez as primeiras imagens de asteroides em alta definição.

 Asteroide Ida com seu satélite Dáctilo. Imagem obtida com a Sonda Espacial Galileo.

+Info.: 
Fonte: Atlas do Universo

Tempo e Espaço


Quer fazer uma viagem no tempo e no espaço? Então, não precisa ir longe. Basta olhar, em uma noite límpida, para um céu estrelado. Cada pontinho brilhante é a própria visão do passado, que pode ser breve ou muito remoto.


Olhar o céu noturno, com cada pontinho brilhante, é mais do que simplesmente apreciar a beleza das estrelas. É como ver uma fotografia do passado. Essa é uma idéia fascinante, quando se trona bem compreendida. É simples entender. Lembre-se de que a luz do Sol leva pouco mais de 8 minutos para chegar até a Terra, atravessando os cerca de 150 milhões de quilômetros que separam os dois corpos celestes na velocidade da luz – 300 mil Km/s no vácuo.

Sirius, umas das estrelas mais próximas a nós.
 Do mesmo modo que o Sol, cada estrela emite luz. Esta, pro sua vez, propaga-se em todas as direções pelo espaço e percorre determinada distância, maior ou menor, até ser visível na Terra. Conclui-se que o brilho dessa estrela (foto ao lado) leva 8,57 anos para chegar aqui, por exemplo. Ou seja, a luz que hoje vemos foi emitida, na verdade, cinco anos atrás.
 A situação torna-se mais interessante quando buscamos uma estrela situada a uma distância ainda maior. Se estiver a 150 anos-luz da Terra, isso significa que a luz captada agora foi emanada da estrela há 150 anos. O fato curioso é que, quando a referida estrela emitiu a luz que vemos hoje, nenhum dos mais de 6 bilhões de habitantes atuais do planeta havia nascido!

Distância galáctica


Galáxia de Andrômeda

O mesmo raciocínio pode ser aplicado às galáxias. Vizinha da Via Láctea, a galáxia de Andrômeda está localizada a cerca de 2,3 milhões de anos-luz. Portanto, a imagem captada pelos telescópios atuais  partiu de Andrômeda 2,3 milhões de anos atrás. Para comparar, essa época corresponde ao Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, quando o homem primitivo ainda vivia em cavernas e nem havia aprendido a dominar o fogo.

Com potentes telescópios de última geração, é possível enxergar muito mais longe, a bilhões de anos luz daqui. A conclusão é que, quanto mais distante se vai na observação dos astros, mais se recua no tempo. Por isso, quando os astrônomos anunciam a descoberta de uma nova galáxia a, digamos, 10 bilhões de anos-luz da Terra, a comunidade científica entra em êxtase. Afinal, o que se vê é um momento em que o universo era muito jovem.
Logo, a pergunta que fica é: o que aconteceria se um instrumento avançadíssimo de observação conseguisse captar uma imagem muito mais distante do que a referida galáxia situada a 10 bilhões de anos-luz?
É uma resposta que os cientistas continuam buscando incessantemente, porque, a partir dela, o ser humano seria capaz de ver o retrato do universo muito próximo de sua origem, do ponto em que tudo começou, há cerca de 15 bilhões de anos, quando se estima que ocorreu o Big Bang, a chamada explosão primordial que deu início a tudo o que existe atualmente. Seria a própria viagem no tempo e espaço rumo à gênese do universo.


Série: Observando o Céu
Fonte: Atlas do Universo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hora de mostrar o trabalho - III Mostra de Estensão - 2011

2º Artigo:

Bolsistas, Isaac Esdras (B. Faperj), João Vitor e Antônio Paulo (B. Extensão) e, a direita, o coordenador da bolsa, Prof. Adriano Henriques Ferrarez.
Astronomia e Popularização da Ciência: Projeto Astronomia na Praça do IF-Fluminense Campus Itaperuna

João Vítor de Souza Boechat1, Adriano Henrique Ferrarez2

1 - Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica, Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna.
2 - Professor do Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna; Mestre em Energia na Agricultura/UFV.
Endereço: BR-356 Km 03 Oeste S/N - Bairro Cidade Nova -  Itaperuna – Rio de Janeiro -  CEP: 28.300-000 – Brasil – Tel.: (22) 8826-0795 –

INTRODUÇÃO

A Astronomia foi uma das primeiras ciências desenvolvidas pelo homem. Foi a partir da Astronomia que vários campos da Física e da Matemática tiveram origem. A noção de tempo e espaço, as bases para o desenvolvimento da astronáutica, os conceitos e ferramentas para a espectroscopia da luz, da fusão nuclear, da física das partículas elementares são alguns exemplos das contribuições dadas pela Astronomia para o desenvolvimento da percepção do homem acerca do Universo.
         No ano de 2009 comemorou-se os 400 anos das primeiras observações telescópicas do céu realizadas por Galileu Galilei. Dada a importância dada esse ano foi eleito o Ano Internacional da Astronomia.
         Educar cientificamente é uma tarefa fundamental para elevação da percepção e
compreensão do homem de sua realidade. Nossas vidas se baseia em princípios tecnocientíficos, mas nossa formação nesses princípios é muito deficiente o que compromete o exercício de nossa cidadania. Como instituição educadora, O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense tem a função de contribuir no sentido de ofertar oportunidades para melhoria da educação científica e tecnológica. E o ensino de Astronomia dado o grande espectro de influência dessa ciência pode desempenhar um papel importante.
        Como podemos ver a Astronomia influencia diretamente em nossas vidas e também é por ela que se abrem as portas para as outras ciências. 
        Com o intuito de levar a Astronomia a todos os cantos de Itaperuna e região foi criado o Clube Caronte de Astronomia do Noroeste Fluminense, que levou esse nome devido ao barqueiro, que atravessa as almas para a luz do outro mundo, o que é também objetivo do clube, transportando à população a luz da ciência astronômica.
O clube está na ativa desde abril deste ano e já vem fazendo diversas atividades como, apresentações de seminários, exibições de documentários e observações públicas – recentemente começamos o projeto “Astronomia na Praça”, no qual levamos nosso telescópio junto à população com o objetivo de divulgar a astronomia e o clube na comunidade de Itaperuna e região, assim também como sua consolidação no cenário regional.
Para divulgação de eventos, informações científicas e curiosidades, o Clube Caronte possui um blog na rede mundial de computadores, com endereço: http://caronteiff.blogspot.com/.

METODOLOGIA

No dia 06 de Setembro de 2011, o Projeto de Extensão No Céu com Diamantes – CARONTE esteve na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade da Vinhosa, no bairro Vinhosa, para a primeira edição do “Astronomia na Praça”.
Esse projeto tem por objetivo divulgar e popularizar a astronomia e as ciências do espaço e nesta ocasião o telescópio do Instituto Federal Fluminense Campus Itaperuna, conseguido junto ao MEC por meio de edital, foi montado para observação pública.
Os bolsistas do projeto Antônio Paulo, Isaack Esdras e João Victor todos alunos do IFF Campus Itaperuna, mostraram por meio do telescópio as crateras da Lua e se empenharam em explicar as constelações visíveis no céu durante a observação. “Foi gratificante ver o sorriso no rosto da criançada e poder dar informações aos que já são de mais idade”, disse o bolsista Antônio Paulo da França.
O Brasil possui um grande déficit científico. Divulgar e popularizar as ciências é fundamental para que o nosso país continue se desenvolvendo e avance mais nas políticas de inclusão social através da educação. A astronomia é sem dúvida a ciência que mais contribui para despertar nas crianças e nos jovens a curiosidade e a vontade de aprender e de conhecer mais. Gostaria de agradecer o apoio do Presidente da Mocidade da Vinhosa, Neyvaldo Rodriguez e do Diretor Geral do campus Itaperuna Prof. Evanildo Leite”.
Ao todo 40 pessoas participaram do evento no Bairro Vinhosa. No início de outubro o Projeto “Astronomia na Praça” estará em outras comunidades da cidade de Itaperuna e municípios do Noroeste Fluminense.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

                  Com os resultados apresentados, vemos um grande entusiasmo que a população apresenta quando o assunto é a Astronomia, aliás, umas das principais ciências responsáveis pelo despertar nas crianças e nos jovens a curiosidade e a vontade de aprender e de conhecer mais.
        Nós do Clube Caronte estamos empenhados em levar nosso telescópio, e com ele muitas informações sobre o que há sobre nossas cabeças à população.

CONCLUSÃO

A presença e participação efetiva de um clube de astronomia Caronte na região Noroeste Fluminense é de grande importância pois além dos trabalhos realizados em nosso campus contamos também com trabalhos realizados junto a comunidade onde por meio da pesquisa realizada em bairros de nosso município  podemos perceber um grande interesse das pessoas em estar aprendendo um pouco mais sobre a astronomia e também o interesse dessas mesmas pessoas em estar participando do Clube de Astronomia Caronte.
Temos como objetivo levar um pouco de conhecimento e entretenimento à pessoas que estejam dispostas a aprender mais sobre o universo em que vivemos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://caronteiff.blogspot.com/ 

Hora de mostrar o trabalho - III Mostra de Estensão - 2011

            Já percorridos seis meses de trabalho ontem, dia 19 de outubro, apresentamos como está o andamento de nosso projeto na III Mostra de Extensão do IF-Fluminense.

Da esquerda pra direita, o coordenador da bolsa, Prof. Adriano Henriques Ferrarez e os bolsistas, Isaac Endras (B. Faperj), João Vitor e Antônio Paulo (B. Extensão).

            Abaixo um dos artigos científicos que apresentamos, em forma de banners, na mostra:

Blog do Clube CARONTE: Astronomia, Informação e Popularização da Ciência na Rede Mundial de Computadores
Antônio Paulo Pimentel da França1, Adriano Henrique Ferrarez2

1 - Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica, Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna.
2 - Professor do Instituto Federal Fluminense – Campus Itaperuna; Mestre em Energia na Agricultura/UFV.
Endereço: BR-356 Km 03 Oeste S/N - Bairro Cidade Nova -  Itaperuna – Rio de Janeiro -  CEP: 28.300-000 – Brasil – Tel.: (22) 8826-0795 –

Resumo
A Astronomia é a porta de entrada para o mundo científico e o Clube Caronte de Astronomia do Noroeste Fluminense através de um blog quer trazer mais acesso a esta ciência que não é amplamente divulgada. Assim disponibilizamos em nosso blog diversas postagens, onde o tema central é Astronomia. Sistema Solar, últimas descobertas no campo e história da Astronomia estão disponíveis a quem acessa o blog, que se encontra no endereço da web: http://caronteiff.blogspot.com/. O blog tem uma média de 120 acessos por dia e já possui 11 seguidores, além de receber diversos comentários e sugestões dos usuários do blog. Já percorridos seis meses de trabalho nos encontramos no rumo certo, pois o Clube Caronte vem conseguindo cumprir o dever de divulgar a Astronomia, disponibilizando diversos dados relevantes do meio científico em questão.

Palavras-chave: Astronomia. Informação. Blog.


Introdução
A Astronomia foi uma das primeiras ciências desenvolvidas pelo homem. Foi a partir da Astronomia que vários campos da Física e da Matemática tiveram origem. A noção de tempo e espaço, as bases para o desenvolvimento da astronáutica, os conceitos e ferramentas para a espectroscopia da luz, da fusão nuclear, da física das partículas elementares são alguns exemplos das contribuições dadas pela Astronomia para o desenvolvimento da percepção do homem acerca do Universo.
A vida do homem é definida pelo dia e a noite, as horas, o calendário, é o Sol quem determina uma série de compromissos, tarefas ou atividades que fazemos. A Lua exerce influência nas plantações e animais quando reflete mais a luz solar na fase de lua cheia, determina as marés, inspira poetas e amantes. Os grandes deslocamentos, em terra ou mar, são determinados pelos movimentos do céu. As estações do ano, verão, inverno, primavera e outono que tanto afetam nossas vidas são determinados por eventos astronômicos.
Como podemos ver a Astronomia influencia diretamente em nossas vidas e também é por ela que se abrem as portas para as outras ciências.
Com o intuito de levar a Astronomia a todos os cantos de Itaperuna e região foi criado o Clube Caronte de Astronomia do Noroeste Fluminense, que levou esse nome devido ao barqueiro, que atravessa as almas para a luz do outro mundo, o que é também objetivo do clube, transportando à população a luz da ciência astronômica.
O clube está na ativa desde abril deste ano e já vem fazendo diversas atividades como, apresentações de seminários, exibições de documentários e observações públicas – recentemente começamos o projeto “Astronomia na Praça”, no qual levamos nosso telescópio junto à população com o objetivo de divulgar a astronomia e o clube na comunidade de Itaperuna e região, assim também como sua consolidação no cenário regional.
Para divulgação de eventos, informações científicas e curiosidades, o Clube Caronte possui um blog na rede mundial de computadores, com endereço: http://caronteiff.blogspot.com/.

1 Metodologia
O Clube Caronte criou um blog na rede mundial de computadores afim de por meio do mesmo levar informações, curiosidades e divulgar os eventos feitos pelo clube para a comunidade.
O Blog da equipe Caronte apresente diversos dados, publicados em postagens rotineiras, imagens e vídeos. Tudo isso organizado de forma dinâmica e de fácil acesso na página do blog.
Os visitantes podem deixar seus comentários sobre cada uma das postagens, além de haver um local unicamente destinado a críticas e sugestões na lista de páginas situada na parte superior do blog, com o título de “Seu espaço em nosso blog”.
As postagens do blog, quando não de referem a notícias e divulgação de eventos, estão vinculadas a séries de postagens, para melhor acessibilidade aos visitantes. Atualmente há uma série concluída, que trás todas as informações sobre nosso Sistema Solar, e estamos trabalhando em mais três séries que serão lançadas até o final do ano. O foco das séries é o armazenamento de dados para pesquisas escolares, voltadas para ciência astronômica nas escolas do país e do mundo.
Há também na página do blog diversas outras informações, como dados meteorológicos, a fase vigente da lua e uma gama de outros aplicativos que têm como função principal a facilidade de acesso e navegação ao visitante.
O blog tem sido divulgado em eventos no IFF, nas escolas onde o Clube Caronte realiza suas palestras e seminários, em nossas observações públicas e em outros sites na internet.

2 Resultados e discussão
Abaixo podemos ver, em imagens, como é formatada a interface do blog do Clube Caronte:

 Atualmente há uma série concluída, que trás todas as informações sobre nosso Sistema Solar.
 
O Blog da equipe Caronte apresente diversos dados, publicados em postagens rotineiras, imagens e vídeos.

 Há também na página do blog diversas outras informações, como dados meteorológicos, a fase vigente da lua e uma gama de outros aplicativos que têm como função principal a facilidade de acesso e navegação ao visitante.

 Atualmente o blog do Clube Caronte apresenta uma média de 120 visitas/dia e 11 seguidores, além de receber diversos comentários e sugestões dos usuários do blog.

O blog recebe visitas de diversos países, dos quais os cinco primeiros estão listados acima.

Considerações finais
Com o blog o Clube Caronte vem conseguindo cumprir o dever de divulgar a Astronomia, disponibilizando diversos dados relevantes do meio científico em questão. E esperamos que o blog futuramente se revele uma importante ferramenta de pesquisa na área.

Agradecimentos:
            O Clube Caronte de Astronomia só se tornou realidade graças ao MEC que viabilizou o telescópio para o IFF-Campus Itaperuna e a Pró-Reitoria de Extensão que por meio de edital fomentou as bolsas de extensão destinadas ao Clube.

Bibliografia consultada       
Modelo para elaboração e formatação de artigos científicos. Disponível em:                www.ienh.com.br/download/cep/Modelo_Mod_3_4.doc. Acesso em: 02 out. 2011.
Plano de uso do telescópio. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Itaperuna. Autores: Professores Adriano Ferrarez e Fábio Leal.
Imagens do Blog Caronte. Disponíveis em: http://caronteiff.blogspot.com/. Retiradas em: 28 set. 2011.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cometas - Os Viajantes do Espaço

            Os cometas estão entre os mais atraentes corpos celestes e são conhecidos há muito tempo. Para muitos, o seu aparecimento era sinal de tragédias. Atualmente sabe-se que eles são resquícios da formação do Sistema Solar. Até hoje cerca de 2mil cometas foram vistos pelo homem. O mais famoso deles, o Halley, aparece em registros chineses datados de 246 a.C. Esses corpos tornam-se visíveis na Terra ao se aproximarem do Sol, quando ganham cabeleira e calda.

Cometa Halley, o mais famoso dentre os cometas que já "visitaram" a Terra.
           
Viajantes do espaço!

            Os cometas são resquícios da formação do Sistema Solar. Acredita-se que tenham sofrido o menor número de modificações desde aquela época e, por isso, são capazes de fornecer aos cientistas preciosas pistas sobre o surgimento da Terra e dos demais corpos celestes. Eles constituem-se apenas de um núcleo sólido e sua composição é uma mistura de gelo, gases e poeira cósmica.
            Ao se aproximar do Sol, o cometa ganha a cabeleira e a cauda características devido ao aquecimento do núcleo, que começa a evaporar-se e a dissipar-se pela ação dos ventos solares. Quanto mais próximo estiver do Sol, maior será sua cauda, que pode atingir milhões de quilômetros. Quando está longe do Sol, o núcleo resfria-se e sua matéria fica congelada. Nessa condição, os cometas são chamados de “icebergs sujos” ou “bolas de neve sujas”.

Origem dos Cometas

            Os cometas podem ser divididos em dois grupos: os de curto período – que levam até alguns milhares de anos para completarem uma volta em torno do Sol – e os de longo período – que podem permanecer durante milhões de anos em sua órbita.
            Em 1950, Jam Hendrik Oort levantou a hipótese de que os cometas de longo período seriam originados de uma imensa nuvem esférica – a chamada nuvem de Oort, que abriga trilhões de “detritos” na fronteira do Sistema Solar com o espaça exterior. Alguns desses corpos seriam atraídos para regiões internas do Sistema Solar, transformando-se em cometas de longo período.
Em 1951, Gerard Peter Kuiper sugeriu que cometas de curto período seriam provenientes de uma região próxima à órbita de Plutão, batizada com o nome de Cinturão de Kuiper.

Cometas famosos

            Os cometas são batizados com os nomes de seus  descobridores. Abaixo alguns dos mais conhecidos.
Cometa West
  • Halley: identificado em 1682 pelo astrônomo e matemático inglês Edmund Halley, o cometa é visível a cada 76 anos, quando fica próximo da Terra. A última vez em que isso ocorreu foi em 1986.  
  • Hale Bopp: foi avistado em 1995, pelos norte-americanos Alan Hale e Tom Bopp. Sua órbita em torno do Sol é de 4200 anos.
  • Biela: descoberto pelo austríaco Wilhelm von Biela, em 1826, reapareceu em 1846 e 1852. Desde 1866 não foi mais visto e supõem-se que tenha sido desintegrado por uma chuva de meteoritos.
  • West: um dos mais brilhantes e majestosos cometas observados pelo homem. Foi visto pela última vez pela metade do sec. XX. Ao se aproximar do Sol partiu-se em quatro fragmentos.
  • Encke: visto pela primeira vez pelo alemão Johann Franz Encke, tem órbita de 3,3 anos, a mais curta que se tem conhecimento.
  • Hyakutake: encontrado pela astrônomo japonês Yuki Hyakutake em 1996, tornou-se famoso por passar a uma distância de aproximandamente 15 milhões de quilômetros da Terra. 
Curiosidade: o primeiro registro do um cometa foi encontrado em documentos chineses de 2316 a.C. Naquela época esse tipo de objeto era associado à má sorte. Hoje, no entanto, é um dos que mais desperta a atenção dos astrônomos.
  
Fonte: Atlas do Universo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Nuvem de Oort - O Berçário de Cometas

          A nuvem de Oort é uma grande concentração de cometas que se acredita existirem no limite do sistema solar, a uma distância aproximada de 100.000 UA (UA significa unidade astronômica e corresponde a 149.598.000 Km ou a distância média entre a Terra e o Sol). Estatisticamente calcula-se que existam entre um e cem bilhões de cometas.


Sua existência foi inicialmente postulada, em 1932, pelo astrônomo, nascido na Estônia, chamado Ernst Öpik, que propôs que os cometas irregulares provinham de uma extensa nuvem de material nas fronteiras do Sistema Solar.

Jan Oort (1900 – 1992)
 Em 1950, esta idéia foi retomada pelo astrônomo holandês Jan Oort para explicar a persistência dos cometas. Oort foi capaz de estudar a órbita de 19 cometas e pesquisar de onde vinham. A nuvem de Oort explica elegantemente um antigo aparente paradoxo. Se os cometas são destruídos quando se aproximam do Sol, já deveriam ter sido totalmente destruídos durante a história do Sistema Solar. A nuvem de Oort proporciona uma fonte contínua de material cometário que substitui os cometas destruídos.
O efeito gravitacional das estrelas próximas desvia os cometas de suas órbitas e os envia em direção ao Sol, onde se tornam visíveis.
As teorias mais aceitas sobre a formação do Sistema Solar consideram que os cometas se formaram muito mais proximamente ao Sol como parte do mesmo processo que formou os planetas e os asteróides. Os cometas na nuvem de Oort seriam ejetados, nesta etapa primitiva, dada a proximidade com planetas gigantes em formação, especialmente o jovem Júpiter. Tal proximidade expulsou gravitacionalmente estes corpos em órbitas extremadamente elípticas e de grande inclinação explicando, portanto, a distribuição esférica dos cometas. Com o passar do tempo, a interação gravitacional dos cometas e das estrelas longínquas contribuiu para circularizar suas órbitas. A partir desta teoria, estima-se que a massa total dos cometas na nuvem de Oort pôde ter sido, em sua origem, 40 vezes a massa da Terra.
Os objetos da nuvem de Oort são tão longínquos que, até agora, só foi descoberto um possível candidato a fazer parte dela, seu nome é 2003 VB12 (Sedna), descoberto em março de 2004 por astrônomos de Caltech e da Universidade de Yale. Sedna possui uma órbita elíptica de 76 a 850 UA, muito mais próxima do que se esperava, fato que poderia torná-lo um membro de uma nuvem interna de Oort.

O berçário dos Cometas

 Os cometas aterrorizaram gerações e gerações de pessoas ao longo de vários séculos. As “estrelas” com cauda que cruzavam os céus deram origem a muitas crenças e profecias, que ainda hoje se praticam nalgumas seitas religiosas.
Na verdade, os comentas são pequenas rochas poeirentas, geladas, que na sua maioria se encontram na colossal Nuvem de Oort, embora tenhamos alguns bem mais próximos de nós no Sistema Solar. As suas orbitas são extremamente ovais: passam perto do Sol e depois afastam-se por milhões e biliões de quilómetros. É quando passam mais perto do Sol, que se formam as duas caudas do cometa, resultantes da evaporação da superfície do cometa, soprada pelo Sol. Por esse motivo, ambas as caudas apontam sempre para o lado oposto do Sol.
Por sua vez, a Nuvem de Oort, onde se acreditam estarem “armazenados” mais de 1 trilião de cometas, é uma gigantesca esfera que se situa no limite da força gravitacional do Sol – ou seja, demarcam o fim do nosso Sistema Solar – 100 mil vezes mais distantes do Sol do que a Terra.
Quando uma estrela passa relativamente perto da Nuvem de Oort, “empurra” alguns destes cometas em direcção ao Sol, e consequentemente em direcção à Terra – não literalmente, embora numa coincidência, possa mesmo acontecer. Estes cometas, chamados de cometas de longo período, podem demorar 30 milhões de anos a completar a sua orbita, ou seja, se virmos um destes, só daqui a 30 milhões de anos as pessoas que cá estiverem o poderão voltar a ver. Em contraste, os cometas de curto período, como o Halley, demoram menos de 200 anos a reaparecerem perto de nós.

Nuvem de Oort interior?

            Os investigadores sugerem que a origem desta Nuvem de Oort interior é a mesma que a da Nuvem de Oort exterior. No início da história do Sistema Solar, depois da formação dos planetas, sobrou material que ficou a orbitar o Sol sob a forma de pequenos corpos. Quando estes pequenos corpos se aproximavam dos planetas gigantes, eram lançados para fora do Sistema Solar; muitos teriam sido ejectados para o espaço interestelar, mas alguns estabeleceram-se na Nuvem de Oort, a orbitar o Sol a uma distância enorme. A Nuvem de Oort interior teria se formado do mesmo modo, mas a influência de estrelas vizinhas aproximou os pequenos corpos. A existência da Nuvem de Oort interior é um forte argumento a favor do Sol ter nascido num agrupamento coeso de estrelas.

Demais Objetos Transnetunianos


            Além dos cinco planetas-anões (ou plutóides) presentes no Cinturão de Kuiper, há diversos outros corpos celestes que orbitam ao redor do Sol e situam-se permanentemente ou em períodos (como Sedna) no Cinturão. Abaixo veremos em mais detalhes quatro destes corpos, Sedna, Orcus, Quaoar e Varuna.

 Os Principais objetos transnetunianos em comparação com a Terra.

 Sedna, o mais distante

           Sedna foi observado pela primeira vez em, 14 de Novembro de 2003, pela equipe liderada por M. Brown (Instituto Tecnológico da Califórnia, EUA), utilizando o Telescópio Samuel Oschin (Caltech), no Observatório Palomar. 
Os astrónomos estimam que Sedna  está a 13 mil milhões de quilómetros do Sol, ou seja, 90 UA (90 vezes a distância Terra-Sol), o que faz deste planetoide o objeto mais distante no Sistema Solar a ser detectado até hoje.
Outras características distinguem este objeto: a sua grande dimensão (entre 1/2 e 3/4 do tamanho de Plutão); a sua cor vermelha, pois a seguir a Marte, é o objeto mais vermelho do Sistema Solar; e a sua órbita extremamente elíptica.
A equipe de investigadores responsável pela descoberta sugeriu à União Astronómica Internacional que o planetoide 2003 VB12 fosse chamado oficialmente Sedna, como a deusa do Oceano Ártico da mitologia Inuit (esquimó), devido às suas temperaturas extremamente frias. O planetoide Sedna encontra-se muito longe do Sol, numa região muito fria do Sistema Solar, onde a temperatura não ultrapassa os –240°C.
Mas, a maior parte do tempo, o planetoide encontra-se a temperaturas ainda mais negativas, pois na sua órbita de 10500 anos à volta do Sol, ele chega a estar a 130 mil milhões de quilómetros do Sol, ou seja, a 900 UA!
Os astrônomos não podem medir o diâmetro do planetoide diretamente, mas podem estimá-lo indiretamente: como sabem a distância a que Sedna se encontra, sabem a sua temperatura (cerca de –240°C); então, observando o planetoide com um telescópio térmico, que mede o calor do objeto observado, podem inferir o seu tamanho. As tentativas de observação de Sedna com o Telescópio Espacial Spitzer (NASA) resultaram na ausência de detecção deste planetoide. Assim, os investigadores concluem que Sedna tem menos de 1800 km de diâmetro, pois, se fosse maior, o Spitzer teria detectado o seu calor.
 Um dos aspectos mais interessantes deste objeto é a sua órbita. Depois da descoberta de Sedna, em Novembro de 2003, os investigadores pesquisaram os arquivos de observações e conseguiram seguir Sedna até 2001. Na posse de observações que abrangem um intervalo de tempo de 3 anos, os astrónomos já conhecem razoavelmente bem a órbita deste planetoide e estimam que o seu periélio é 76±7 UA. A determinação da órbita de Sedna veio mostrar que é pouco provável que este planetoide seja um objeto da Cintura de Kuiper: a sua trajetória nunca o leva a essa região. A Cintura de Kuiper termina abruptamente a 50 UA do Sol e Sedna não se aproxima do Sol mais do que 76 UA. Mesmo os objetos da Cintura de Kuiper que chegam a grandes distâncias do Sol, comparáveis à distância a que Sedna alcança, têm periélios muito menores, a cerca de 35 UA.
A órbita de Sedna é extremamente elíptica, muito mais do que qualquer outro objeto do Sistema Solar, chegando a uma hipótese de que Sedna pertença à Nuvem de Oort. O facto de Sedna se encontrar 10 vezes mais perto do Sol do que a Nuvem de Oort (supostamente a meio caminho da estrela mais próxima do Sol) leva a equipe de investigadores a especular sobre a existência de uma Nuvem de Oort interior.

Orcus


Orcus foi observado pela primeira vez em 2004 e é ligeiramente menor que Plutão.
Este planeta anão pode um dia chegar à mesma designação UAI de Plutão, Makemake, Éris e Halmea um planeta anão plutoide.
Orcus e Plutão têm órbitas semelhantes, ambos possuem quase o mesmo afélio e periélio, e as duas órbitas tem a forma de elipses, cada elipse é inclinado em relação ao resto das elipses planetárias e tem quase o mesmo ângulo.
Orcus é como um anti-Plutão, no entanto, os dois objetos permanecem no Sistema Solar um de cada lado.

 Órbitas de Plutão e Orcus. Podemos ver como são identicas, porém com inclinações diferentes.


Quaoar



 Quaoar é um objecto transneptuniano localizado no Cinturão de Kuiper, a cerca de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra.
O planetoide, medindo cerca de 1250 quilômetros de diâmetro, tem mais da metade do diâmetro do planeta anão Plutão e quase o mesmo tamanho de seu satélite, Caronte, que tem 1270 quilômetros de diâmetro.
Sua órbita é quase perfeitamente circular e está 1,6 bilhão de quilômetros além da órbita de Plutão. Quaoar leva 288 anos para dar uma volta em torno do Sol e possui um satélite conhecido, com diâmetro estimado em 100 quilômetros.
O nome é uma referência ao deus da criação na mitologia Tong vá, um povo nativo norte-americano.

 Órbita de Quaoar


Varuna
           
Este corpo celeste é o único dos quatro citados aqui que não é um planeta anão, Varuna é classificado como um dos maiores meteoros do Cinturão de Kuiper .
Foi descoberto por R. Macmillan, do projeto Spacewatch, em 28 de novembro de 2000 e, provisoriamente designado WR106 2000 antes de ser definitivamente nomeado como Varuna, deus que arquitetou a criação da Terra na mitologia hindu.
Ela se move em uma órbita quase circular com um semi-eixo maior de cerca de 43 UA, semelhante ao de Quaoar , porém mais inclinado.


Dados de Varuna:
  • Diâmetro: 936 km;
  • Densidade: ~ 1,0 g / cm 3 ;
  • Temperatura de superfície: ~ 43 K;
  • Periélio 40,92 UA;
  • Afélio: 45,34 UA;
  • Período orbital: 283,20 anos;
  • Inclinação 17,2 °.
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